Débora Motta
Cristina Lacerda |
Ruy Marques (à dir.) recebe, pela FAPERJ, o diploma de membro institucional da ABC das mãos de Jacob Palis |
"Em apenas um ano, o País aumentou em mais de 50% a produção de papers, que era de menos de 20 mil em 2007. Esse crescimento é fruto do investimento das Fundações de Amparo à Pesquisa e das agências de fomento, que congregam esforço para elevar a produção científica", reconheceu Haddad, destacando a importância da expansão das universidades para outras regiões brasileiras.
Ele mostrou-se otimista em relação ao desenvolvimento da pesquisa brasileira nos próximos anos. "É possível conceber que o Brasil esteja, em um futuro próximo, entre os 10 maiores países produtores de ciência do mundo." No entanto, o ministro ressaltou que o desafio para o progresso da C&T passa pela formação do professor primário, além da pós-graduação, como propõe seu Plano de Desenvolvimento da Educação. "É preciso traduzir esse conhecimento científico em proveito da educação básica", disse Haddad.
Representando o presidente Lula, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, lembrou de outras iniciativas recentes de fomento que impulsionaram o desenvolvimento em C&T. "Os recursos concedidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) por meio dos fundos setoriais, ainda na gestão do embaixador Ronaldo Sardenberg, contribuíram para o aumento da produção científica", disse ele, citando também a atuação da FAPERJ no programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – responsável pela criação de 123 institutos em todo o País, com recursos globais de R$ 581 milhões.
O governador Sérgio Cabral foi homenageado com o título de membro benemérito da ABC. A menção honrosa justificou-se pelo fato do governo do estado do Rio de Janeiro destinar 2% da arrecadação tributária líquida à FAPERJ, conforme previsto na Constituição. "Tenho orgulho de dizer que o nosso governo pratica e realiza o que está gravado na Constituição, que estabelece 2% da arrecadação para o apoio à pesquisa. Isso significou uma mudança importante de recursos para a FAPERJ. Nós saímos, em 2006, de R$ 89 milhões por ano para R$ 250 milhões em 2008", destacou.
FAPERJ torna-se membro institucional da ABC
Carlos Magno |
Fernando Haddad (à esq.), Sérgio Cabral, Américo Fialdini Jr., |
Já a entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto ao sociólogo e historiador mineiro José Murilo de Carvalho foi marcada pelo bom humor. Ele contou que ficou surpreso ao saber, pelo ministro Sergio Rezende, que tinha sido o escolhido. "Tive dificuldade em acreditar que estaria ao lado de gigantes da ciência e da tecnologia (que ganharam o prêmio em outras edições). Junto de Celso Furtado, Caio Prado Jr., Antonio Candido, Florestan Fernandes, Maria Isaura Pereira de Queiroz e Benedito Nunes. Não tenho uma mente brilhante. No máximo, posso dizer que tenho um crânio brilhante", disse aos risos o membro da Academia Brasileira de Letras, em alusão à sua calvice.
Estiveram presentes na solenidade outras autoridades, como o presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp; o presidente do CNPq, Marco Antônio Zago; o secretário de C&T do RJ, Alexandre Cardoso; o presidente da Capes, Jorge Guimarães; o presidente da Finep, Luís Fernandes; o presidente da Fundação Conrado Wessel, Américo Fialdini Júnior; e o embaixador, ex-ministro da C&T e presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg.
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