Universo feminino abre os horizontes do Prossiga
A cor rosa-choque acaba de invadir o Prossiga, portal de informações que dá visibilidade a pesquisas em ciência e tecnologia. Foi inau-gurada, em agosto, a primeira biblioteca virtual especializada em mulher e gênero no Brasil. Idealizado por uma equipe do Conse-lho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), com o apoio da FAPERJ, o projeto inova na temática e dispensa uma atenção especial aos serviços voltados para o sexo feminino. "O Brasil estava precisando de um centro de referência para canalizar toda a sua produção sobre mulher e gênero", afirma Clara Araújo, orientadora do projeto.
Na Biblioteca Virtual Mulher, há entre outras, sete grandes áreas: violência; saúde; ciência, cultura e comunicação; direitos e cidadania; mulher e trabalho; participação política; educação; entre outras. Para desenvolver cada uma delas, o portal contou com o apoio de especialistas e empreendeu uma detalhada pesquisa de conteúdo, realizada nos principais sites do Brasil e do exterior. "As bibliotecas do Prossiga não costumam abordar assuntos tão variados. Ou elas tratam de saúde ou tratam de educação, por exemplo. O pioneirismo do trabalho tem despertado a admiração dos coordenadores de outros projetos, que pretendem seguir o modelo", afirma Clara Araújo.
Nessa biblioteca, não serão disponibilizadas apenas infor-mações de cunho acadêmico, tão comuns ao portal. A coorde-nadora executiva do projeto, Maria Eliza Marques, explica que, na abertura de cada uma das áreas, os internautas vão encontrar um texto explicativo. Ao clicar em "saúde", serão visualizadas, entre outras informações, uma lista completa do Sistema Único de Saúde (SUS) com todos os serviços médicos oferecidos para as mulheres. Na área "violência", é possível encon-trar todas as delegacias especia-lizadas e organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham com essa temática. Em "direito e cidadania", o usuário terá acesso a uma pesquisa sobre a trajetória das mulheres na conquista por seus direitos, ressaltando o que mudou na legislação voltada para essa parcela da população. Já na seção "mulher e trabalho", houve uma preocu-pação especial com a questão da exploração do trabalho infantil. Mas é no espaço "cultura" que o universo feminino revela seu poder de sedução. Nele, o usuário ficará sabendo como foram criadas figuras femininas idealizadas por artistas, como a Radical Chic, de Miguel Paiva, e a Monalisa, de Leonardo Da Vinci.
Além de elaborar o conteúdo, a equipe do projeto também se preocupou em propiciar o acesso àqueles que ainda não fazem parte da Grande Rede. E não são poucos. No Brasil, em meio a 160 milhões de brasileiros, apenas 4 milhões estão conectados à Internet. "Para facilitar o acesso às informações disponibilizadas na biblioteca virtual, o Cedim vai colocar alguns computadores no espaço do próprio conselho, que poderão ser utilizados pela população", garante Clara Araújo.
Para explorar esse universo feminino, basta navegar no site da Biblioteca Virtual Mulher. O endereço é http://www.prossiga.br/bvmulher/cedim. O Cedim fica na Rua Camerino, 51, no Centro do Rio de Janeiro.
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