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Publicado em: 26/01/2006
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Empresa desenvolve software para diagnosticar falhas em máquinas

Paul Jürgens

Casa de máquinas da Usina de SobradinhoUm software desenvolvido por uma empresa genuinamente nacional, apoiada pelo governo do estado através de um programa de fomento da FAPERJ, pode ajudar o país a aumentar a confiabilidade na geração de energia. Criado pela M&D – Monitoração e Diagnose, o Sistema, que se utiliza de múltiplos parâmetros físicos e operacionais para diagnosticar falhas em máquinas como geradores e turbinas, já é utilizado em 20 unidades geradoras de cinco usinas hidrelétricas espalhadas pelo país. A empresa foi contemplada no programa Rio Inovação I, lançado pela Fundação em dezembro de 2003.

Inaugurada em 1998, a M&D permaneceu na Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ até 2003, ano em que se instalou no centro da capital fluminense. O primeiro passo para alcançar sua completa emancipação aconteceu no primeiro semestre de 2002, quando a empresa ganhou contrato para a instalação de seu sistema de monitoramento e diagnóstico numa das unidades geradoras de energia elétrica da Usina de Sobradinho, na região Nordeste. Ao deixar as dependências da incubadora, a equipe contava com seis funcionários. Hoje, reúne quinze profissionais, permanentemente estimulados pela direção da empresa a dedicar parte de seu tempo a uma melhor qualificação profissional.

Helio de Azevedo e equipe M&D

Ao contrário dos sistemas tradicionais, o software criado pela M&D permite monitorar e diagnosticar - inclusive a distância - o desempenho de máquinas e equipamentos a partir do recolhimento e análise de informações diversas. Até recentemente, os sistemas existentes eram baseados, em sua maioria, em dados sobre a vibração e as variações de temperatura apresentados pelos equipamentos. O sistema da M&D, denominado MDM – Monitoramento e Diagnóstico Automático de Máquinas, leva em conta outras variáveis, como pressão, correntes, tensões e vazões.

interfaceO engenheiro Hélio Ricardo Teles de Azevedo, um dos sócios da empresa e responsável pelo encaminhamento da documentação necessária para concorrer ao edital da FAPERJ, explica que, entre outras vantagens, o software garante maior produtividade às empresas e menor tempo de ociosidade das máquinas. “O sistema permite acompanhar a distância o desempenho de equipamentos e intervir a tempo de evitar uma pane que, ao provocar uma paralisação por tempo prolongado de uma máquina, venha a onerar os custos da produção”, explica.

Antes de ser contemplado no Rio Inovação, a M&D já havia instalado a versão 1.6  Sistema MDM em cinco usinas geradoras de energia elétrica: Sobradinho (BA), Tucuruí (PA), Jurumirim (SP), Capivara (SP) e Paraibuna (SP). Com os recursos obtidos por meio do programa da FAPERJ, a empresa pôde investir no desenvolvimento de um novo sistema, a versão 2.0.

“Nosso objetivo não era apenas a melhora das características do software, de forma a torná-lo mais avançado e eficiente”, diz Hélio. “Queremos também estender sua utilização às áreas de petróleo e gás, já que há uma demanda forte por novos investimentos nesse setor, tanto no Brasil como no exterior”, completa. O novo sistema poderá ser aplicado a qualquer tipo de equipamento, incluindo hidrogeradores, turbinas a gás e a vapor, bombas, compressores, turbo-geradores e um grande número de equipamentos rotativos e não-rotativos.

Usina de JupiáO aprimoramento do Sistema já rendeu frutos. A empresa assinou três novos contratos, que incluem o monitoramento de 53 unidades geradoras de energia em quatro usinas da CESP – Companhia Energética de São Paulo: Jupiá, Ilha Solteira, Três Irmãos e Porto Primavera – todas no Estado de São Paulo. Além disso, também realizou duas novas vendas a clientes estrangeiros: a americana Duke Energy, sócia na Usina de Capivara (SP), e a espanhola Endesa, que detém parte do patrimônio da Usina de Cachoeira Dourada (GO).

O montante de R$ 448 mil reais repassados à M&D não foram, no entanto, empregados apenas na consolidação do novo sistema. “O auxílio da Fundação foi essencial não só para dar continuidade às nossas pesquisas, visando o aperfeiçoamento do sistema, mas também na elaboração de material de divulgação de nossos produtos, a realização de visitas a clientes e a nossa participação em eventos voltados para esse setor”, diz Hélio.

demonstraçãoPara Hélio, que em 1978 formou-se em engenharia mecânica pela UFRJ antes de seguir para o Cepel (Centro de Pesquisas de Energia Elétrica), onde trabalhou por 23 anos, o apoio da FAPERJ não pode ser contabilizado apenas por meio dos recursos destinados à empresa pela Fundação. “A chancela da FAPERJ nos dá credibilidade e mostra aos nossos potenciais clientes que não estamos numa aventura”, diz.

A M&D promete ter vida longa. No edital Rio Inovação II, cujo resultado foi anunciado no dia 30 de novembro, a empresa voltou a ficar entre as contempladas, desta vez ao lado de 45 outros proponentes. Na primeira edição do Rio Inovação, a M&D foi uma das 20 empresas escolhidas. O novo aporte de recursos, desta vez, será utilizado na adaptação do sistema 2.0 para aplicação e utilização nas chamadas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) – uma aposta do governo federal para garantir o fornecimento de energia principalmente a regiões do interior.

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