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Publicado em: 02/07/2009
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Laboratório de Semiótica: conhecimento multidisciplinar

Danielle Kiffer

Danielle Kiffer

            

        Darcilia Simões: Laboratório pode se tornar matriz de
        geração de recursos humanos para pesquisa e ensino

Na interpretação de um texto, de uma música ou de um desenho, em quase tudo está a semiótica. Esta ciência, que estuda a construção dos significados, transita entre linguagens e códigos de naturezas diversas e, por isso mesmo, tem em si a característica da abrangência. Neste sentido, os pesquisadores Darcilia Simões e Flavio Garcia, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com a ajuda de outros professores, criaram o Laboratório Multidisciplinar de Semiótica (Labsem), financiado pela FAPERJ. Este projeto reúne, a princípio, quatro unidades acadêmicas da Uerj, que são: Instituto de Letras, Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo, Faculdade de Comunicação Social e Escola Superior de Desenho Industrial. “Pretendemos promover o diálogo entre diferentes áreas acadêmicas e difundir o conhecimento entre todos. No Labsem, há um professor da área de Comunicação, uma professora da área de Desenho Industrial, três professores de Literatura e eu de Língua Portuguesa. Entretanto, se houver interesse de algum professor ou aluno de Biologia, de Matemática ou Engenharia de Produção, não ficará perdido e encontrará no laboratório um lugar. É exatamente este o nosso objetivo”, afirma Darcilia, que também é coordenadora do laboratório.

O Labsem se originou do projeto Dialogarts, que desde 1994 realiza publicações on-line de trabalhos acadêmicos, sejam eles uma monografia de um aluno ou um livro de um professor. “Acredito que este seja um serviço de utilidade pública para o ensino. Qualquer pessoa pode editar um livro conosco, mas, precisa saber de antemão, que sua obra estará disponível gratuitamente no site do projeto. Os registros de ISBN ficam por nossa conta”, diz a pesquisadora. Desde a criação do Dialogarts, já se formava naquele núcleo mão-de-obra especializada e com qualidade. “Aqui, alguns estudantes aprendem a fazer preparação de originais, enquanto outros aprendem a fazer diagramação de livros e periódicos e eles sempre foram convidados a trabalhar em editoras. Nós mesmos passamos os conhecimentos técnicos para os nossos alunos e o Labsem nos proporcionou mais espaço físico e equipamentos de ponta para viabilizarmos e aperfeiçoarmos nossos trabalhos” conta Darcilia. Com a criação do laboratório também foi possível abrigar outros inúmeros projetos, como o Sepel – Seminário Permanente de Estudos Literários da UERJ; o programa Núcleo de Desenvolvimento Linguístico (PNDL); o Elo, de pesquisa em comunicação intercultural, entre outros.

A ideia é que o Labsem se torne uma matriz de geração de recursos humanos para pesquisa e ensino. A característica multidisciplinar do laboratório faz com que a troca de informações seja ainda mais rica e maior. “Atualmente, uma bolsista teve um período largo de estágio dentro de tecnologias da UERJ e está ministrando um verdadeiro curso de produção de vídeo para quem está interessado. A gente usa este tipo de estratégia, porque, geralmente, dentro de um grupo de bolsistas que vem para cá, há pelo menos um que possui algum conhecimento específico e vai propagá-lo para o resto da turma. É uma troca natural que vai se compondo. Hoje temos uma espécie de incubadora de talentos”, diz a pesquisadora.

Participam do laboratório bolsistas do ensino superior oriundos de Letras, da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo e da Escola de Desenho Industrial. “Esperamos que com o desenvolvimento do projeto, a gente receba estudantes de outras áreas também. Todos aqui, professores e alunos, aprendemos muito juntos. Nosso lema é: ‘não sabe? então, se vire e aprenda’. E nessa busca e trocas de informações, todos ganhamos. Muitas vezes não sabemos determinada tarefa ou assunto e pesquisamos como se faz e procuramos saber mais sobre cada atividades, então, buscamos soluções ou convidamos algum especialista para vir nos dar a instrução”, completa.

Filha de artistas de circo, Darcilia aprendeu desde cedo que é preciso dividir para poder multiplicar. Esta origem e característica estão intrinsecamente ligadas ao jeito com que o laboratório funciona e com o seu sucesso. Há ainda diversos projetos a serem desenvolvidos no Labsem. Um deles é a formação de profissionais para o ensino a distância, já que a coordenadora do projeto tem experiência na implantação desta modalidade de ensino em diversas instituições particulares e pretende passar seus conhecimentos para os alunos do laboratório.

O Labsem será inaugurado oficialmente em 7 de julho, às 17 horas em sua sede, na rua Evaristo da Veiga, 95, Lapa. Haverá uma apresentação em vídeo do projeto e distribuição de CDs da apresentação e cópias de e-book intitulado “Mundos Semióticos Possíveis” de autoria da Darcilia, preparados pelos alunos. “Agora, com o laboratório montado, temos estrutura para produzir eventos e todo o material de divulgação. Profissionais capacitados aqui é o que não falta”, finaliza.

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