Lécio Augusto Ramos |
Robozinho que dança serve como ponto de partida para estudo de tecnologia de ponta na área de robótica |
Diversão na Antártica
Já que nem todos podem ir à Antártica, a Feira FAPERJ trouxe um pouco do continente gelado até o Rio de Janeiro. No estande do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), um pouco desse vasto universo de pesquisas esteve em exibição ao público visitante. Ali, procurou-se mostrar a fauna antártica de duas formas: pinguins, focas e krills – aqueles minúsculos camarões da região, que formam a base de sustentação da cadeia alimentar na região. Todos em pelúcia, com que as crianças poderiam se divertir. De outro lado, potes de vidro exibiam os verdadeiros exemplares da fauna marinha, como ouriços e krills. Outra atração foi um enorme tabuleiro de ludo, em que as crianças faziam o papel do peões. Para jogar, as crianças precisavam responder a questões referentes ao ecossistema e a outros aspectos do continente gelado para poder atravessar cada etapa. Uma das perguntas indaga: A região Antártica é tão seca quanto o deserto do Saara? Verdadeiro ou falso? Como no interior do continente o nível de precipitação chega a apenas 50ml por ano, quem respondeu que era verdadeiro, acertou. Mais uma forma em que os alunos brincam e aprendem.
Com sabor de juçaí
Qualquer semelhança com o açaí não é mera coincidência. Produzido a partir da polpa do fruto da palmeira juçara – uma espécie quase extinta do território nacional devido à sua intensa exploração para a extração do palmito –, o juçaí é um suco saboroso, vitaminado e ecologicamente correto. Além disso, está gerando renda e empregos no interior fluminense. O produto, registrado sob a marca de "juçaí", tem propriedades nutricionais semelhantes às do já consagrado açaí. Para desenvolvê-lo comercialmente, o empreendedor e economista Georges Braile, dono de um sítio em Serrinha do Alambari, no município de Resende, criou o projeto Amável – a Mata Atlântica Sustentável no parque da Serrinha do Alambari, onde pretende promover a preservação e o repovoamento da juçara e gerar renda para a comunidade local de forma sustentável. Para os habitantes da área, além de ecologicamente correto, a exploração da juçara para a colheita do fruto é muito mais lucrativa do que para a retirada do palmito. Além da comercialização do produto, o projeto prevê a geração de sementes germinadas para serem distribuídas aos proprietários de fazendas, ajudando na propagação da palmeira.
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Vermelho e rico em flavonoides, desse abacaxi até a casca se aproveita |
Produzindo abacaxi vermelho
É exatamente como o título diz: um abacaxi de tonalidade azulada, com polpa que se assemelha a de uma atemoia. Tudo por obra e graça da empresa Botânica Pop, sediada em Maricá, que a partir de cruzamentos genéticos procura aperfeiçoar e garantir determinadas características específicas a frutas como o abacaxi, e também para espécies de plantas ornamentais, como bromélias e cactus. No caso do abacaxi azulado, a ideia é concentrar nele uma maior quantidade de flavonoides, tornando a fruta mais saudável. Ao mesmo tempo, sua polpa forma gomos, facilitando o consumo, e, dele, até mesmo a casa pode ser aproveitada. Como é ela quem concentra flavonoides, pode ser convertida em sucos, ou mesmo aproveitada para doces e outros preparos. E tem ainda mais uma vantagem: é uma planta resistente à fusariose, praga que ataca a cultura do abacaxi. Outra novidade da empresa é o mandacaru sem espinhos. O motivo para isso é simples: como em épocas de seca, no interior do Nordeste, o mandacaru é um dos últimos recursos para o gado, retirar-lhe os espinhos facilita que os animais se alimentem. Esses cruzamentos vem sendo feitos a partir de variedades resistentes desenvolvidas pela Embrapa e, para produção em larga escala, a Botanica Pop estabeleceu parceria com a SB.
Lécio Augusto Ramos |
A empresa Safya Brasil procura traduzir em aromas
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Energia com a força dos ventos
Energia inteligente. É como poderíamos resumir o alternador para turbina eólica de eixo vertical. O projeto, desenvolvido pelo engenheiro Luiz Cezar Sampaio Pereira, responsável pela empresa Enersud Indústria e Soluções Energéticas Ltda., do município de Maricá, é uma torre de cerca de dois metros de altura, com hélices que, ao se movimentarem pela força do vento, geram e armazenam energia elétrica. “Uma torre dessas é capaz de alimentar energeticamente, por um mês, uma casa de dois quartos, em um total de 1.500 watts”, explica Pereira. Para demonstrar a eficiência da energia eólica ao público da Feira FAPERJ, o engenheiro criou uma demonstração interativa: o visitante aciona um vídeo apenas com o pedalar de uma bicicleta. Crianças de excursão de colégios fizeram fila para testar o experimento.
Popularizando o remo
O skiff é um tipo de barco de remo de espessura muito fina e, por isso mesmo, muito difícil de ser navegado. Para isso, é necessário muita experiência e equilíbrio para não deixar a embarcação virar. Para que o esporte se torne mais popular, a empresa Holos Brasil desenvolveu um barco mais espesso e com algumas inovações no design. De acordo com Gabriel Viola, um dos designers que participaram na criação do barco, o novo modelo tem popa aberta, o que permite que a água que porventura entrar na embarcação escoe por trás. Já a proa do tipo Wave Pierce fura as ondas com maior facilidade e dá ainda mais estabilidade a quem comanda o barco. “Um iniciante não conseguiria ficar nem um minuto em cima do skiff; além disso, o treinamento só poderia ser feito em águas muito calmas”, diz Viola. O barco também terá adaptação para cadeirantes, com flutuantes apoiados nas braçadeiras.
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