Semana Nacional de C&T desperta o interesse científico da população

A FAPERJ esteve entre os 15 estandes abrigados sob a tenda armada em pleno Largo da Carioca, Centro do Rio, dia 18, abertura da Semana Nacional de C&T. Milhares de pessoas percorreram os corredores da tenda, demonstrando o interesse dos cidadãos pelos temas científicos.

No estande da Fundação, as maiores atrações foram os totens de acesso à internet e, ao final da tarde, a distribuição dos exemplares do projeto Rio em Mapas - edição São Cristóvão.

O presidente da FAPERJ e os titulares das diretorias Científica, Jerson Lima Silva, e de Finanças e Administração, Maria Carolina Ribeiro (foto abaixo), estiveram presentes no local, além de inúmeros funcionários da Fundação.

Do lado de fora da tenda – sobre a qual flutuava um grande balão com o logotipo da FAPERJ -  atraíram a atenção do público o ônibus movido a biodiesel levado pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e atividades demonstrativas, como uma experiência de física em que uma garrafa PET era arremessada e explodida a uma altura aproximada de 10 metros.

A tenda será armada novamente neste domingo, 24, no Aterro do Flamengo, onde a FAPERJ também estará.

Jerson Lima participa de debate sobre ciência e desenvolvimento

“A ciência e o desenvolvimento no Brasil contemporâneo” foi o tema debatido na manhã de quinta-feira, 21, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS), no Largo do São Francisco, Centro do Rio. Organizado por pesquisadores do programa de Sociologia da Cultura do IFCS e do Grupo de Física Teórica do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, o debate reuniu o diretor-científico da FAPERJ e bioquímico da UFRJ, Jerson Lima Silva, os físicos do CBPF Ronald Shellard e José Abdalla Helayël Neto, o médico e pesquisador da Fiocruz Carlos Morel e a professora de sociologia da UFRJ Elisa Reis.

Cada um expôs, do ponto de vista de sua área de atuação, a importância da ciência para o desenvolvimento do Brasil de hoje.

Shellard listou as recomendações de um documento que será divulgado em 26 de novembro no CBPF sobre a física e o desenvolvimento do Brasil. Entre os itens estão: a melhora da infra-estrutura dos laboratórios, a expansão dos programas de bolsas, a melhor distribuição regional dos investimentos em infra-estrutura, a revisão da licenciatura, com mais ênfase para atividades práticas e analíticas, a alfabetização científica da população, por meio do esforço do cientista em converter seus jargões em linguagem acessível, e a promoção da interdisciplinaridade.

Morel destacou a necessidade da consolidação de parcerias entre o sistema público e a iniciativa privada para se atender às demandas das sociedades pobres na área de saúde. “O descolamento da política industrial da política acadêmica é catastrófica”, disse. Ele defendeu ainda o uso da propriedade intelectual como instrumento do setor público.

Jerson Lima expôs a visão do financiamento por parte de uma agência de fomento, que precisa escolher entre muitas pesquisas de alto nível em todas as áreas. De acordo com o diretor-científico da FAPERJ, um dos parâmetros usados pela Fundação é a avaliação do impacto regional da pesquisa na sociedade. Ele destacou que o desempenho da FAPERJ este ano é o melhor de todos os tempos, com a execução de um orçamento de R$ 130 milhões, e enfatizou a busca de soluções de sinergia, como a criação de Institutos Virtuais e redes para a troca e o compartilhamento de informações e infra-estrutura de pesquisa. Lima também enalteceu iniciativas em parcerias com o Ministério da Ciência e Tecnologia, como o Pronex, que financia núcleos de excelência, e o Rio Inovação, que investe em empresas com vistas a se chegar a um produto viável comercialmente.

Brasil, Olhe para o Céu – a Semana estendida

Embora a 1� Semana de C&T seja oficialmente encerrada dia 24, a celebração da ciência brasileira continua: na noite de 27 para 28, quarta para quinta-feira da semana que vem - quando ocorre um eclipse total da Lua - todos os brasileiros estão convidados a participar do evento “Brasil, Olhe para o Céu” – em que a proposta é, com a observação coletiva e engajada do fenômeno, ampliar o significado simbólico da valorização da ciência. Instituições, planetários e clubes de astronomia de todo o país ajudarão a mobilizar a população.