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Publicado em: 23/10/2008
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Macaé conta com novo espaço dedicado à divulgação da ciência entre os jovens



 Divulgação Nupem

        
      Com 3,80m, o tubarão é réplica de uma das espécies
      encontradas nas águas da região do litoral fluminense
Uma réplica de golfinho (Pontoporia blainvillei) em tamanho natural, e outra, bastante realista, de um tubarão anequim (Isurus oxyrynchus) com 3,80m de comprimento – a maior réplica de tubarão atualmente em exibição no país. Exemplos da fauna marinha que habita o litoral fluminense, esses modelos são os grandes atrativos da exposição "Diversidade dos Ecossistemas Costeiros do Norte Fluminense", com que o Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé (Nupem/UFRJ) marca não só sua participação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, como também a abertura de seu Espaço Ciência, inaugurado nesta quinta-feira, 23 de outubro. Da mostra, que permanecerá aberta mesmo depois do final da semana de C&T, também fazem parte painéis explicativos e jogos interativos sobre a fauna aquática da região. As crianças que visitarem a mostra também poderão sugerir um nome do tubarão, escolhido como mascote da exposição.

"O evento é o resultado de um projeto da diretoria de Extensão do Nupem, sob minha coordenação, e realizado com a colaboração de Alexandre Ramos. Tudo foi coordenado por nosso diretor Francisco de Assis Esteves, que enraizou o Nupem fortemente não somente quanto a seu papel no ensino e pesquisa, mas também na extensão do nosso estado", fala a diretora de Extensão do Nupem, Christine Ruta. O assessor da presidência da FAPERJ, professor Egberto Gaspar de Moura representou a fundação na inauguração do Espaço em Macaé. Segundo ele, a Fundação continuará incentivando projetos de divulgação e popularização da ciência, como os do Nupem. "Estas iniciativas primam pela qualidade e permitem levar a todas as faixas etárias, mas em especial aos mais jovens, os fundamentos da ciência e seus métodos, impedindo que o anti-cientificismo ganhe terreno. Além disso, o Nupem tem um papel importante no processo de interiorização do conhecimento científico e de sua interação com o ensino fundamental e médio, nas escolas públicas da região", afirmou Moura.

O Espaço Ciência do Nupem abrigará ainda a reconstituição de um costão rochoso como forma de expor a diversidade da fauna local. A mesma que despertou a curiosidade do naturalista Charles Darwin, que, em 1832, passou por Macaé e por outras cidades do norte fluminense coletando exemplares de peixes, aves e outros organismos. O costão está dividido em supralitoral, mesolitoral e infralitoral, mostrando os animais que habitam em cada uma dessas faixas. "Na área do supralitoral, que é seca, vivem organismos terrestres, mas de algum modo ligados ao ambiente aquático, como baratinhas de praia – que apesar do nome são crustáceos – e gastrópodes, que são moluscos com concha, e as aves marinhas", fala o professor de Zoologia de Vertebrados do Nupem/UFRJ, Fabio Di Dario.
 

 Divulgação Nupem
    
   As réplicas de animais marinhos são de Ricardo Mugnai, da Fiocruz, responsável pelo projeto de arte e pela exposição 

"A região de mesolitoral sofre influência direta das marés, ficando totalmente coberta pela água na maré alta, e exposta ao sol na maré baixa. Nessa faixa, encontramos cracas e mexilhões, que sobrevivem muito bem à dessecação graças às suas conchas. Já o infralitoral, a parte submersa, é habitada por uma variedade imensa de vida marinha", continua o professor.

A exposição é gratuita e aberta ao público em geral, estudantes de todos os níveis e crianças acompanhadas por professores ou responsáveis. Monitores do Nupem e estagiários guiarão os visitantes nas atividades programadas, sem necessidade de inscrição prévia. Para esta quinta e sexta-feira, dias 23 e 24 de outubro, além da inauguração do Espaço Ciência, a programação inclui a mesa-redonda "A importância das Exposições e da Divulgação Científica", com Maria Isabel Landim (Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo/Exposição Darwin), Leandro Salles (Museu Nacional, UFRJ), Riccardo Mugnai (Fiocruz, Rio de Janeiro, também responsável pelas réplicas e pelo projeto de arte da exposição) e Christine Ruta (Nupem/UFRJ); as palestras "A vida e a obra de Charles Darwin", com Maria Isabel Landim; e "As cracas de Darwin", com Fábio Bettini Pitombo (Universidade Federal Fluminense). Nesta sexta, haverá visitação ao Espaço Ciência e aos laboratórios do Nupem, além de oficinas de ciência e arte, e da exibição dos vídeos da mostra Ver Ciência.

  Divulgação Nupem
      
    Em tamanho natural e bastante realista, o golfinho
    (Pontoporia blainvillei) é outra atração da exposição 
Mesmo depois de encerradas as atividades da Semana de C&T, a exposição "Diversidade dos Ecossistemas Costeiros do Norte Fluminense" continua aberta ao público. E ainda receberá acréscimos. Como as peças emprestadas do Museu Nacional/UFRJ, entre elas os espécimes reconstituídos e empalhados de uma tartaruga marinha, e de aves aquáticas, como atobás e fragatas, que complementarão o espaço. "A fragata é uma das maiores aves marinhas e pode chegar a até 2,3 metros da ponta de uma asa à outra", fala Fabio.

Outro projeto já está em andamento. Até o começo de 2009, as dependências do Nupem devem abrigar também um pequeno biotério para organismos aquáticos. Com cerca de 74 m, ele será usado para a manutenção de organismos como águas-vivas, crustáceos anfípodes, macroalgas, moluscos bivalves, peixes, anelídeos poliquetas e ascídias, para as pesquisas dos docentes. "O projeto prevê a construção de três salas distintas para a manutenção das diferentes espécies e inclui a aquisição de equipamentos para os três ambientes. Iniciada no começo de outubro, com as sondagens do terreno, a obra tem previsão para ser concluída dentro de 75 dias", diz o professor de Zoologia de Invertebrados André C. Morandini, responsável pelo biotério, que conta com a participação de outros sete professores da instituição. A construção está sendo financiada com recursos do edital Apoio à Infra-estrutura de biotérios, da FAPERJ.

A idéia é de que tudo isso seja o embrião para o museu que os integrantes do Nupem pretendem aos poucos ir montando e ampliando. "Os museus estão sempre situados nas capitais e grandes cidades. Os municípios do interior dificilmente contam com instalações do gênero. Queremos modificar um pouco esta situação e chamar a atenção para as espécies locais", planeja Fábio. "E tudo isso só tem sido possível graças ao apoio da FAPERJ, da Fundação Educacional de Macaé e da Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ", completa a diretora Christine Ruta.

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