INFRA-ESTRUTURA
UFRJ ganha biotério de Xenopus
Anfíbios desse gênero são ideais para estudos sobre a formação dos órgãos
Os processos celulares que originam os diferentes órgãos do corpo são um mistério que a ciência está começando a solucionar e o Rio de Janeiro não ficará de fora desse avanço científico. Já está pronto e equipado o biotério de Xenopus do Laboratório de Embriologia de Vertebrados (LEV), do Departamento de Anatomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A universidade será a primeira no Brasil com infra-estrutura para desenvolver pesquisas com esse gênero de anfíbios. A iniciativa conta com apoio da FAPERJ e receberá, também, recursos da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB), da UFRJ.
O gênero Xenopus foi introduzido na atividade de pesquisa há cerca de 30 anos, permitindo inovações cruciais nos campos da embriogênese, organogênese, oncogênese e no entendimento de processos biológicos celulares. Predominantemente aquático, o Xenopus é de fácil manutenção e produz óvulos em grande quantidade durante o ano todo, a partir de injeções de hormônio gonadotrófico. A visualização e manipulação dos embriões em todas as etapas de desenvolvimento são feitas com auxílio de lupa ou mesmo a olho nu. Essas vantagens tornam o Xenopus ideal para estudos sobre formação de tecidos (mapas de destino celulares) e pesquisas envolvendo micro-injeção de moléculas (DNA e RNA) e micromanipulação de embriões.
Considerado fauna exótica pelo Ibama, o Xenopus tem a sua importação permitida apenas para uso científico. A UFRJ desenvolverá pesquisas com o gênero graças ao professor José Garcia Abreu, chefe do LEV. O biotério permite a implantação de um modelo experimental novo e original que ampliará as fronteiras científicas da comunidade do estado na crescente área de biologia do desenvolvimento e suas interfaces com outras áreas, afirma José Abreu, pesquisador apoiado pelo programa Cientistas do Nosso Estado da FAPERJ. Ele acrescenta que vários projetos, mesmo grupos de outros estados, poderão se beneficiar do biotério, buscando, na embriologia experimental de Xenopus, soluções inovadoras para problemas fundamentais das ciências biológicas.
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