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Publicado em: 22/10/2009
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Atividades em vários pontos do estado marcam Semana de C&T

Vilma Homero
Vinicius Zepeda

 Fotos: Vinicius Zepeda

      
     No estande da FAPERJ estudantes de escolas públicas
     municipais montavam quebra-cabeças de dinossauros



À entrada, a réplica de um grande dinossauro dá as boas-vindas. No interior do Armazém Científico, no Centro do Rio, a exibição de materiais, como aranhas e conchas de moluscos, para observação em microscópio, a réplica do Demoiselle, criado por Santos Dumont, e exemplares da fauna que habita a baía de Guanabara atraem a curiosidade dos alunos de escolas municipais que circulavam entre os espaços das várias instituições participantes. Bastante movimentada já durante a abertura oficial, na manhã desta segunda-feira, 19 de outubro, a Semana Nacional de C&T no Rio de Janeiro, na opinião do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, cumpria, mais uma vez, um de seus objetivos: promover a aproximação entre as instituições científicas e a sociedade. "E isso deve ser uma proposta permanente: usar espaços como este do Armazém Científico, trazer escolas e aqui promover aulas e atividades constantes sobre ciência e tecnologia."

Além do secretário, também estiveram presentes à abertura o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia, Domingos Manfredi Naveiro, representando o ministro de C&T, Sérgio Rezende; e o secretário municipal de C&T, Rubens Andrade, que também representava o prefeito Eduardo Paes; o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques; o diretor científico e o chefe de gabinete da Fundação, Jerson Lima e Roberto Dória, respectivamente. Também compareceram a vice-reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Maira Cristina Paixão Maiolini; a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação da mesma instituição, Mônica Heilbrom; a pró-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angela Uller; e o subsecretário municipal de C&T, Marcos Villaça.

Todos foram unânimes em frisar tanto a importância de divulgação e popularização da ciência, sobretudo entre estudantes, despertando-lhes o interesse pelo tema, como também a necessidade de um aproveitamento permanente daquele e de outros espaços semelhantes. "Como o próprio espaço do INT, também localizado aqui perto, no Centro da cidade", exemplificou Manfredi. "Difundir ciência e tecnologia, particularmente entre jovens estudantes, é estratégico para o país", ressaltou Rubens Andrade.

       
    Ruy Garcia Marques (E), Rubens Andrade e Alexandre
   Cardoso assistem a exibição do filme "Asas da loucura"
 

Antes da abertura, todos assistiram à exibição do filme Asas da Loucura, documentário americano sobre o brasileiro Santos Dumont. Naveiro, Rubens Andrade e o secretário Alexandre Cardoso também demonstraram interesse em visitar os espaços da exposição e ver de perto as experiências que estavam sendo apresentadas. A FAPERJ também estava presente em um dos estandes, onde funcionários tiravam dúvidas e distribuíam folhetos e folderes institucionais. Para os estudantes de escolas municipai além de poder acessara internet pesquisar informações sobre o site da Fundação o atrativo maior do espaço era participar de uma atividade de montagem de quebra-cabeças com imagens de dinossauros pré-históricos.  


 
Réplica de preguiça gigante é inaugurada no Parque Paleontológico de Itaboraí

Em São José, distrito do município de Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, uma atividade realizada no dia seguinte à abertura oficial, na terça-feira, 20 de outubro, serviu para mostrar como a popularização da ciência pode abrir novos horizontes para a população jovem de pequenas localidades. No Parque Paleontológico de Itaboraí, que abriga a bacia calcária de São José de Itaboraí – única do gênero no estado com a presença de fósseis, principalmente de mamíferos primitivos, répteis, aves e sementes surgidos logo após a extinção dos dinossauros (há cerca de 70 milhões de anos) – foi inaugurada uma réplica em tamanho real de uma preguiça gigante, de cerca de três metros de altura e hábitos terrestres, um deck com vista panorâmica para a lagoa artificial ali existente, além de um painel em alto-relevo com réplicas de gastrópodes – espécies de moluscos, como caracóis, caramujos e lesmas, dotados de conchas. Trilhas ecológicas deverão ser criadas em breve.

O Parque Paleontológico de Itaboraí foi criado em dezembro de 1995 por meio de decreto da prefeitura local. Desde 2004, está em andamento um projeto de revitalização local, com a concessão de bolsas do programa Jovens Talentos da FAPERJ, para que estudantes de escolas públicas da região possam atuar como guias mirins. No local, também vêm sendo desenvolvidas obras, como um projeto de museu e trilhas. Para marcar a inauguração dos novos espaços do parque foi realizada uma cerimônia com a presença dos jovens estudantes de escolas públicas da região, dos guias mirins, de representantes da prefeitura de Itaboraí, do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ), da Petrobras, da sub-reitora de extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Regina Lúcia Monteiro Henriques; do diretor-presidente e do chefe de gabinete da presidência da FAPERJ, Ruy Garcia Marques e Roberto Dória, respectivamente; da coordenadora do Instituto Virtual de Paleontologia do Rio de Janeiro (IVP-RJ); da geóloga da Uerj Maria Antonieta da Conceição Rodrigues; da paleontóloga da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lilian Paglarelli Bergqvist; da coordenadora do projeto do parque no Colégio Estadual Visconde de Itaboráí (Cevi), a professora Maria Angélica Paiva, entre outros.

      
  Réplica da preguiça gigante tinha cerca de 
  três metros de altura e hábitos terrestres
Estudante do último período de biologia da Universidade Salgado Oliveira (Universo), no campus São Gonçalo, Graciela Ferreira de Oliveira, uma itaboaraiense de 20 anos, deu seu testemunho pessoal de como o trabalho no parque pode gerar novas perspectivas para o futuro dos jovens da região. "Em 2005, quando eu ainda era estudante do Colégio Estadual Visconde de Itaboraí (Cevi), houve a primeira turma de jovens selecionados para serem o programa Jovens Talentos. Éramos seis alunos muito curiosos, mas não sabíamos nada sobre o parque e confesso que não levávamos aquilo muito a sério. Para mim era somente mais um conhecimento adquirido", lembrou. Ela prossegui contando que, com o apoio da coordenadora do projeto do parque no Cevi, a professora Maria Angélica Paiva, que sempre destacava a importância de aproveitar aquela oportunidade, ela foi mudando de ideia. "Com o tempo, me dei conta da importância do que fazíamos e acabei me empolgando. No início só aprendendo e depois começndo a divulgar o projeto na própria escola, já que muitos jovens da região não conhecem este espaço", acrescentou.

Graciela contou ainda que, quando resolveu estudar biologia, em 2007, teve que largar o projeto, pois os horários não coincidiam com o da faculdade. "Isso foi muito difícil para mim, que já estava completamente certa de que queria estar no programa e divulgar o parque cada vez mais, porém nunca me afastei de verdade do grupo." Em dezembro do ano passado, Graciela foi apresentada à professora Lílian Bergqvist, que a convidou a fazer estágio de paleontologia na UFRJ. "Ao conhecer o laboratório, me encantei, mas fiquei com um pouco de medo, pois a minha vida era só em Itaboraí e ir ao Rio seria conhecer outro mundo. Mas foi naquele momento que vi que o mundo dá voltas, já que voltaria a fazer o que gostava. Hoje divulgo a importância da história do Parque de Itaboraí e luto para que ele seja preservado. Acredito que os bolsistas Jovens Talentos possam sair  do programa mais interessados em divulgar e lutar pela preservação do parque."

Durante a cerimônia, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques reiterou o apoio da Fundação ao projeto de revitalização do parque e elogiou o empenho dos pesquisadores em trabalhar pelo local. "Há dois anos conheci o parque e fiquei impressionado com a dedicação, paixão e abnegação com que os pesquisadores vêm trabalhando na divulgação deste espaço junto aos jovens da região. Há anos, a Fundação vem apoiando o projeto e garanto que continuaremos apoiando a iniciativa", afirmou. Já a coordenadora do IVP-RJ, Maria Antonieta da Conceição Rodrigues, lembrou a primeira vez que visitou o espaço, em 1966, quando era  estudante da Faculdade de Geologia da UFRJ, e viu a importância histórica do local. "É um rico sítio de estudos geológicas, arqueológicas e paleontológicas para pesquisadores de todo o mundo. Precisamos preservá-lo e criar, no futuro, um polo de pesquisas e visitação, com atividades de turismo ecológico. A obra de restauração de um antigo galpão dos funcionários da Companhia Mauá de Cimento já foi licitada e esperamos começá-la logo no começo de 2010", concluiu.

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