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Publicado em: 23/09/2003
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Astronomia ao alcance de todos

Não há uma explicação consistente, baseada em princípios da física, sobre a relação entre os astros e suas alegadas influências no ser humano. Além disso, há incoerências entre a posição real dos astros e aquela usada na astrologia tradicional. Quem afirma é o biólogo e escritor Fernando Gewandsznajder, que participou em 22 de setembro do Ciclo 21 – Ciência, Cultura e Sociedade, uma série de debates realizados na Fundação Planetário às segundas-feiras para popularizar o conhecimento científico. O Ciclo, que acontece anualmente desde 1997, vai até 13 de outubro (veja programação abaixo).

Segundo Gewandsznajder, a ciência tenta conhecer o mundo através de uma atitude crítica, testando uma hipótese - através de observações ou de experimentos - da forma mais rigorosa possível. “No caso da astrologia, são feitas afirmações factuais acerca de traços da personalidade e de tendências de comportamento das pessoas. Essas afirmações foram testadas através de observações e experimentos e os resultados estatísticos entraram em contradição com as afirmações astrológicas”, afirma.

 

O biólogo citou estudo publicado em 2003 por Geoffrey Dean e Ivan Kelly, que compararam mais de duas mil pessoas nascidas em Londres, em 1958, no mesmo dia e na mesma hora, com, em média, 4,8 minutos de diferença. De acordo com a astrologia, essas pessoas deveriam ter características bastante semelhantes. Eles analisaram 110 tipos de características (nível de ansiedade, estado civil, agressividade, sociabilidade, habilidades em artes, esportes e matemática, altura, peso, ocupação, estado civil etc). Os pesquisadores não encontraram nenhuma prova de semelhança entre as pessoas que nasceram no mesmo horário.

 

Outro problema apontado por Gewandsznajder é que a posição real dos astros é diferente da posição usada na astrologia tradicional. “Alguns sistemas astrológicos levam em conta a verdadeira posição dos astros, o que resulta em afirmações contraditórias acerca de características pessoais”, completa.

 

Também participaram do evento o astrônomo do Observatório do Valongo da UFRJ Rundsthen Vasques de Nader e, como mediador, o físico Henrique Lins de Barros, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

 

Coordenado por Alexandre Cherman, o Ciclo 21 é promovido pela prefeitura do Rio e a Fundação Planetário. As sessões são realizadas na cúpula Carl Zeiss, sempre às segundas-feiras, às 20,30h, com entrada franca (distribuição de senhas uma hora antes). Participam de cada sessão dois palestrantes, que têm 45 minutos para fazer suas apresentações, e um mediador que procura confrontar as idéias. Após as palestras, há 30 minutos de debate.

 

Segue o programa das próximas palestras:

 

29/9 - Cosmos e consciência - Como entendemos o universo?

Palestrantes: Jorge Albuquerque Vieira (astrônomo da PUC-SP) e Suzana

Herculano-Houzel (neurocientista do Centro de Ciências da Saúde - UFRJ)

Mediadora: Alícia Ivanissivich (editora-executiva da revista Ciência

Hoje, da SBPC)

 

O que é vida? Como definimos um sistema vivo? Quais são as condições

para que se forme vida? O estudo da vida no Universo é um dos mais modernos e fascinantes ramos da Astronomia, unindo biólogos, físicos, geólogos e astrônomos.

Para entendermos o surgimento da vida, precisamos entender as estrelas que fornecem a energia e os planetas que servem de abrigo, além dos elementos à disposição.

 

6/10 - A vida no Universo - O que é e como surge

Palestrantes: Danielle Grynszpan (bióloga da Fiocruz) e Gustavo Porto de Mello (astrônomo do Observatório do Valongo - UFRJ) Mediador: Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (pesquisador titular do Museu de Astronomia)

 

Tudo o que sabemos em ciência foi pensado por alguém. O cérebro é o mais importante instrumento científico; mais importante que o telescópio, o microscópio ou o computador. Como o cérebro (o universo de idéias) se relaciona ao Universo? Como o universo, com suas infinitas possibilidades, permitiu o surgimento de uma máquina de pensar?

 

13/10 - O Universo tem fim? - Mapeando o Infinito

Palestrantes: Ricardo Kubrusly (matemático do Instituto de Matemática - UFRJ) e Marcelo Rebouças (físico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF) Mediadora: Ana Lúcia Vieira de Azevedo (editora do Ciência e Vida do jornal O Globo)

 

A humanidade sonha em colonizar planetas distantes, alcançar as estrelas, se espalhar pela galáxia. Mas, para isso, precisamos construir mapas que nos guiem nessas viagens futuras. Como nossos antepassados antes das grandes navegações, ainda não sabemos o real tamanho do Universo, nem tampouco sua forma. O Universo tem fim? Além disso, é necessário saber se o Universo é eterno. Ele vai acabar um dia?

 

Mais informações em www.rio.rj.gov.br/planetario/ ou pelos fones: (21) 2274-0096/0046.

 

 

Leia mais:

 

Sob o signo da ciência - A astrologia vista na perspectiva astronômica (Artigo de Fernando Gewandsznajder no site da Fundação Planetário).

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