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Publicado em: 14/10/2009
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Medidor antifraude evita roubo de energia elétrica


Rosilene Ricardo

 Divulgação

    
   O medidor antifraude terá novo lacre e modificações internas 
Ao contrário do que muita gente pensa, as maiores concentrações de ligações clandestinas de energia – os famosos "gatos" – não estão nas favelas do Rio de Janeiro. De acordo com a empresa Ampla Energia e Serviços, concessionária de distribuição de energia que abrange 73% do território fluminense, inúmeras residências de famílias de classe média e classe média alta também fraudam os medidores de energia. Em cidades como Niterói, a prática já atingiu os índices elevados de 40% da eletricidade consumida.

Para diminuir esses prejuízos, os engenheiros da empresa Sosama, Elcio Silva Deccache e Elcio Deccache, pai e filho, estão desenvolvendo o projeto Aperfeiçoamento, aprovação de modelo e introdução mercadológica do medidor antifraude de energia elétrica. Trata-se de um medidor que evita que o usuário fraude o sistema, fazendo com que o aparelho não registre o consumo de energia. Desde o início da elaboração, em 2001, o equipamento conta com o apoio da Ampla. Este ano, ganhou também recursos da FAPERJ para melhorar o sistema de fechamento, a placa de medição e a substituição do processador, além de buscar conseguir a homologação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

De acordo com Elcio Deccache, as distribuidoras de energia elétrica sofrem altos índices de perda. As principais concessionárias do estado do Rio de Janeiro, como a Ampla e a Light, perdem cerca de 20% da energia distribuída. "Sem falar naquelas da região Nordeste do país, que perdem cerca de 30%, e as do  Norte, que deixam de faturar em torno de 40%. Grande parte desse prejuízo é causado por fraudes de consumidores, que afetam o equilíbrio financeiro das concessionárias e encarecem as tarifas aos usuários regulares", diz.

Segundo os engenheiros, o "gato" não se limita a famílias de baixa renda. A fraude de energia também é praticada por famílias de classe média e alta, que contam, em suas residências, com diversos aparelhos elétricos de grande consumo de energia, como ar-condicionado e freezer.

Há ligações clandestinas em que o usuário adultera a contagem de energia do medidor na própria residência. Em outras, geralmente praticado por famílias de classe média alta, o desvio é feito na rede, antes da medição. Deste modo, a energia gasta não é registrada pelo medidor do consumidor. "Mesmo com a intensa fiscalização e técnicos qualificados na área de perícia, ainda continua sendo difícil detectar o problema na visita às residências, pois os fraudadores estão cada vez mais especializados nessa prática", diz.

Ao contrário do medidor antigo, que é eletromecânico e mais vulnerável à corrupção, já que, em muitos casos, pode ter simplesmente os fios cortados, o sistema novo é eletrônico. Instalado no cabo do ramal de alimentação do consumidor e lacrado, torna-se mais seguro, pois não permite sua abertura. "Estamos desenvolvendo um fechamento, que impede que se abra o medidor. O material também é bastante resistente, desenvolvido num tipo de plástico que suporta os mais diversos tipos de choque", explica Deccache, filho.

As distribuidoras de energia ficarão responsáveis pela troca do equipamento, sem custo para o consumidor. Mas o cliente também poderá acompanhar seus gastos através de um leitor, equipamento que será opcional e poderá ficar ligado na tomada de sua casa recebendo, por radiofrequência, as informações do medidor. Por sua vez, o técnico terá um leitor portátil, com o qual fará a medição de até 20 metros de distância do medidor antifraude. Como o medidor é unidirecional, ou seja, transmite informações em uma só direção, o equipamento de leitura não tem nenhuma influência sobre seu funcionamento. "O medidor só envia informações, não recebe", sintetiza.

O pesquisador acredita que assim será possível também combater o vandalismo. "Antigamente, o medidor era instalado na casa do cliente e, de certa forma, era protegido por ele, mas também ficava mais vulnerável à fraude", fala. Agora, para não tirar a privacidade do cliente, as empresas resolveram retirar o aparelho das casas. Isso devolveu privacidade ao consumidor, no entanto, deixou o medidor sujeito a todo o tipo de alteração e choques. "Apenas uma minoria está contra as ações antifraude porque a maioria das pessoas está a favor, pois sabe os prejuízos que sofre por causa das ligações clandestinas", conclui Elcio Deccache.

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