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Publicado em: 04/02/2010
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Qual é o problema? Livro ajuda a entender matemática

Rosilene Ricardo


 Divulgação

   

Imagine ajudar uma formiga a encontrar o caminho mais curto para chegar até o torrão de açúcar que está num dos vértices de um cubo. Ou, então, dividir um bolo em três ou mais pessoas de forma que cada um fique feliz com seu pedaço. Ou ainda ser levado a pintar um plano com sete cores, mas de forma que dois pontos da mesma cor mantenham um metro de distância um do outro. Estes e outros desafios fazem parte do livro Qual é o problema?, publicado pelo físico Marco Moriconi, com recursos do programa de Auxílio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ.

O livro, de 111 páginas, reúne várias das questões propostas na coluna que Moriconi mantém na revista Ciência Hoje, desde 2005, e traz ainda outras inéditas. "Vários livros apresentam problemas do mesmo tipo. Muitas dessas questões são interessantes, provocadoras e estão presentes em situações cotidianas, como conversas entre colegas. O que é diferente no conteúdo do livro, é a forma simples e bem-humorada com que os desafios são apresentados", explica Marco Moriconi.

Moriconi acredita que, além de divertir os leitores, o livro procura mostrar como é possível se apresentar um bom argumento matemático de modo que ele possa ser apreciado da mesma maneira que um filme, um livro ou até uma boa refeição. "Um de meus desejos secretos com a publicação de Qual é o problema? é que, como um pequeno aperitivo matemático, ele desperte vocações entre jovens estudantes."

Moriconi acha que, da forma como a disciplina é ensinada nas escolas, muitas vezes termina afastando crianças e jovens. "Se a matemática fosse ensinada de modo a instigar a curiosidade natural de cada indivíduo, o panorama seria bem diferente. Isso não acontece somente na área das ciências exatas. Muita gente, ao sair da escola, não tem a menor simpatia, por exemplo, com muitos dos clássicos da literatura brasileira. Mas, mais tarde, quando volta a ler livros de Machado de Assis, entre outros autores, se encanta e descobre o quão magníficos eles são. Provavelmente, a primeira leitura aconteceu no momento errado. Da mesma forma, é difícil para uma criança o aprendizado de matemática com regras e fórmulas muitas vezes sem sentido. É preciso que ela entenda a matemática de uma forma mais natural", diz.

Segundo o autor, seu objetivo foi não fazer um livro complicado, nem fácil demais, mas provocar em quem lê uma reflexão sobre as questões propostas. "Ao ler o livro pela primeira vez, nem todo mundo vai entender todo o conteúdo, mas voltando à leitura seis meses depois, já compreenderá muito mais coisas", garante.

Entre os vários problemas do livro, um deles é a organização de uma cidade imaginária onde só existem duas dimensões, como numa folha de papel. Para dotar três residências de serviços públicos essenciais, como água, luz e gás, os engenheiros da cidade impõem uma regra: a tubulação não pode se cruzar. É possível realizar tal tarefa?

Cada um dos desafios mostra situações variadíssimas e soluções que levam o leitor a passear pelo mundo das ideias matemáticas, algumas das quais nem sempre ele conhece. O autor vai conduzindo o raciocínio, levando o leitor a acompanhá-lo até o final de cada problema. As respostas, porém, estão no final do livro.

Com a publicação mensal de sua coluna na revista Ciência Hoje, Moriconi tem material para outras edições futuras de Qual é o problema? "Como sou físico, também tenho vontade de escrever um livro sobre os fenômenos simples que acontecem no cotidiano e que tem por trás as grandes leis da natureza: por que mesmo com incontáveis estrelas, o céu é escuro à noite? Ou entender como a física atua numa simples conversa telefônica", provoca.

Enquanto isso não acontece, Moriconi já ficaria satisfeito se alguém, especialmente aqueles que não estudam matemática há tempos, ao ler seu livro comece a perceber como o assunto pode ser fascinante. "Tanto pela própria beleza da matemática quanto por sua utilidade. Se conseguir um desses intentos, minha missão estará cumprida", conclui.

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