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Publicado em: 14/11/2012
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Reciclagem: um projeto que muda vidas

Danielle Kiffer

Divulgação  

        
       Integrantes da Coopcal reaproveitam óleo usado:
      novos equipamentos permitirão reciclagem de PETs

Depois de passar por um longo processo de pacificação, a rotina no Complexo do Alemão, que reúne um total de 13 favelas na zona norte do Rio de Janeiro, mudou. Com a queda nos índices de violência e a consequente chegada de serviços e novos negócios, desenhou-se uma nova realidade para os moradores da região. Ali, o incentivo à reciclagem é uma das atividades que tem aberto portas para aqueles que não tinham um futuro profissional bem definido. Com um projeto voltado para a reciclagem de PETs – que já vinha sendo realizada, mas em pequena escala, por pequenas cooperativas –, o empreendedor Pedro Paulo Felicíssimo aposta que pode incrementar  de forma significativa os números atuais de iniciativas que já vêm transformando a vida de muitas pessoas naquelas comunidades. O projeto ganhou a chancela da FAPERJ por meio do edital Apoio ao Desenvolvimento de Modelos de Inovação Tecnológica e Social.

Com os recursos repassados pela Fundação, serão compradas bags – sacolas grandes para armazenar as garrafas colhidas na rua –, uma esteira de aproximadamente 12 metros e uma prensa, o que garante, ao produto final, maior valor agregado. “A esteira, com cerca de 12 metros, é fundamental para que a atividade de reciclagem seja agilizada, aumentando a produtividade total de seleção deste material”, explica Felicíssimo. Antes de serem comercializadas, as garrafas precisam ser separadas por cor e ter suas tampas e rótulos retirados. A primeira cooperativa da região a receber essas melhorias é a Cooperativa de Catadoras do Complexo do Alemão (Coopcal), formada por 26 cooperados, sendo 17 deles mulheres , que sustentam suas famílias, principalmente, com a renda obtida na reciclagem. “Com este apoio, acredito que o trabalho poderá ser até 50% mais eficiente”, aposta o empreendedor. Além de ser uma fonte de renda, o trabalho também é benéfico ao meio ambiente, porque retira das ruas uma quantidade importante de material para reciclagem.
 
Além do projeto de reutilização de PETs, há na comunidade um importante trabalho de reciclagem de óleo de cozinha, que já contou com o apoio da FAPERJ, por meio do edital de Inovação e Difusão Tecnológica. A Coopcal foi uma das beneficiadas com os recursos, ao lado da cooperativa Eu Quero Liberdade (CooperLiberdade), formada por egressos do sistema prisional, colocados à margem no mercado de trabalho. Com a verba oriunda desse primeiro edital foram realizadas obras de melhoria no galpão onde trabalham as cooperativadas da Coopcal, além de terem sido compradas bombonas para armazenamento e coleta de óleo, e uma mini usina fabricada pela LPM do Brasil, equipamento com capacidade para purificar e tratar 2.400 litros/dia do óleo de cozinha usado, para venda e posterior beneficiamento pela indústria. Estes mesmos equipamentos foram disponibilizados com recursos do projeto para a CooperLiberdade, que alugou,  por um ano, um container de uma empresa parceira para a instalação da mini usina e a realização da reciclagem de óleo da cooperativa, já que os cooperados não possuíam sede própria. Contando apenas estas atividades, pode-se afirmar que os membros da cooperativa receberam um estímulo importante para seguir adiante, além da conquista da autonomia financeira, pois, com a renda obtida com a reciclagem, eles conseguem se manter e ainda sustentar e ajudar às suas famílias. “O container da CooperLiberdade está localizado próximo ao local onde o jornalista Tim Lopes foi executado, Comunidade da Esperança, o que considero muito emblemático, já que onde se perdeu uma vida, outras vidas se instalaram para ganhar seu sustento e dignidade”, finaliza Felicíssimo.

Como o trabalho de reciclagem de óleo ainda é recente, as cooperativas do complexo do Alemão conseguem recolher, por ora, cerca de 1.500 litros/mês cada, de restaurantes, da associação de moradores de Ipanema e supermercados, entre outros. O empreendedor acredita que o volume pode chegar, nos próximos seis meses, até dois mil litros mensais. O óleo recolhido é reciclado e comercializado para a Cooperativa Popular Amigos do Meio Ambiente (Coopama). Mais estruturada, esta, localizada no Cachambi e também beneficiada com equipamentos adquiridos com recursos repassados pela FAPERJ, apoia as demais cooperativas na gestão e infraestrutura.

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