Vilma Homero
Vinicius Zepeda
Fotos: Vinicius Zepeda |
No estande da FAPERJ estudantes de escolas públicas municipais montavam quebra-cabeças de dinossauros |
Além do secretário, também estiveram presentes à abertura o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia, Domingos Manfredi Naveiro, representando o ministro de C&T, Sérgio Rezende; e o secretário municipal de C&T, Rubens Andrade, que também representava o prefeito Eduardo Paes; o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques; o diretor científico e o chefe de gabinete da Fundação, Jerson Lima e Roberto Dória, respectivamente. Também compareceram a vice-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Maira Cristina Paixão Maiolini; a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da mesma instituição, Mônica Heilbrom; a pró-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angela Uller; e o subsecretário municipal de C&T, Marcos Villaça.
Todos foram unânimes em frisar tanto a importância de divulgação e popularização da ciência, sobretudo entre estudantes, despertando-lhes o interesse pelo tema, como também a necessidade de um aproveitamento permanente daquele e de outros espaços semelhantes. "Como o próprio espaço do INT, também localizado aqui perto, no Centro da cidade", exemplificou Manfredi. "Difundir ciência e tecnologia, particularmente entre jovens estudantes, é estratégico para o país", ressaltou Rubens Andrade.
Ruy Garcia Marques (E), Rubens Andrade e Alexandre Cardoso assistem a exibição do filme "Asas da loucura" |
Réplica de preguiça gigante é inaugurada no Parque Paleontológico de Itaboraí
Em São José, distrito do município de Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, uma atividade realizada no dia seguinte à abertura oficial, na terça-feira, 20 de outubro, serviu para mostrar como a popularização da ciência pode abrir novos horizontes para a população jovem de pequenas localidades. No Parque Paleontológico de Itaboraí, que abriga a bacia calcária de São José de Itaboraí – única do gênero no estado com a presença de fósseis, principalmente de mamíferos primitivos, répteis, aves e sementes surgidos logo após a extinção dos dinossauros (há cerca de 70 milhões de anos) – foi inaugurada uma réplica em tamanho real de uma preguiça gigante, de cerca de três metros de altura e hábitos terrestres, um deck com vista panorâmica para a lagoa artificial ali existente, além de um painel em alto-relevo com réplicas de gastrópodes – espécies de moluscos, como caracóis, caramujos e lesmas, dotados de conchas. Trilhas ecológicas deverão ser criadas em breve.
O Parque Paleontológico de Itaboraí foi criado em dezembro de 1995 por meio de decreto da prefeitura local. Desde 2004, está em andamento um projeto de revitalização local, com a concessão de bolsas do programa Jovens Talentos da FAPERJ, para que estudantes de escolas públicas da região possam atuar como guias mirins. No local, também vêm sendo desenvolvidas obras, como um projeto de museu e trilhas. Para marcar a inauguração dos novos espaços do parque foi realizada uma cerimônia com a presença dos jovens estudantes de escolas públicas da região, dos guias mirins, de representantes da prefeitura de Itaboraí, do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), da Petrobras, da sub-reitora de extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Regina Lúcia Monteiro Henriques; do diretor-presidente e do chefe de gabinete da presidência da FAPERJ, Ruy Garcia Marques e Roberto Dória, respectivamente; da coordenadora do Instituto Virtual de Paleontologia do Rio de Janeiro (IVP-RJ); da geóloga da Uerj Maria Antonieta da Conceição Rodrigues; da paleontóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lilian Paglarelli Bergqvist; da coordenadora do projeto do parque no Colégio Estadual Visconde de Itaboráí (Cevi), a professora Maria Angélica Paiva, entre outros.
Réplica da preguiça gigante tinha cerca de três metros de altura e hábitos terrestres |
Graciela contou ainda que, quando resolveu estudar biologia, em 2007, teve que largar o projeto, pois os horários não coincidiam com o da faculdade. "Isso foi muito difícil para mim, que já estava completamente certa de que queria estar no programa e divulgar o parque cada vez mais, porém nunca me afastei de verdade do grupo." Em dezembro do ano passado, Graciela foi apresentada à professora Lílian Bergqvist, que a convidou a fazer estágio de paleontologia na UFRJ. "Ao conhecer o laboratório, me encantei, mas fiquei com um pouco de medo, pois a minha vida era só em Itaboraí e ir ao Rio seria conhecer outro mundo. Mas foi naquele momento que vi que o mundo dá voltas, já que voltaria a fazer o que gostava. Hoje divulgo a importância da história do Parque de Itaboraí e luto para que ele seja preservado. Acredito que os bolsistas Jovens Talentos possam sair do programa mais interessados em divulgar e lutar pela preservação do parque."
Durante a cerimônia, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques reiterou o apoio da Fundação ao projeto de revitalização do parque e elogiou o empenho dos pesquisadores em trabalhar pelo local. "Há dois anos conheci o parque e fiquei impressionado com a dedicação, paixão e abnegação com que os pesquisadores vêm trabalhando na divulgação deste espaço junto aos jovens da região. Há anos, a Fundação vem apoiando o projeto e garanto que continuaremos apoiando a iniciativa", afirmou. Já a coordenadora do IVP-RJ, Maria Antonieta da Conceição Rodrigues, lembrou a primeira vez que visitou o espaço, em 1966, quando era estudante da Faculdade de Geologia da UFRJ, e viu a importância histórica do local. "É um rico sítio de estudos geológicas, arqueológicas e paleontológicas para pesquisadores de todo o mundo. Precisamos preservá-lo e criar, no futuro, um polo de pesquisas e visitação, com atividades de turismo ecológico. A obra de restauração de um antigo galpão dos funcionários da Companhia Mauá de Cimento já foi licitada e esperamos começá-la logo no começo de 2010", concluiu.
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