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Publicado em: 17/07/2009
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Primeiro trem de levitação magnética do País é destaque em palestra na reunião da SBPC


Débora Motta, de Manaus
 

 Débora Motta

 
 Eduardo David (esq.) e Ruy Garcia Marques seguram o
 protótipo do primeiro trem de levitação magnética do País
 
O MagLev-Cobra, que será o primeiro trem de levitação magnética do País, foi tema de palestra realizada na quinta-feira, 16 de julho, no estande do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), durante a 61 Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), montado na ExpoT&C. O veículo está sendo desenvolvido pela equipe do Laboratório de Aplicação de Supercondutores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasup/UFRJ), da Escola Politécnica e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), em parceria com o engenheiro de transportes Eduardo David e com o fundador do laboratório, Roberto Nicolsky.

De acordo com o palestrante e gerente do projeto, Eduardo David, o nome do trem "cobra" é uma alusão aos diversos módulos, totalmente articulados, que formarão o veículo. Essa estrutura permitirá maior flexibilidade ao trem, que fará curvas mais acentuadas do que os veículos tradicionais, com apenas 50 metros de raio. "O trem terá módulos que se encaixam como vértebras de uma serpente", disse David, destacando o apoio da FAPERJ para o projeto, de R$ 4,7 milhões.

A tecnologia de levitação magnética é baseada na formação de um campo magnético de repulsão entre os trilhos e os módulos de levitação (pastilhas supercondutoras que substituem as rodas e são formadas de ítrio, bário e cobre). Para criar este campo magnético, que faz o trem levitar, os cientistas resfriam os supercondutores de elevada temperatura crítica a 196 C negativos, com nitrogênio líquido.

Os testes do trem que dispensa rodas estão sendo realizados por etapas. "Já construímos um modelo em escala reduzida para experimentos. O próximo passo é fazer um protótipo do trem em escala real, para operar em uma linha de teste de 180 metros de extensão, interligando dois prédios no Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ", disse Eduardo David, acrescentando que no meio de 2010 essa linha já deve entrar em operação, gratuitamente, para servir ao transporte acadêmico no campus do Fundão 12 horas por dia.

Depois que a experiência passar no teste inicial em curso, o MagLev deve atender ao transporte coletivo de toda a extensão da cidade universitária, substituindo os ônibus universitários internos. "Essa proposta já está prevista no Plano Diretor 2020 da UFRJ", disse, acrescentando que a ideia é expandir as linhas do campus para atender outras áreas da região metropolitana do Rio de Janeiro. "A linha do trem poderia ser integrada do Fundão ao metrô de Del Castilho, por exemplo", disse.

O custo para a implantação do trem será de um terço em relação aos investimentos necessários para um metrô. "O MagLev custará em média R$ 15 milhões por quilômetro para ser construído, ao passo que o metrô tem um custo de R$ 100 milhões por quilômetro", destacou David. Além disso, o MagLev terá uma velocidade de 70 km/h, similar a do metrô em circulação no Rio, mas com a vantagem de não ser poluente. "Ele vai consumir pelo menos 50% a menos da energia que um trem elétrico utiliza para se mover porque ele é mais leve e, por não ter rodas, tem menos atrito", concluiu.

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