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Andre Motta Lima (camisa escura) recebe os convidados do programa |
"O grande avanço é que quem quiser assistir não precisa ficar limitado a um horário na televisão. O espectador pode ver qualquer um dos programas, a qualquer hora, e em qualquer lugar, não somente no Rio de Janeiro. Acho que vamos conseguir ampliar bastante o público do Tome Ciência", explica André Motta Lima, apresentador e diretor do programa. A nova série de onze debates foi gravada com recursos da FAPERJ, e cada um dos programas também está sendo passado para o formato de DVD. Sua distribuição, a ser feita pela Fundação, será alvo de um segundo momento do projeto. "Há várias idéias que serão analisadas, como a distribuição nas escolas ou a transformação para outras mídias, por exemplo. O objetivo é a divulgação da ciência para um público cada vez maior", fala. Antes disso, porém, Motta Lima pretende incluir todos os 218 programas do acervo, gravados desde 1987 quando o Tome Ciência estreou, na Internet.
Quanto mais atual e polêmico, melhor. O programa já discutiu, por exemplo, as células-tronco e suas futuras possibilidades terapêuticas; alternativas energéticas que vêm sendo desenvolvidas, como os biocombustíveis e as implicações sociais e econômicas de sua produção; a influência dos tempos modernos sobre a tradicional constituição da família, em "Casais da atualidade"; e, mostrando dados de pesquisas, especialistas apresentaram em "Favelas sem preconceito", um cenário distinto daquele que apenas associa comunidades à violência. A idéia é a de sempre procurar levantar os diferentes aspectos de um determinado assunto.
Para manter-se afinado com essas questões momentosas, como gosta de dizer Motta Lima, o programa conta com um conselho científico formado por todas as sociedades vinculadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), parceira do projeto. "Elas nos fazem sugestões que são discutidas, avaliadas e votadas por nosso conselho editorial, do qual fazem parte nomes como Ennio Candotti, Franklin Runjanek e o ex-secretário de C&T fluminense, Wanderley de Souza, os dois últimos também pesquisadores da FAPERJ. São eles também nossa fonte para indicar os convidados para discutir cada tema", fala Motta Lima.
Desde 1987, Tome Ciência passou por algumas interrupções nas gravações, embora nunca tenha deixado de existir. "O programa viveu soluços criativos, mas o apoio da FAPERJ nos possibilitou produzir novas gravações. Ultimamente estávamos exibindo os 48 debates gravados em 2004 e 2005. O que não chega a ser um problema tão grande já que certos temas não morrem e se mantêm atuais", diz Motta Lima. Com a inclusão dos programas na Internet, o programa deixa de ter apenas a veiculação restrita ao Rio de Janeiro – como acontece na exibição pelo canal da Câmara Municipal. Embora ainda não disponha de dados que lhe permitam uma avaliação mais embasada, com apenas um mês no ar, Motta Lima comemora a ampliação de público que a Internet lhe garante. "Ao que tudo indica, estamos tendo um bom acesso na Internet. Mas melhor ainda é o fato de que voltamos a ter projeção de maior alcance, expressão nacional", concluiu.
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