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Publicado em: 10/06/2010

Simpósio discute os limites da psicanálise

Reprodução

Cartaz do seminário que será       realizado nos dias 11 e 12

O simpósio "Limites da Clínica. Clínica dos limites", a ser realizado nos dias 11 e 12 de junho, no auditório RDC da PUC-Rio, tem como objetivo discutir a temática dos limites em psicanálise, tanto do ponto de vista teórico-clínico quanto no que se refere aos impasses decorrentes da prática psicanalítica em contextos não convencionais e no atendimento ao autismo. Segundo uma das coordenadoras do evento, professora e psicanalista Claudia Amorim Garcia, o encontro pretende promover um maior, e necessário, intercâmbio de pesquisadores em psicanálise em âmbito nacional, que não se restrinja ao eixo Rio-SP, na discussão da pesquisa e da prática psicanalítica no contexto contemporâneo.

Para a professora Claudia Garcia, o próprio título do evento explicita os dois principais temas que serão abordados. Assim, os "limites da clínica", resumidamente, podem ser entendidos não apenas como as dificuldades do "fazer psicanalítico" em espaços não tradicionais, como consultórios e ambulatórios, e no trato com patologias de difícil manejo pela psicanálise, como o autismo, mas também no que diz respeito à própria teoria e clinica psicanalítica no contexto contemporâneo.

"Neste sentido, a mesa redonda intitulada ‘limites da clínica psicanalítica extramuros’ trará as experiências de trabalho da psicanálise em comunidades populares como o Complexo da Maré", diz a coordenadora. "Do mesmo modo, a mesa ‘Limites do trabalho psicanalítico com o autismo’ debaterá os desafios apresentados pelo atendimento psicanalítico a pacientes autistas", complementa a coordenadora.

Já as mesas que tratam dos limites eu-outro, ou limites da representação psíquica ou mesmo limites da interpretação psicanalítica discutem questões de âmbito teórico-clínico, extremamente relevantes para a prática clinica psicanalítica contemporânea em que a temática da constituição dos limites psíquicos é recorrente.

Nos dois dias de programação, serão seis mesas redondas, compostas por dois palestrantes e um coordenador cada, e duas conferências de abertura e fechamento. Claudia destaca a importância da presença de docentes pesquisadores de vários estados – Pernambuco, Minas Gerais e Brasília, além de Rio e São Paulo – o que certamente contribuirá para ampliar a discussão do tema e possibilitará o intercâmbio de idéias a nível nacional.

O simpósio, que conta com o apoio institucional da FAPERJ, é uma realização do programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Puc-Rio, em parceria com o programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ. O evento é aberto a estudantes, acadêmicos e profissionais da área de psicologia