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Publicado em: 06/09/2007
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UFRJ recebe espectrômetro de alta performance

 Vinicius Zepeda

   
 Jerson Lima Silva apresentou o novo espectrômetro
   durante a visita guiada à nova sede do CNRMN

A descoberta de novos medicamentos para Aids, câncer e mal de Alzheimer no Brasil ganhou um enorme impulso na tarde da segunda-feira, 3 de setembro. Na ocasião, foi inaugurada a nova sede do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas (CNRMN) – localizada no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) –, onde foi instalado um espectrômetro de ressonância magnética nuclear com freqüência de 800 MHz. Único com essa potência na América Latina, o equipamento serve para determinar a forma espacial das estruturas atômicas de macromoléculas, como proteínas antifúngicas, antimicrobianas e antiprotozoários. De acordo com o diretor do CNRMN e diretor científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva, ao identificar a estrutura atômica e a forma espacial das proteínas, é possível determinar sua função no organismo humano e as formas de interação que elas têm com outras proteínas. "Estes estudos nos permitem desenvolver novos medicamentos com melhores efeitos terapêuticos", explica. 

O espectrômetro funciona acoplado a uma sonda criogênica, uma espécie de adaptador que ajuda o sistema de análise de amostras e aumenta a qualidade do sinal. "Graças a este mecanismo, experimentos de determinação de estruturas de complexos de proteínas, em que os resultados só apareciam depois de três ou quatro dias, são agora obtidos em apenas algumas horas", explica Jerson Lima. O novo aparelho junta-se agora a outros dois de menor porte que continuarão em funcionamento e estão no CNRMN desde a sua criação, em 1997: um de 400 MHz e outro de 600 MHz. Os dois equipamentos mais antigos e a manutenção e construção das novas instalações do CNRMN contaram com o apoio da Finep/MCT (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da C&T), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da FAPERJ. Os pesquisadores do Brasil e do exterior que estiverem interessados em realizar pesquisas com estes equipamentos podem enviar seus pedidos para a coordenação gestora do CNRMN.

A cerimônia de inauguração da nova sede e a apresentação do novo equipamento fez parte da programação do workshop de RMN (Ressonância Magnética Nuclear) e da 2 Reunião Anual do Instituto Milênio de Biologia Estrutural em Biomedicina e Biotecnologia, no Auditório Paulo Rocco, do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Esses eventos contaram com a participação do professor Kurt Wuthrich, Prêmio Nobel de Química de 2002, do instituto de pesquisas The Scripps, na Califórnia, e do Instituto Federal de Tecnologia, da Suíça.

A mesa de abertura do evento contou com a presença de diversos professores, docentes da UFRJ e de outras instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio de Janeiro e autoridades governamentais, entre elas, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques.

No evento, o esforço desenvolvido pela UFRJ e por várias outras entidades para a consolidação de um programa de Biologia Estrutural como o desenvolvido na UFRJ foi lembrado pelo diretor do CNRMN, Jerson Lima Silva. Ele aproveitou a ocasião para apontar as novas metas de sua equipe para um futuro próximo. "Depois da aquisição do novo equipamento e dos dez anos de existência do centro, nossa próxima meta é criarmos o Centro Nacional de Bioimagem, em que reuniríamos equipamentos para obtenção de imagens atômica, subcelular, celular e de animais", afirmou Silva.

A diretora do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, Débora Foguel, chamou a atenção para a importância do novo espectrômetro na diminuição das desigualdades do país. "A melhora no desenvolvimento de pesquisas na área de saúde com certeza deverá ser revertido em benefícios para a saúde e a qualidade de vida do nosso povo", lembrou. Já o vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Hernan Chaimovich, complementou a fala de Débora, dizendo: "Cada vez que um continente instala uma máquina, nós perguntamos quem instalou o cérebro. A UFRJ tem investido ao longo de vinte anos na formação destes cérebros e isso é muito importante. Esta máquina é a consolidação de todo um processo e vai gerar novas pesquisas incentivando a ciência e diminuindo a desigualdade social do país com a formação de novos pesquisadores."

Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães lembrou do crescente apoio do ministério nos últimos anos. "O incentivo à pesquisa em ciência e tecnologia, que durante alguns anos recebeu pouco apoio por parte do Ministério da Saúde, cresceu muito nos últimos quatro anos e tem ocupado um lugar cada vez mais importante em nossas atividades", disse Guimarães.

Representando o secretário de estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, o subsecretário Luiz Edmundo Costa Leite frisou a importância do novo equipamento, que permitirá reunir as maiores autoridades em biologia molecular do Rio de Janeiro em projetos em comum. Já o decano do Centro de Ciências da Saúde, Almir Fraga Valadares reafirmou o compromisso em lutar pela consolidação do Centro Nacional de Bioimagem (CenaBio). "Este espectrômetro é a consolidação de um sonho e toda a vez que sonhamos nós acenamos para o futuro. Ao acenarmos, ficamos mais próximos dele. Esperamos que esse novo sonho possa virar realidade com a futura inauguração do Cenabio", afirmou Valadares.

O reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, encerrou os discursos, chamando a atenção para a importância do fato de que as instalações do CNRMN e o novo espectrômetro poderão ser utilizadas pelo maior número possível de pesquisadores. Em seguida, Jerson Lima Silva reuniu autoridades para uma visita guiada à nova sede do local e apresentação do novo aparelho.

 

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