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Publicado em: 22/04/2009
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Software com ambientes em 3D auxilia ensino a distância

Rosilene Ricardo

 Reprodução

        
  Software facilita estudo de ciências por meio de imagens tridimensionais 

Com a crescente informatização, o ensino a distância vem ocupando mais espaço no país. Segundo dados do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, um em cada 80 brasileiros se formou com o auxílio do ensino a distância em 2006. Só na graduação e pós-graduação, o número de alunos cresce a uma taxa de quase 100% ao ano. Pensando nessa estatística, a empresa Nigraph Tecnologia, sob o comando do engenheiro Hélio Nigri criou um projeto para proporcionar aos professores o desenvolvimento de aulas a partir de um ambiente tridimensional com interatividade e animações. Intitulado Sistema de autoria para criação, gerenciamento e exibição de apresentações em ambiente 3D interativo para o ensino a distância, o projeto desenvolveu o software Autore3D, destinado à exibição de apresentações, utilizando conceitos de visualização em 3D e interatividade em tempo real, que pode ser empregado tanto no ensino presencial quanto no aprendizado a distância.

"O ambiente virtual possibilita a inserção de elementos 3D com textura e iluminação, bem como animações definidas pelo usuário. Ele permite também que um objeto seja girado em qualquer ângulo e que as informações estejam em diversos planos de visualização, com o apresentador interagindo em tempo real", explica Nigri. "Até o segundo semestre deste ano, vamos disponibilizar na web a versão beta – que é a versão de software ainda em fase de testes – do Autore 3D", aponta.

De acordo com o pesquisador, além de possibilitar novas formas de interação, o sistema contará com ferramentas de atualização dos dados em tempo real, além da configuração e gerenciamento de apresentações. "O sistema permite que os elementos incluídos sejam organizados por assunto e sincronizados conforme os objetivos da apresentação. O software pretende atender a um crescente mercado de produção de conteúdo para o setor educacional, criando uma plataforma completa e inovadora para geração de apresentações interativas (aulas, palestras e seminários), voltada para a área educacional em geral e para o ensino a distância em particular", exemplifica Nigri. Embora o projeto seja voltado para as escolas de ensino médio, pode, de acordo com a demanda do docente, ser adequado a qualquer nível ou ainda para qualquer tipo de empresa. Contemplado pelo edital Apoio à Inovação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro, da FAPERJ, a pesquisa conta ainda com a parceria do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense.

Criado a partir da tecnologia utilizada em games de computador, o software permitirá ao professor montar suas aulas abordando qualquer disciplina com figuras em 2D (bidimensionais), e objetos em 3D (tridimensionais). Cada professor terá um login e senha para acessar um servidor on-line, para criar suas aulas, que ali ficarão armazenadas e, a partir daí, disponibilizadas aos alunos. "Os alunos também poderâo acessá-las via web. As aulas poderão ser criadas de acordo com a necessidade de cada docente. Numa aula de biologia, por exemplo, o professor poderá usar o modelo interativo de um esqueleto e ainda um cubo, em que cada uma das faces poderá ter imagens e vídeos com detalhes do funcionamento do corpo humano. O usuário poderá interagir e girar tanto o modelo 3D quanto o cubo com as mídias. Em matemática, é possível girar todas as figuras geométricas. Isso dará oportunidade ao aluno de visualizar o objeto em todos os ângulos. "O método dá uma nova dimensão ao ensino, estimula o aluno e facilita o aprendizado. A experimentação que ambientes 3D interativos possibilitam, se bem explorada, traz enormes ganhos. Veja o exemplo do corpo humano. Permitir ao aluno movimentar o modelo 3D de um esqueleto e clicar nos ossos para saber o nome de cada um deles é muito mais prazeroso e eficiente do que mostrar imagens com os nomes dos ossos indicados por setas", explica Hélio Nigri.

Outro campo que pode fazer uso do software são as apresentações institucionais e pedagógicas de alto nível, mercado ainda pouco explorado no país, segundo o pesquisador. "Atualmente, a maioria das apresentações é desenvolvida utilizando-se o software Power Point. Mas apesar da grande flexibilidade e da facilidade de uso, este produto utiliza conceitos e tecnologias obsoletas, e não é apropriado para apresentações mais sofisticadas", diz Nigri. Segundo o pesquisador, existe um mercado grande para o software. Hoje em dia o professor precisa adaptar suas aulas para utilizar um material didático produzido por terceiros. Com o Autore3D o professor terá a sua disposição uma ferramenta de autoria de alto nível com recursos 3D e interatividade e, mais importante, de fácil utilização para criar suas próprias aulas na seqüência que achar mais conveniente. As aulas geradas pelo software beneficiarão pessoas que trabalham e não dispõem de horário fixo para estudar, moradores de locais distantes, portadores de necessidades especiais e indivíduos com dificuldades de locomoção, alunos de treinamento empresarial, educação continuada de professores, capacitação de pequenos e médios empresários, etc.

"O projeto apresenta um novo paradigma para apresentações, plataformas de ensino, educação presencial e a distância, uma vez que utiliza conceitos existentes em computação gráfica 3D e interativa, em tempo real, ainda não utilizados atualmente para apresentações. Além disso ele inverte o conceito do professor ter que adaptar sua aula de acordo com o material didático disponível. Por ser de fácil utilização, o próprio professor poderá criar suas apresentações de alto nível”, diz Nigri. Neste sentido, o projeto vai diretamente ao encontro de pesquisas recentes de interface homem-máquina de grande relevância na indústria e na academia, bem como o uso de tecnologias comumente denominadas de estratégicas, da área de visualização e simulação. Estes conceitos acrescentam um novo grau de imersão e interação, não apenas para o apresentador, mas sobretudo para os ouvintes.

Por último, Hélio Nigri destaca que o Rio de Janeiro é um importante centro de produção de conteúdo voltado para o setor educacional, por reunir grande quantidade de universidades e centros de pesquisas. "Ao disponibilizar um novo ambiente tecnológico para criação e visualização de apresentações, principalmente as voltadas para o ensino a distância, a nova ferramenta agregará valor a produtos desenvolvidos pelas instituições geradoras de conteúdo do estado, reforçando o papel de destaque que estas instituições possuem no cenário nacional", diz o pesquisador. E conclui: "Nosso software é alinhado com a vocação do nosso estado e apresenta um enorme potencial de crescimento nos próximos anos."

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