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Publicado em: 10/06/2009
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Midiateca é a mais nova opção cultural do Rio

Danielle Kiffer

 Divulgação/Uerj

          
     Na Midiateca, o visitante confere um dos filmes do acervo
Diariamente, notícias sobre corrupção e violência revelam um Rio de Janeiro bem diferente daquele citado em inúmeras canções e poesias por sua evidente beleza natural. Para evitar que esta imagem negativa predomine sobre a cidade e pela difusão maior da cultura, tem muita gente por aqui colocando a mão na massa e fazendo a diferença. Neste caso, a pesquisadora Aureanice de Mello Corrêa aposta na arte do cinema para criar uma realidade melhor. Ela e uma equipe de professores, bolsistas e funcionários técnico-administrativos, com apoio da FAPERJ, criaram a Midiateca Arte e Cultura, localizada no Centro Cultural da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), inaugurada na última quarta-feira (3/6). O espaço é composto por uma sala de exibição com capacidade para 30 lugares, e tem cinco computadores de última geração para que os filmes e documentários do acervo possam ser assistidos individualmente ou em dupla.

Para a inauguração da Midiateca foi escolhido o tema que justamente retrata a contradição entre a beleza e o caos da cidade, centrando o comportamento do carioca no dilema entre o viver e o morar, perspectiva apontada pelo antropólogo Roberto DaMatta. “Morar é ruim, envolve a rotina, as dificuldades, os assaltos e o custo de vida alto. Viver envolve o lado bom, a alegria dos moradores da cidade, ir à praia, encontrar os amigos no bar”, explica Aureanice. Os filmes escolhidos pela equipe, que retratam o Rio no período de 1990 a 2008, serão exibidos no espaço até setembro deste ano.

A programação está dividida em quatro partes. O primeiro bloco, "Alegria e malandragem de ser carioca", traz os filmes Vinícius, Bossa Nova e O mistério do samba e apresenta uma época em que o Rio é plenamente a cidade maravilhosa, musa inspiradora dos poetas, músicos e escritores. O segundo bloco, "Entre a alegria e o medo: transição", com os filmes Quase dois irmãos, Fala tu e Cidade de Deus, representa o período em que os filmes reproduzem a relação de conflito que passa a se predominar na vida do cidadão carioca. O terceiro bloco, "A cidade partida", com os filmes ”nibus 174, Tropa de elite e Falcão – meninos do tráfico, procura mostrar o conflito estabelecido entre o narcotráfico e os órgãos de repressão ao crime, em imagens e sentimentos de tensão que se estabelecem na visão de uma cidade partida. E o último bloco, "O olhar estrangeiro sobre a cidade", com Favela rising, Feitiço de Lisa e Olhar estrangeiro, ressalta a cinematografia realizada por dois diretores estrangeiros (Matt Mocharv, com Jeff Zimbalist, Steven Dean More) e um nacional (Lúcia Murat), sob a perspectiva de uma imagem construída da cidade, seus habitantes e suas paisagens, marcadas pelo exotismo, conflitos e desigualdades sociais.

Será apresentado um filme por semana, às quintas-feiras, sempre às 18 horas. No último encontro de cada mês será realizado um debate sobre o filme escolhido pelo público, dentre os que foram exibidos no mês. Na terça-feira seguinte, a Uerj levará filme e debate à sede do Observatório de Favelas, organização social de pesquisa, consultoria e ação pública dedicada à produção do conhecimento e de proposições políticas sobre as favelas e os fenômenos urbanos.

 Divulgação/Uerj
         

  A pesquisadora Aureanice de Mello Corrêa (no centro) e a equipe que
    participou 
da implantação da Midiateca no Centro Cultural da Uerj

 

A inauguração contou com a apresentação do coral Altivoz, da Uerj. Em seguida, foi apresentado o curta Hino Nacional – Ritmos Brasileiros, que demonstra a diversidade brasileira nos diferentes ritmos de execução do hino. “Foi muito gratificante ver a alegria das pessoas nos computadores assistindo aos filmes do nosso acervo. Pelo visto, o projeto, que está apenas no seu início, agradou muito as pessoas” revela a pesquisadora. No dia seguinte foi exibido o documentário Vinicius, que, para a estréia, teve um público significativo, em sua maioria, formado por estudantes de diversas universidades.

Para a mediação do debate, que acontecerá no dia 25 de junho, foi convidado o professor do Instituto de Artes da Uerj, Luis Felipe Ferreira. De acordo com Aureanice, os debates são fundamentais para a concretização do saber. “Eles vão promover o diálogo, levantar as dúvidas que poderão ser esclarecidas. Os debates são uma forma de multiplicar as informações.”

“A Midiateca e a participação nos eventos estão abertos a quem quiser assistir e conhecer. Espero que todos participem e apreciem nosso espaço. E que esta forma de divulgação e propagação de conhecimento e cultura possa representar, de forma significativa, uma transformação na vida de cada um de nós, pois a verdadeira revolução não é feita apenas para um dia ou uma semana, e sim, para a vida inteira”, finaliza a pesquisadora.

Confira a programação:

Junho – "A alegria e malandragem carioca"
04/06 – Vinícius
10/06 – Bossa Nova
18/06 – O mistério do samba
25/06 – Debate
30/06 – Apresentação do filme escolhido no Observatório de favelas, seguido de debate

Julho – "Entre a alegria e o medo: transição"
02/07 – Quase dois irmãos
09/07 – Fala tu
16/07 – Cafuné
23/07 – Cidade de Deus
30/07 – Debate
04/08 – Apresentação do filme escolhido no Observatório de favelas, seguido de debate

Agosto – "A Cidade Partida"
06/08 – ”nibus 174
13/08 – Tropa de Elite
20/08 – Falcão – meninos do tráfico
27/08 – Debate
01/09 – Apresentação do filme escolhido no Observatório de favelas, seguido de debate

Setembro – "O Olhar estrangeiro sobre o Rio de Janeiro"
03/09 – Favela rising
10/09 – Feitiço de Lisa
17/09 – Olhar estrangeiro
24/09 – Debate
28/09 – Apresentação do filme escolhido no Observatório de favelas, seguido de debate

 

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