Débora Motta
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Divulgação/Iteb |
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| Sementes de seringueira: viveiro da Iteb tem dez mil mudas, que serão distribuídas aos pequenos produtores |
O projeto do Instituto Tecnológico da Borracha (Iteb), que tem entre seus parceiros a ONG Educa Mata Atlântica, propõe a introdução da seringueira como negócio socioambiental de longo prazo e reabilitação de áreas degradadas – em Quatis, inicialmente, para depois expandir a iniciativa para outras localidades do Vale do Paraíba. “A cultura da seringueira pode representar uma fonte de renda para os pequenos proprietários rurais da região. Ela pode gerar empregos diretos e indiretos e criar condições favoráveis para a fixação do homem no campo”, destaca Ramos. “Ao mesmo tempo, ela atende a legislação ambiental e pode ser uma importante aliada na preservação do meio ambiente”, completa.
| Divulgação/Iteb |
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Marcello Ramos (de branco), do Iteb, recebe técnico da |
O diretor do Instituto Tecnológico da Borracha recomenda aos agricultores que dividam seus terrenos em dois modelos de plantação: o modelo do seringal solteiro, ou seja, uma plantação só de seringueiras, e o modelo consorciado, que mistura seringueiras a outras espécies, como a pupunheira. “A seringueira demora seis anos para começar a produzir. Por isso, o modelo consorciado é interessante, já que a pupunheira dá frutos em dois anos, o que garante renda durante esse período de carência”, explica. O modelo consorciado também é ecologicamente correto. “O plantio de espécies diversificadas ajuda a recuperar com mais rapidez os solos degradados”, acrescenta Ramos, sugerindo que a atividade pode ser explorada em Áreas de Preservação Permanente (APP), como margens de rios e topos de morros.
Depois da atual etapa de capacitação dos agricultores familiares e pequenos produtores locais, o próximo passo será disponibilizar o plantio de 10 mil mudas de seringueiras, distribuídas em diversas propriedades da região. Ao todo, as árvores vão ocupar
Países asiáticos como Tailândia, Indonésia, Malásia, China e Vietnã são os mais importantes produtores mundiais de borracha natural. “Atualmente, o Brasil ocupa o nono lugar na produção mundial e precisa importar o produto para abastecer o mercado interno”, diz Ramos. A heveicultura gera receita e impostos com a venda da borracha natural, tanto in natura (látex virgem ou coágulo) quanto beneficiada – com produtos como o Granulado Escuro Brasileiro, conhecido como GEB-1. “Temos que suprir uma lacuna na produção interna de borracha do estado do Rio de Janeiro, que tem instalações da maior pneumática do mundo, a Michelin”, conclui. Também participam do projeto a educadora ambiental Vânia Velloso e a diretora do Educa Mata Atlântica, Rita de Souza.
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