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Publicado em: 12/11/2009
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Para não "dançar" na vida

Rosilene Ricardo

 Fotos: Divulgação/DPND  

          
      À esq.: o edifício em ruínas. À dir.: já reformado, o prédio abriga a escola de dança 


Para quem passava na esquina das ruas Frei Caneca com Mem de Sá, no Centro do Rio, era difícil não ver o prédio em ruínas no local. Hoje, com o patrocínio da Petrobras e da FAPERJ, o edifício foi restaurado e ganhou reforço em sua estrutura. Agora, ele abriga a primeira escola de Dança das Comunidades Populares do Rio de Janeiro, sede do projeto Dançando para Não Dançar. A inauguração acontece na próxima terça-feira, dia 17 de novembro, no teatro do Liceu de Artes e Ofício, a poucos quarteirões dali, com uma exibição do balé Amazônia – Floresta do Brasil, num tributo a Villa Lobos. Na ocasião, se apresentarão 300 alunos da escola e o espetáculo será aberto ao público.

A nova sede conta com salas de aulas de balé, local para ensaios, uma pequena sala com computadores, onde funcionará uma biblioteca/videoteca de dança e ainda local para atendimento médico e odontológico, e outro para assistência psicológica, fonoaudiologia, acompanhamento escolar, além de vestuários e banheiros, recepção e administração”, explica Thereza Christina Aguilar, bailarina e coordenadora do projeto.

        
Jovens de comunidades cariocas participam do projeto    

Criado em 1995, o Dançando para Não Dançar vinha funcionando numa sala emprestada na Vila Olímpica da Mangueira, onde havia apenas um escritório e uma sala de informática. No total, eram atendidas 480 crianças, de treze comunidades da cidade do Rio de Janeiro, entre elas Cantagalo, Rocinha, Mangueira e Borel. Com a reforma do novo prédio, o número de alunos poderá ser ampliado para mil, a partir do próximo ano.

De acordo com Thereza, as atividades oferecidas pela Associação Dançando Para Não Dançar vão além das aulas de dança. As crianças também aprendem idiomas (inglês e alemão) e recebem reforço escolar. Mas essas aulas continuarão a ser ministradas nas salas cedidas por escolas, associações de moradores e vilas olímpicas de cada comunidade. Além da dança clássica, que conta com professores como Paulo Rodrigues, primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, há aulas de dança contemporânea e moderna. Mais oito monitores formados pelo projeto ajudam a ministrar as aulas.

O projeto costuma realizar espetáculos de balé em teatros, instituições e locais públicos ao longo do ano. “Ao final de cada ano, realizamos um grande espetáculo, com convidados especiais, que prestigiam os alunos, incentivando-os a continuarem firmes e fortes na busca dos seus objetivos”, diz Thereza.

         
     Todo ano, alunos se apresentam em grande espetáculo
A associação também promove eventos beneficentes, como o espetáculo montado para o Hospital Maternidade Oswaldo Nazareth, e participa de campanhas, como a de vacinação contra a poliomielite, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). “Pelo programa Dançando com Cultura, nossos alunos assistem gratuitamente aos espetáculos montados pelo Theatro Municipal e a filmes no cinema Odeon BR, e têm acesso a peças e musicais, em especial os do Teatro Leblon e do Teatro das Artes, parceiros do projeto”, conta Thereza. Ela explica ainda que para uma maior integração sociocultural, os jovens participam de visitas a monumentos históricos, pontos turísticos da cidade e vão até a parques de diversões, com direito a lanches coletivos, oferecidos pelo projeto.

Segundo Thereza, ainda há muito a ser feito. “A meta é continuar trabalhando e contribuindo para que crianças e adolescentes não ‘dancem’ na vida, na marginalidade, no trabalho e na prostituição infanto-juvenil, ou que sejam vítimas da violência e da ação do tráfico de drogas, em suas comunidades”, conclui.

Para ingressar no projeto, o candidato deverá morar em uma comunidade carente e esperar a divulgação dos testes e audições, que acontecem no começo de cada ano na escola. 

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