Elena Mandarim
A partir da esquerda, Ruy Marques, Malcolm Press, Alexandre Tande Vieira, Neville Wylie e Eliete Bouskela (Foto: Lécio Augusto Ramos) |
Durante o evento, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Vieira, destacou o trabalho que a Fundação vem realizando, de forma a permitir um grande salto científico e tecnológico bem como garantir maior visibilidade do estado do Rio de Janeiro no panorama global. "Além desse acordo com o Reino Unido, só este ano a FAPERJ firmou muitas outras parcerias importantes com diferentes instituições internacionais da Alemanha, da França, da Suíça, do Chile e da Argentina, entre outros", relata Vieira. O secretário lembrou também a participação de pesquisadores estrangeiros convidados para o julgamento das propostas submetidas ao edital Pensa Rio, o maior já lançado na história da Fundação e que tem como objetivo apoiar o estudo de temas relevantes e estratégicos para o estado. "Todos ficaram impressionados com o altíssimo nível técnico dos projetos apresentados, o que confirma que a FAPERJ tem sido um grande catalizador para o desenvolvimento da ciência fluminense."
Os representantes das universidades inglesas, professores Malcolm Press (Pró-reitor da Universidade de Birmingham) e Neville Wylie (Pró-reitor assistente da Universidade de Nottingham) afirmaram que este primeiro acordo com a FAPERJ promete ser uma parceria duradora. "Estamos muito felizes com o início desta associação entre o Reino Unido e a FAPERJ, e já percebemos que temos muitas outras oportunidades a serem exploradas", apostou Wylie. Conforme explicou Press, mais importante do que se ter recursos, também são necessários outros três ingredientes para se alcançar o sucesso nas propostas de cooperação internacional: "O primeiro é o compartilhamento das tarefas entre as equipes de pesquisa envolvidas; o segundo é manter a motivação durante o desenvolvimento do estudo; e o terceiro, e talvez o mais importante, é o respeito quanto às diferenças entre um grupo e outro."
Ao parabenizar os pesquisadores contemplados, o presidente da Fundação, Ruy Garcia Marques, não apenas ressaltou a qualidade e a relevância dos projetos apresentados, mas também se mostrou confiante quanto ao aproveitamento dos resultados que serão obtidos nessas iniciativas conjuntas. "Estamos certos de que esse é mais um passo que nossas comunidades acadêmicas estão dando para avançar ainda mais no desenvolvimento da ciência e tecnologia, no Brasil e no mundo", comemora.
Segundo Ruy Marques, nos últimos anos, a Fundação vem intensificando os diferentes mecanismos para fomentar o intercâmbio entre equipes de pesquisa ao redor do mundo. "Lançamos, por exemplo, o doutorado sanduíche, no qual os estudantes desenvolvem parte de seus trabalhos em instituições de outros países. Logo em seguida, veio o doutorado sanduíche reverso, propiciando que alunos de doutorado do exterior possam desenvolver parte de sua pesquisa em nossos programas de pós-graduação sediados no estado. Outra iniciativa é o suporte oferecido para a vinda de pesquisadores estrangeiros, de modo a que possam passar pequenos ou longos períodos em nossas instituições”, afirmou.
Para a presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Eliete Bouskela, a cooperação internacional permite diferentes abordagens sobre uma mesma problemática. "Outro ponto positivo é que esse tipo de iniciativa não só engrandece a pesquisa, como também é um bom caminho para melhorar o relacionamento e o respeito entre diferentes culturas", destacou Eliete. Estiveram presentes à cerimônia o vice-reitor do Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo), João Bosco de Salles; o pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Universidade Estácio de Sá, Luciano Vicente de Medeiros; os diretores de Tecnologia, Científico e de Administração e Finanças da FAPERJ, respectivamente, Rex Nazaré, Jerson Lima, Jose Enio Pinto do Prado; a assessora de Relações Internacionais, Priscilla Haddock-Lobo; e o chefe de gabinete, Roberto Dória, além de muitos funcionários da fundação. Do lado inglês, também estiveram presentes Richard Masterman (diretor de pesquisa) e Maeve Fitzpatrick, pela universidade de Nottingham; e Andréa Edwards (diretora de desenvolvimento internacional), Barbara Armstrong (divisão de desenvolvimento internacional em Ciências Sociais) e Sue Gilligan (diretora adjunta do Instituto de Estudos Avançados), pela Universidade de Birmingham.
Os projetos contemplados serão desenvolvidos em áreas prioritárias, abrangendo ciências da saúde, engenharia, matemática, psicologia e ciências humanas. Entre as pesquisas contempladas estão o desenvolvimento de materiais à base de carbonos nanoestruturados (PUC-Rio e Birmingham); pesquisas sobre a relação entre ansiedade e fobia em relação a tratamentos dentais (Uerj, Birmingham e Nottingham); estudo multidisciplinar sobre a ação humana no contexto das instituições políticas e jurídicas (Uerj e Birmingham); investigação sobre os mecanismos de formação e extinção da memória (UFRJ e Birmingham); e desenvolvimento de esquemas numéricos e simulações computacionais para auxiliar os engenheiros na indústria de petróleo off-shore brasileiro (Uerj e Birmingham).
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