Por Ascom Faperj
A Diretoria de Tecnologia anunciou, nesta quinta (16/12), o resultado da seleção dos projetos no âmbito do Programa Favela Inteligente em Apoio às Bases para o Parque de Inovação Social e Sustentável na Rocinha. Foram recebidas 49 propostas, sendo 44 para a Categoria A, e cinco para a Categoria B. Destas, 24 foram contempladas, sendo 22 para a Categoria A e duas para a Categoria B, totalizando a aplicação de R$ 7.879.606,34 milhões, o que representa uma média de cerca de R$ 330 mil aprovado por projeto. Os projetos que não foram aprovados têm até o dia 23 de dezembro para entrar com recurso.
Os recursos disponibilizados no edital foram de R$ 9 milhões, a serem repartidos nas duas categorias supracitadas. A Categoria A é focada na implementação de projetos locais com base em C&T&I com vigência de 12 meses. Já a Categoria B é voltada para instituições de ciência e tecnologia (ICTs) sediadas no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de apurar dados e desenvolver metodologias de monitoramento dos resultados e impactos gerados pelos projetos da Categoria A. Dessa forma, a FAPERJ busca fortalecer a avaliação do Programa para aprimorá-lo e promover a sua replicação para outras áreas no estado do Rio de Janeiro.
Iniciativa inédita dentre as FAPs (fundações de amparo à pesquisa) do País, o Programa visa apoiar iniciativas de instituições, com ou sem fins de lucro, em ações que promovam dinamismo econômico do território da Rocinha com base em ciência, tecnologia e inovação em segmentos que sejam vetores da preservação dos recursos naturais; geração de energia verde; educação básica e superior, inclusive educação profissional, incluindo atributos de empregabilidade; atenção primária em saúde, inclusive estratégias de saúde da família e de segurança e soberania alimentar; geração de trabalho, riqueza, emprego e renda; arte e cultura; esporte e lazer; inclusão digital e inovação tecnológica, inclusive a geração de empreendimentos inovadores locais e de qualidade de vida para a população local; saneamento básico; prevenção a catástrofes; segurança pública e prevenção a todos os tipos de violência, inclusive combate à violência contra as mulheres e serviço de atendimento às mulheres em situação de violência; combate a todas as formas de discriminação; mobilidade e acessibilidade; assistência social e direitos humanos.
Para os fins deste edital, entende-se por “favela inteligente” o território tido como de alta vulnerabilidade que, no entanto, que provê efetividade e potência ascendente em compreender problemas estruturantes locais e encontrar soluções criativas, inovativas, com base em C,T&I e, muitas vezes, em articulação com/de organizações posicionadas como negócios de impacto socioambiental positivo. O conceito é de territórios cujos atores identificam, capturam, disponibilizam e lançam mão, de forma extensiva, da informação e do conhecimento em favor de bem-estar para a sociedade.
“Temos que cada vez mais incentivar e apoiar as instituições que estudam e oferecem soluções para acelerar e desenvolver a economia nas comunidades de alta vulnerabilidade. Esse programa só tem a ajudar os moradores locais com novas oportunidades de emprego e educação", ressaltou Dr. Serginho, secretário Estadual de Ciência Tecnologia e Inovação.
O diretor de Tecnologia da FAPERJ, Mauricio Guedes, destaca que para merecer o título de Smart City, qualquer cidade precisa incorporar a este conceito os territórios onde moram as camadas mais vulneráveis da sua população.
Para o presidente da FAPERJ, O Programa Favela Inteligente é a ciência e a inovação chegando na ponta, com interação direta com a sociedade. "O edital permite uma via de mão dupla entre as universidades e institutos de pesquisa e as comunidades. O talento não tem localização geográfica e nem social", destacou Jerson Lima.
Confira no link abaixo a lista de projetos contemplados:
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