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Publicado em: 18/11/2010
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Novos passos do Sistema Revoluti

Elena Mandarim

 

Habto/Esdi

  

     O design do Revoluti garante plena mobilidade dentro da sala de 
       aula, facilitando a interação entre alunos e professores 

Em setembro de 2009, pesquisadores vinculados à Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) e à Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), ambas ligadas à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), revolucionaram o conceito do espaço da sala de aula tradicional ao instalar e colocar em funcionamento, na FEBF, a primeira Sala Revoluti: uma sala de aula em que o mobiliário conta com cadeira giratória integrada e um computador acoplado à mesa e ligado em rede. A ideia foi criar uma estrutura de ensino, unindo práticas educativas ao uso de tecnologia da informação, para aumentar o aproveitamento de cada estudante e potencializar a interação entre professores e alunos. Um ano mais tarde, se nada mudou aos olhos de despretensiosos espectadores, usuários mais atentos percebem importantes reestruturações.

 

Segundo Henrique Sobreira, idealizador e coordenador do projeto, as mudanças decorreram em função das observações feitas após um ano de uso da sala protótipo. "A principal alteração é a melhora do sistema de informática. Antes, com o sistema multiusuário, era preciso ter acesso à internet para realizar atividades, como compartilhar um documento. Com isso, a agilidade ficava insatisfatória, visto que a velocidade total da internet era dividida entre as máquinas. No novo modelo, multisservidor com inserção no sistema intranet, nem todas atividades dependem da conexão via internet e o grupo de computadores da sala fica ligado em rede com maior velocidade na transmissão de dados”, explica. Agora em novembro, mais duas salas entram em operação, uma no Instituto de Aplicação (CAP) da Uerj e outra na Faculdade de Comunicação Social da Uerj.

 

Para Sobreira, “essa mudança é importante, porque na dinâmica da aula o compartilhamento de documentos precisa ser quase que instantâneo. A internet, claro, continua sendo usada, principalmente, para pesquisas, colaterais ao planejamento de atividades do professor”. Houve ainda alterações na estrutura física do mobiliário. Segundo Sobreira, pequenos detalhes foram repensados para elevar a segurança dos alunos. “Embora não tenhamos tido qualquer acidente com o uso da sala protótipo, percebemos que algumas minúcias poderiam ser melhoradas”, afirma o pesquisador. Foram promovidos também alguns ganhos na mobilidade do móvel. “Além da fiação elétrica da sala e dos computadores ter sido completamente embutida, conseguimos fazer a rotação plena do tampo do mobiliário. Agora o sistema tem capacidade de giro em 360”, diz.

 

Como explica o coordenador, o estudo assumiu o compromisso de investigar as novas tendências da educação e da comunicação. Ao entrar em funcionamento, em setembro de 2009, o laboratório de ensino e pesquisa em educação Revoluti significou uma inovação na aplicação de mobiliário, equipamentos e tecnologias em educação. Com recursos do programa de Apoio à pós-graduação stricto sensu em universidades estaduais, da FAPERJ, o projeto criou, em parceria com a Esdi, mobiliário especialmente projetado e equipamentos de microinformática voltados às atividades de ensino. Segundo Sobreira, o protótipo desenvolvido saiu, pelo menos, 30% mais barato do que similares existentes no mercado, sem contar com a mesma versatilidade nem com as características do Revoluti.

 

Nessa segunda etapa do projeto, outro passo importante também está sendo dado. Sobreira explica que os conhecimentos adquiridos serão usados para produzir um software próprio, com o objetivo de formar um programa de aprendizado coletivo. “Os programas educativos que existem são excelentes, mas são voltados para o aprendizado individual”, diz o pesquisador. E acrescenta: “Agora buscaremos algo semelhante aos jogos virtuais interativos. O jogador não enfrenta mais a máquina, em vez disso, são vários jogadores interagindo simultaneamente”, exemplifica com o futuro modelo de softwares educacionais.

 

Os alicerces do projeto

 

Thiago Facina/Comuns

              

  Sala de aula do CAP-Uerj: internet e compartilhamento de   
arquivos são apenas alguns dos benefícios do sistema Revoluti  

Para Sobreira, a progressiva informatização do cotidiano, que segue a lógica da interatividade, coloca em xeque a estrutura tradicional do ensino nas salas de aula, que remonta à época medieval. "Buscamos, por meio do sistema Revoluti, desenvolver uma estrutura de ensino capaz de conjugar os potenciais da pedagogia moderna e da informática, permitindo que todas as aulas sejam realizadas em ambientes interativos de forma real (face a face) e virtual (on-line), simultaneamente".

O pesquisador conta que a elaboração do projeto partiu do pressuposto de que num curto espaço de tempo todas as salas de aula serão completamente informatizadas. Contudo, ele ressalta que os modelos contemporâneos de introdução de computadores em salas de aula subutilizam o potencial das máquinas e pecam por estimular um retrocesso na disposição espacial de alunos e professores. "A organização enfileirada dos alunos frente ao olhar do professor faz com que eles fiquem passivos diante da aula. As pesquisas pedagógicas mostram os benefícios da descentralização do processo de ensinar e aprender", explica.

De acordo com Sobreira, a metodologia Revoluti propõe ainda que o professor deixe de ser a única fonte de conhecimento e passe a ser um guia, estimulando e orientando os alunos na busca e análise das informações disponíveis nas diversas mídias. "Um dos braços da nossa pesquisa investe no desenvolvimento da capacitação dos professores, para que acompanhem o processo de informatização do sistema educacional, realizado em seu ambiente real de trabalho e não em cursos preparatórios", diz.

Sobreira afirma que após um grande levantamento de projetos similares realizados no Brasil e no exterior, comprovando que não há no mundo proposta semelhante à Revoluti, foi feito o depósito de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). "Nosso grupo de pesquisa pretende colocar a Uerj como polo de vanguarda na criação desses novos modelos de aula e de comunicação. A inserção dos pesquisadores do Instituto de Aplicação e da Faculdade de Comunicação Social viabiliza e fortalece essa meta", conclui Sobreira.

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