Rosilene Ricardo
Divulgação/ Uerj |
No laboratório da escola, estudante aprende física por meio |
Após a realização das obras necessárias à instalação dos laboratórios, as salas foram equipadas com kits educativos de fácil acesso e baixo custo. A idéia foi inspirada em projetos de pesquisa e de extensão desenvolvidos pela equipe de docentes que integra o projeto, que desde 1992 oferece aos professores de ciências e aos alunos a oportunidade de realizar experimentos com material seguro, de fácil manuseio e reposição – como pregadores, réguas e algodão. O material é acompanhado por roteiros periodicamente atualizados, que permitem a visualização dos principais temas de ciências. "O kit não é uma aula pronta e sim a possibilidade do professor adequar o que está sendo desenvolvido em sala para o laboratório, e de oferecer ao aluno a oportunidade de visualizar o que está sendo explicado", diz Cibele.
Segundo a pesquisadora, a utilização dos kits oferecidos pelas ‘salas de ciência’ contribuirá para a alfabetização científica dos alunos. Para Cibele, o projeto permitirá levar aos alunos conhecimentos de caráter científico sobre eventos que acontecem no dia a dia, e a responder perguntas como por que deixar água parada pode trazer a dengue e por que a água evapora ao ferver. "É um aprendizado importante que traz para os alunos saberes do cotidiano", explica.
As oficinas no laboratório são divididas em dois módulos: ‘Ciência no dia a dia’, que apresenta temas básicos da ciência relacionados com as matérias de biologia, química e física; e ‘Geociências’, destinado a apresentar as ciências naturais aos alunos com a ajuda de fósseis, rochas minerais e a discussão de temas como a preservação de patrimônios culturais e compreensão do tempo geológico e da evolução dos organismos. A finalidade é capacitar os professores para que, no futuro, eles possam comandar sozinhos a sala de aula, incluindo na rotina didática atividades práticas de ciências. "Não adianta montar uma sala de ciências e não capacitar os professores para utilizá-la.", diz Cibele. O projeto conta com a ajuda de dois professores vinculados às escolas que recebem uma bolsa de Treinamento e Capacitação Técnica (TCT) da FAPERJ durante o período de desenvolvimento do projeto. Além de montarem as salas, eles ajudam a outra parte da equipe a criar ciclos de palestras, minicursos e feiras de ciências para a capacitação dos docentes.
Segundo o professor Luiz Fernando Porto, responsável pela montagem do laboratório em Angra, a criação da sala contribuiu para aumentar o interesse dos alunos pelo aprendizado. "No primeiro dia em que levei uma turma para fazermos experimentos com espelhos e o modelo do globo ocular, as demais turmas, ao tomarem conhecimento, logo quiseram saber quando seria a vez delas", entusiasma-se o professor.
Cibele aposta que o apoio da Fundação aos projetos de popularização da ciência nas escolas públicas irá render bons frutos para a educação básica. "O apoio da FAPERJ foi fundamental em todo esse processo. Não conheço outras agências de fomento à pesquisa que investem diretamente na melhoria de ensino em escolas públicas. O mais interessante é que esse tipo de pesquisa não tem um custo alto, mas beneficia um número muito grande de pessoas", conclui.
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes