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Publicado em: 30/07/2020
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Presidente da FAPERJ participa de Live com Secretário de C,T&I

Paula Guatimosim

Leonardo Rodrigues (embaixo à esq.) convidou a presidente do Cecierj, Maria Isabel de Castro, o presidente da FAPERJ, Jerson Lima (no alto, à dir.) e o deputado Rodrigo Amorim para encerrar a série Lives Secti-430 anos de Ciência Tecnologia e Inovação na última segunda (27/7)

O aniversário de 40 anos de criação da FAPERJ em 2020 e os investimentos na ciência fluminense foram destacados pelo presidente da FAPERJ, Jerson Lima, durante live realizada na segunda-feira, dia 27 de julho, pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O encontro virtual, o último da série Lives SECTI – 430 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação, mediado pelo secretário estadual de C,T&I, Leonardo Rodrigues, contou com as participações da presidente da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), Maria Isabel de Castro, e do deputado estadual Rodrigo Amorim. O projeto comemora a soma dos anos de existência de algumas das mais importantes instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro.

Na abertura do encontro, Leonardo Rodrigues destacou a atuação da FAPERJ, em especial durante esse período de pandemia da Covid-19. “A FAPERJ é uma entidade polivalente, que está sempre presente apoiando importantes projetos e instituições, e que vem desempenhando um importante papel no desenvolvimento da pesquisa e inovação. Conseguiu sair na frente e foi a primeira instituição, entre as federais e estaduais, a apoiar os projetos de combate à Covid-19 no estado do Rio de Janeiro”, disse o secretário. Entre os projetos apoiados pela Fundação, ele destacou como um dos legados o respirador desenvolvido pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que agora será certificado pela Anvisa para chegar ao mercado.

Antes de passar a palavra a Jerson Lima, o secretário Leonardo Rodrigues chamou atenção para a evolução da execução orçamentária da Fundação ao longo dos últimos anos, chamando atenção para 2018, quando dos R$ 350 milhões empenhados menos de 50% foram pagos. Ele ressaltou o esforço do atual governo, empossado em janeiro de 2019, em pagar os projetos empenhados, a fim não interromper pesquisas. Segundo Rodrigues, em 2019, dos R$ 363 milhões empenhados, grande parte foi paga, incluindo “restos a pagar” de anos anteriores. Já em 2020, já foram pagos R$ 140 milhões dos R$ 142 empenhados, mesmo diante da crise financeira.

O presidente da FAPERJ lembrou os 40 anos de criação da Fundação, que desde 1980 vem se dedicando ao fomento da pesquisa em Ciência, Tecnologia e Inovação no estado do Rio de Janeiro, apoiando, assim, seu maior patrimônio, composto por pesquisadores, empreendedores e empresas de base tecnológica, com a concessão de bolsas e auxílios para a realização de estudos em todas as áreas de conhecimento, e aproximando a C,T&I da sociedade. Jerson Lima destacou como uma das características peculiares do estado fluminense a sua grande capacidade de promover conhecimento e inovação. Segundo ele, em 2019, dos 8.909 projetos submetidos à FAPERJ, 4.231 foram contratados.

O respirador desenvolvido pela Coppe/UFRJ é um dos exemplos de projetos de êxito apoiados pela FAPERJ (Foto: Divulgação Coppe/UFRJ)

Entre os editais lançados em 2019, Lima, ele próprio pesquisador na área Biomédica na Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou as novas edições do programa Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado, que, juntas totalizam mais de 1.400 outorgas a pesquisadores de excelência, somando, em três anos, recursos de cerca de R$ 130 milhões repassados à comunidade científica e tecnológica no estado. Ele ressaltou ainda os apoios pontuais e emergenciais da Fundação, como o concedido ao Museu Nacional/UFRJ após o incêndio de 2018; aos Grupos Emergentes, composto por pesquisadores com menos de 10 anos de doutorado; os programas de incentivo à criação de Redes de Pesquisa em Saúde e em Nanotecnologia; e os apoios vinculados à Diretoria de Tecnologia, como o inédito programa InovAção Rio, em parceria com a Agência Estadual de Fomento (AgeRio), voltado para micro, pequenas e médias empresas; o edital Doutor Empreendedor, além de chamadas e editais em parceria com oito entidades internacionais em 2019, lembrando que outras quatro estão previstas para este ano.

Como indicadores de retorno do investimento realizado pela Fundação ao longo da última década, o presidente da FAPERJ enumerou o crescimento de 14,7% no número de programas de pós-graduação avaliados com conceito 6 e 7 na última avaliação trienal; o crescimento de 70% no número de trabalhos indexados nos últimos cinco anos; a excelência universitária, uma vez que quatro universidades sediadas em solo fluminense – uma estadual (Uerj), uma comunitária (PUC-Rio) e duas federais (UFRJ e UFF) – estão entre as 20 melhores do País. Além disso, o estado sedia dezenas de centros e institutos de pesquisa, abriga cientistas premiados e pesquisadores- visitantes renomados, sendo uma referência na pesquisa de doenças emergentes e reemergentes como Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela, e, mais recentemente, a Covid-19, entre outras.

Lima lembrou que de acordo com a Lei Orçamentária Anual de 2020, o orçamento total da Fundação a ser executado este ano estava estimado em R$ 530 milhões, dos quais R$ 370 milhões foram inicialmente autorizados. “Estávamos muito otimistas, quando tivemos que enfrentar esse novo desafio diante do anúncio da pandemia mundial do novo coronavírus pela OMS em 12 de março”, disse. Segundo ele, dias depois a FAPERJ foi a primeira instituição do País a promover uma “Ação Emergencial” através de três chamadas destinadas a apoiar pesquisas de combate à Covid-19, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O dirigente ressaltou que uma das chamadas foi desenhada com o intuito de apoiar a projetos que já estavam em andamento, muitas vezes urgentes, como a produção de ventiladores para as UTIs de hospitais, de novos testes diagnósticos, vacinas etc. Em uma outra, designada como “C”, foram definidas seis redes de pesquisa, incluindo projetos de melhoria da infraestrutura dos laboratórios e participação de startups. “Como uma ação premonitória, o Estado do Rio havia constituído, no final de 2019, 18 redes de saúde que agora estão concentrando suas atividades no combate e na pesquisa do novo coronavírus”, disse. Para finalizar sua apresentação, ele recordou e atualizou a célebre frase da filantropa americana Mary Woodard Lasker: “Se você considera que a pesquisa é cara, experimente a doença e o subdesenvolvimento tecnológico”.

Prestes a completar 20 anos, a Fundação Cecierj hoje está presente em
grande parte do estado e é composta por 57 unidades e 60 mil alunos 

A presidente da Fundação Cecierj, Maria Isabel de Castro, abriu sua apresentação discorrendo sobre o histórico da instituição, fundada em 1965, como Centro de Ciências do Estado da Guanabara. “Como presidente da Fundação, fico feliz em saber o quanto ela beneficia a sociedade, por mais que muitas pessoas não conheçam suas ações e sua contribuição para o estado do Rio de Janeiro”, disse Maria Isabel. Ela discorreu sobre os objetivos da fundação, de desenvolvimento de projetos nas áreas de graduação a distância (Consórcio Cederj); Divulgação Científica; pré-vestibular social; extensão (Formação Continuada de Professores) e Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja). Maria Isabel traçou um panorama mundial do Ensino a Distância, desde seu nascimento, na cidade de Boston (EUA), em 1728, quando foi oferecido o primeiro curso de taquigrafia por correspondência, passando pelos cursos oferecidos pelo rádio, TV, até os cursos decorrentes do boom da tecnologia, atualmente disponibilizados na web.

Professora e pesquisadora na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), tendo ocupado anteriormente o cargo de subsecretária de Ensino Superior, Pesquisa e Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social (Secti), Maria Isabel lembrou que, no Brasil, a iniciativa pioneira de ensino a distância que se tem registro foi de um curso de datilografia por correspondência, em 1904. Ela destacou que a Fundação do Consórcio Cederj, criada há 20 anos, foi inspirada nos ideais do professor Darcy Ribeiro, que viabilizaram a criação da Universidade Aberta do Brasil, em 2005. Iniciado em 2001, com 160 alunos, em quatro polos, o Consórcio deu início à interiorização e acesso ao Ensino Superior no estado do Rio de Janeiro. Hoje, a Fundação Cecierj está consolidada em toda a malha de municípios fluminenses, conta com 57 unidades e 60 mil alunos na Rede Ceja e 34 polos e 59 mil alunos no Consórcio Cederj, além de sete mil alunos no Pré-Vestibular Social, e outros sete mil em cursos de extensão e qualificação.

A presidente do Cecierj disse que estava prevista para este ano a realização da I Olimpíada de Ciência e Arte, que foi transferida para 2021 devido à pandemia da Covid-19. Outras atividades, no entanto, foram adaptadas, como, por exemplo, o Cineclube Cecierj, que em parceria com o canal Netflix está promovendo acessibilidade a quem não tem TV a cabo. Maria Isabel destacou a iniciativa da fundação de virtualizar o Museu Ciência e Vida, e o uso da tecnologia para transformar em game os eventos da Caravana da Ciência.  A Fundação Cecierj oferecerá quatro cursos remotos, a partir de agosto e também realizou uma pesquisa junto aos seus alunos a fim de apurar os impactos da pandemia na vida acadêmica dos estudantes. Maria Isabel ainda destacou outras atividades da Fundação, entre elas a parceria de 20 anos com a FAPERJ no projeto Jovens Talentos para a Ciência, que visa promover a iniciação científica entre alunos do Ensino Médio. “Conectar pessoas a sonhos. Esta é a missão da Fundação Cecierj e do Consórcio Cerderj”, finalizou Maria Isabel.

As Lives Secti 430 anos de Ciência, Tecnologia e
Inovação comemoraram o tempo de existência das
principais instituições sediadas no Rio de Janeiro

Antes de passar a palavra ao deputado estadual Rodrigo Amorim, o secretário Leonardo Rodrigues disse que a intenção do governo é integrar as 11 instituições do Consórcio Cederj aos polos da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), para que a instituição passe a estar presente nos 92 municípios do estado. O deputado Rodrigo Amorim salientou o fato de que a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação ser uma das mais atuantes do governo Wilson Witzel. “Sem querer gerar nenhum tipo de disputa, temos que reconhecer que é notória a atuação da Secti, suas subsecretarias e vinculadas, com grande impacto na vida dos cidadãos fluminenses”, disse o deputado. Segundo Amorim, a Secti vem ganhando o reconhecimento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que hoje está bem mais vocacionada aos temas da Ciência e da Tecnologia. Presidente da Comissão de Orçamento da Alerj em 2019, o parlamentar disse que foi defensor do incremento do orçamento destinado à ciência e tecnologia, apesar dos R$ 13 bilhões de dívidas que o governo Witzel herdou. Ele destacou as medidas de austeridade adotadas e o aumento da arrecadação ao longo de 2019, mas acredita que com a crise gerada pela pandemia da Covid-19 haja um agravamento da crise em 2021, com o aumento do déficit no erário estadual. O deputado destacou algumas iniciativas da Alerj, como a criação do Fundo Especial para o enfrentamento da pandemia e o pioneirismo na realização de sessões pela internet durante a quarentena, em plataforma que promove a interação com a sociedade civil. Por fim, Amorim parabenizou o secretário Leonardo Rodrigues por sua capacidade de manter a harmonia entre as instituições vinculadas à sua pasta, independente do viés político de cada uma, priorizando a capacidade técnica dos servidores.

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