Danielle Kiffer
Diogo Provete |
Um dos menores exemplares da Mata Atlântica: o pingo |
Entretanto, não é só de pequenos animais que é composto o universo dos anfíbios. Para mostrar a ampla biodiversidade dessa fauna, também estará exposta a espécie Rhinella icterica, o nosso tão conhecido sapo-cururu ou sapo comum, que pode alcançar o tamanho de 20 centímetros. "O principal objetivo da exposição é despertar, no cidadão, a consciência sobre a importância da preservação da natureza. Esse fato remete ao próprio nome da exposição", diz Lycia. De acordo com a professora, até o título da exposição procura mostrar exatamente isso. " 'Tom' representa a biodiversidade existente e 'Contra-Tom', a ação humana que degrada o meio ambiente. Da menor à maior espécie, todos os anfíbios têm grande relevância para o ambiente. Precisamos nos conscientizar a respeito da importância da preservação da natureza, pois tudo tem consequências. Catástrofes naturais, como queda de encostas, são alguns dos resultados das modificações ambientais provocadas pelo homem”, exemplifica.
Do total de 34 fotos expostas, tiradas por Lycia e pelos biólogos da UFRJ Thiago Silva Soares e Rodrigo Salles, 13 serão trocadas periodicamente para que sempre haja uma novidade para quem for visitar a exposição. Às imagens de anfíbios da região gerenciada pelo Parque Nacional da Serra dos “rgãos se somam as fotos que retratam os prejuízos da ação humana ao meio ambiente. “Acredito que, ao se deparar com uma biodiversidade tão grande, o visitante da exposição sinta despertar um estímulo à preservação. Os anfíbios retratados são bastante diversos em cores e tamanhos e acredito que toda esta beleza e pluralidade, em contraste com as imagens da destruição, sensibilizarão os visitantes. A Mata Atlântica tem uma ampla variedade de espécies e precisamos preservá-las para o bem das futuras gerações”, ressalta.
A exposição será apresentada no Centro de Visitantes Museu Von Martius, prédio histórico que foi totalmente restaurado e que abriga uma exposição permanente sobre o Parque Nacional da Serra dos “rgãos e sobre o botânico alemão Karl Friedrich Phillipp Von Martius, que chegou ao Brasil em 1817 e estudou a região. Seu trabalho rendeu a obra Flora brasiliensis, que levou 66 anos para ser concluída e é ainda hoje o mais completo e abrangente levantamento da flora nacional, com 22.767 espécies catalogadas.
Exposição “Tom e Contra-Tom”
Parque Nacional da Serra dos “rgãos
Sede Guapimirim, na Rodovia BR 116 (Rio-Teresópolis), Km 98
Horário: 8 às 17 horas
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