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Publicado em: 05/09/2014
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A Copa do Mundo dos robôs é brasileira

Débora Motta

                                                                                    Divulgação/IFRJ
  

   A equipe Jaguar reunida: formada por alunos e professores do IFRJ,
   ela foi a vencedora da RoboCup na categoria Dança com robôs

Robôs autônomos, capazes de realizar atividades humanas, sempre estiveram no imaginário que permeia as obras de ficção científica. Mas há tempos eles já deixaram as páginas dos livros e filmes para se tornar realidade. Com aptidão para dançar, jogar bola e demonstrar expressões faciais, os robôs desenvolvidos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), no campus de Volta Redonda, já fazem parte do cotidiano acadêmico de jovens estudantes da instituição. Reunidos na equipe Jaguar, os alunos de nível médio da instituição, que cursam o profissionalizante em automação industrial, vêm colecionando títulos em competições de robótica.

Eles conquistaram o primeiro lugar no Mundial de Dança de Robôs, na RoboCup – o maior evento de robótica do mundo, realizado de 19 a 25 de julho deste ano, em João Pessoa, na Paraíba, e que reuniu, em todas as categorias, representantes de 45 países e 400 equipes participantes. “Na categoria Dança, ocorreu uma apresentação com robôs desenvolvidos especialmente pela equipe para executar uma coreografia em conjunto com os alunos. Foram avaliadas performances de 25 equipes, representantes de 13 países, a partir de quesitos como design, valor de entretenimento, dança, coreografia e uso efetivo de tecnologia”, disse o orientador da equipe Jaguar, Helton Sereno, também professor e coordenador do curso de automação industrial do IFRJ.

A música escolhida para a competição foi Hot N’ Cold, da cantora americana Katy Perry. A performance contou com a participação dos alunos Gabriel Dalton, Melissa Monni, Carina Nogueira e Anderson Junior, além dos dois robôs, que têm a altura de uma criança e os traços dos bonecos Lego. “Os robôs são programados para serem autônomos, ou seja, eles não são controlados por controle remoto. Assim, a competição avalia o desenvolvimento da tecnologia, e não a habilidade humana de operar a máquina”, explicou Sereno. A coreografia foi assinada pela aluna Alice Pereira.

Na RoboCup, a equipe também ficou em terceiro lugar na modalidade Soccer de ensino médio – futebol de robôs –, em trabalho conjunto com equipes de outros países, na competição Super Team. Outras categorias de aplicações da robótica avaliadas foram: logística industrial, simulação de resgates de pessoas atingidas por desastres naturais, como tempestades e furacões, e sumô de robôs.

O bom desempenho se repetiu em outras competições. Em 2013, a equipe Jaguar se consagrou campeã nacional. Ela foi vitoriosa na Competição Brasileira de Robótica, realizada no ano passado em Fortaleza, na categoria de dança com robôs, e foi vice-campeã em futebol com robôs. “A participação da equipe na competição nacional dependeu dos recursos destinados pela FAPERJ, com o edital Apoio a Equipes Discentes em Projetos de Base Tecnológica para Competições de Caráter Educacional, que garantiu a compra de componentes tecnológicos, pagamento de hotel e alimentação para os estudantes”, reconheceu Helton Sereno.

   Divulgação/IFRJ
      
   Robôs com design inspirado no Lego têm movimentos
   autônomos e habilidades para dançar e jogar futebol
 
De acordo com ele, a participação dos estudantes em competições de robôs é uma oportunidade única para aprimorar a formação profissional dos jovens do IFRJ de Volta Redonda. “A participação dos alunos na equipe Jaguar possibilita a eles viver problemas reais similares aos que vão encontrar no mercado de trabalho. Eles aprendem a trabalhar em equipe, tendo que dividir tarefas e cumprir prazos, que são características essenciais no mercado de trabalho", relatou Sereno. “A robótica é um caminho sem volta para o desenvolvimento nacional. As instituições buscam cada vez mais segurança e qualidade dos produtos, o que só é possível com a inserção de elementos robóticos na linha de produção”, justificou.

Para integrar a equipe Jaguar é preciso, antes de tudo, dedicação e disciplina. A seleção é aberta periodicamente no IFRJ, aos alunos do curso técnico em automação industrial. “Os estudantes são submetidos a uma prova de raciocínio lógico para uma triagem inicial. Esse critério de seleção permite que alunos do primeiro ano do ensino médio do IFRJ participem. Depois, eles passam por um período de estágio em que acompanham diversas atividades. Só os mais dedicados permanecem na equipe, após essa experiência. A rotina de trabalho é de aproximadamente quatro horas por dia”, contou.

Criada em 2009, por iniciativa de Helton, a equipe já tem uma agenda de competições intensa. Ao longo do segundo semestre de 2014, está prevista a participação na Competição Brasileira de Robótica, em outubro, na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar); e no Torneio Juvenil de Robótica, em novembro, que será realizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ao lado das competições, a equipe vem contribuindo para popularizar a robótica em escolas municipais de Volta Redonda. “Apadrinhamos a Escola Municipal Rubens Machado, onde fazemos treinamentos e emprestamos equipamentos para alunos do sexto e do sétimo ano. Alguns deles já querem ingressar no IFRJ para poder participar da equipe Jaguar”, disse.

A equipe Jaguar é formada pelos professores Helton Rodrigo de Souza Sereno, Joicy Pimentel Ferreira, Wallace Pereira Neves dos Reis, Monique Pacheco do Amaral e Ayrton Ferreira da Costa Jr; além dos alunos do curso de automação industrial do IFRJ Alice da Costa Trindade Barroca, Alice Pereira Oliveira, Anderson de Souza Mendonça Junior, Arthur Taveira da Rocha, Carina Nogueira Brum Pandeló, Carlos Alex Parreira da Silva Junior, Carlos Vinícius da Costa Nagib de Carvalho, Gabriel Dalton, Gabriella Garcia Pires, Giovanni Forastieri, Hermes Alves Neto, Melissa Lenskaia Monni, Pedro Henrique Silva Meireles e Wanderson da Silva Maciel Filho. Mais informações: http://www.equipejaguar.com.br/

Sobre o IFRJ

O IFRJ – campus Volta Redonda foi inaugurado em agosto de 2008 e funciona, atualmente, nos três turnos, atendendo cerca de 800 alunos. Hoje oferece à comunidade os seguintes cursos técnicos de nível médio e cursos superiores, graduação e pós-graduação: curso técnico em automação industrial; técnico em metrologia; técnico em eletrotécnica; licenciatura em matemática; licenciatura em física e curso de especialização em ensino de ciências e matemática – uma parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), no polo de Volta Redonda.

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