Portal web de triagem virtual pode ajudar na busca de novos tratamentos para COVID-19
A plataforma computacional DockThor-VS, utilizada amplamente para a pesquisa de novos medicamentos de forma virtual, foi desenvolvida em 2013 pelo Grupo de Modelagem Molecular em Sistemas Biológicos (GMMSB), do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), e está acoplada ao supercomputador Santos Dumont, na sede do LNCC, em Petrópolis, Região Serrana fluminense. Diante da pandemia da Covid-19, a plataforma, que é gratuita desde sua criação, foi incrementada para disponibilizar aos usuários estruturas tridimensionais de proteínas-alvo importantes para o desenvolvimento de novas moléculas e descobrir novos usos no tratamento da doença em fármacos já existentes. Um dos destaques da plataforma é a disponibilização de diferentes "estados conformacionais" de cada proteína alvo, simulando sua flexibilidade em meio biológico; modelagem tridimensional de mutações relevantes destas proteínas que podem afetar a ação de possíveis fármacos e gerar resistência a medicamentos, identificadas a partir da análise de milhares de genomas de SARS-CoV-2 sequenciados no mundo todo; e disponibilização de banco de estruturas tridimensionais dos fármacos já aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA). O desenvolvimento do DockThor-VS direcionado para alvos terapêuticos do vírus SARS-CoV-2 foi coordenado por Laurent Dardenne (LNCC) em colaboração com Marisa Nicolás (LNCC), responsável pela coordenação dos estudos genômicos dos alvos terapêuticos. Os usuários não cadastrados podem realizar experimentos com até 200 moléculas por vez, enquanto que estudos mais complexos envolvendo até 5.000 moléculas estão liberados para usuários com projetos submetidos e aprovados. A plataforma está totalmente operacional, tendo sido submetidos nos primeiros quinze dias de agosto cerca de 1200 experimentos de triagem virtual. O trabalho foi realizado com financiamento da FAPERJ, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mais informações: https://www.dockthor.lncc.br
Físico divulga notas de curso de Cosmologia online para não-iniciados
A revista eletrônica Cosmos & Contexto está publicando quinzenalmente as notas do curso “Lições de cosmologia para não-especialistas (das leis físicas às leis cósmicas)”, de Mario Novello, professor emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e Pesquisador Visitante Emérito pela FAPERJ. As notas são extensão de curso de cinco lições ministrado por Novello no CBPF e voltado para audiências amplas. O objetivo é divulgar, para os interessados, aspectos do universo que a pesquisa em cosmologia tem elaborado nas últimas décadas, sem se deter a demonstrações matemáticas associadas. Cosmos e Contexto é uma revista eletrônica criada por cientistas e estudantes do Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica do CBPF (ICRA/CBPF). Publicação multidisciplinar, ela aborda diversos modos de pensar a natureza, o humano e o nosso tempo, compartilhando saberes, mesmo aqueles que – por tradição, interesses pessoais ou institucionais – tenham sido declarados opostos ou até mesmo irreconciliáveis. As duas próximas lições serão sobre “Ontologia da Matéria e do Espaço-Tempo” e a seguinte será “A Relatividade Geral Implica que o Espaço-tempo é uma Substância?”, respectivamente, nos dias 25 de agosto e 8 de setembro. Mais informações: www.cosmosecontexto.org.br
Webinário da ABC discute Medicina de Precisão
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) promoverá na terça-feira, dia 25 de agosto, às 16h, webinário sobre a Medicina de Precisão no Brasil. Além de considerar os dados básicos utilizados no diagnóstico convencional, a medicina de precisão considera o perfil genético de cada paciente. Dessa forma, pode prever a predisposição dos indivíduos a certas doenças e tratar enfermidades com mais acertos e drogas mais adequadas. Três especialistas membros da Academia discutirão o tema no encontro, que será mediado pelo presidente da ABC, Luiz Davidovich, e pelo acadêmico Marcello Barcinski. Professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde fundou o Laboratório de Genômica Clínica da Faculdade de Medicina, Sergio Pena apresentará estudos genômicos sobre a formação e estrutura da população brasileira. Diretor científico do Laboratório Núcleo de Genética Médica (Gene), o médico desenvolveu testes para diagnóstico de doenças humanas e trabalha com a aplicação da genômica de nova geração em medicina clínica. Já o médico Guilherme Suarez-Kurtz apresentará os desafios e oportunidades da implementação da farmacogenética na prática clínica. Pesquisador sênior do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e coordenador da Rede Nacional de Farmacogenética, Suarez-Kurtz é pioneiro em estudos de farmacogenética na população brasileira. Para falar da implementação da Medicina de Precisão no Brasil, a ABC convidou a médica Iscia Lopes Cendes, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde atualmente chefia o Laboratório de Genética Molecular, na Faculdade de Ciências Médicas. Iscia é a principal pesquisadora do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia e membro do Comitê Gestor da Iniciativa Brasileira de Medicina de Precisão. Inscreva-se gratuitamente. Mais informações: www.abc.org.br/transmissao
Cetem, INT e CBPF firmam acordo para compartilhar conhecimento na análise de mercado e patentes
O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) firmaram um acordo de parceria voltado ao desenvolvimento de projetos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). A parceria visa ao desenvolvimento conjunto do projeto intitulado "Compartilhamento de conhecimento na utilização de ferramentas de análise de mercado e patentes potencializando novas oportunidades de P,D&I entre os Institutos de Pesquisa e o setor produtivo". O acordo, assinado em 17 de agosto, tem vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado por meio de um aditivo. A coordenação do projeto no Cetem ficará a cargo do servidor Bruno Montandon Noronha Barros, responsável pelo do NIT do Cetem; por Marcelo Portes de Albuquerque, coordenador de desenvolvimento tecnológico do CBPF e responsável titular do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-Rio); e no INT, Ricardo Ferreira Vieira de Castro, coordenador de infraestrutura e logística do instituto. Mais informações: www.cetem.gov.br
Rede Corona-ômica RJ analisa características do coronavírus e de pacientes infectados
Um conjunto de instituições do Rio de Janeiro se uniu para buscar na Genética as respostas sobre como o novo coronavírus se comporta e afeta a população fluminense. A chamada Rede Corona-ômica RJ está analisando amostras biológicas de pacientes infectados, provenientes de diferentes centros de atendimento no Estado, utilizando metodologias de inteligência artificial. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) integra o projeto, com a atuação de pesquisadores do Departamento de Genética do Instituto de Biologia (Ibrag). Os dados ômicos representam informações coletivas sobre moléculas capazes de atuar de forma interativa na estrutura, função e complexidade de nosso organismo. O estudo aborda três estratégias principais: genômica viral, exômica e transcritômica humanas. A análise genômica viral permitirá entender como o vírus está se dispersando geograficamente no Estado e apontar se vem sofrendo alterações genéticas – informações importantes para a adoção de medidas sanitárias coletivas e para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos. Já em relação aos indivíduos que tiveram a doença, as análises exômica (parte codificante de proteínas do genoma humano) e transcritômica (expressão de nossos genes) permitirão explorar o porquê de algumas pessoas infectadas terem quadros clínicos mais graves, muitas vezes levando à morte, enquanto outras são assintomáticas. O objetivo principal da pesquisa é identificar e caracterizar fatores genômicos tanto do vírus Sars-CoV-2 quanto dos hospedeiros acometidos pela Covid-19. A coordenação da rede é de Ana Tereza Ribeiro de Vasconcelos, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Ela reúne 36 pessoas em diferentes frentes de trabalho. Além das equipes do LNCC e da Uerj, integram a rede Corona-ômica RJ: o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Instituto Fernandes Figueira (Fiocruz) e a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), além de colaboradores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A FAPERJ é uma das agências financiadoras do projeto. Mais informações: http://www.corona-omica.rj.lncc.br
Alerj oficializa repasse de R$ 20 milhões para reconstrução do Museu Nacional
Nesta quarta-feira, 19 de agosto, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) assinou termo de doação de R$ 20 milhões para auxiliar na reconstrução do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que passou por grave incêndio em setembro de 2018. A cerimônia que oficializou o aporte de verbas aconteceu na Quinta da Boa Vista. O investimento é fruto da lei 8.971/20. A contribuição garante o avanço dos processos licitatórios para as obras de restauro das fachadas e telhados do Paço de São Cristóvão. As intervenções planejadas para esse primeiro momento já foram aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para a reconstrução do Museu Nacional, a previsão é de que sejam necessários R$ 371,8 milhões e até o momento, a UFRJ possui quase a metade do montante, R$ 164 milhões. Recursos provenientes Ministério da Educação (MEC), Alerj, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundação Vale e emendas parlamentares. Além da reconstrução do Palácio de São Cristóvão e do prédio anexo, a cooperação técnica Museu Nacional Vive contempla o desenvolvimento da nova museografia, a reforma da biblioteca central e a implementação de um novo campus acadêmico. Mais informações: www.museunacional.ufrj.br
Professor da Uezo registra patente de dispositivo para criação de Artemias
O professor Alexander Machado Cardoso, da unidade de Biologia e dos cursos de pós-graduação em Biomedicina Translacional e em Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo), depositou patente sobre dispositivo para criação de Artemias, um microcrustáceo muito utilizado na aquicultura, em especial na criação de peixes e crustáceos. O novo modelo de tanque apresenta nova forma e disposição, mais compacta e prática, fácil de controlar, proporcionando melhor confiabilidade e eficiência na eclosão dos cistos em larvas. De alto valor nutricional, a Artemia é um alimento essencial na produção de camarão. Seus cistos permanecem viáveis por vários anos quando processados e armazenados adequadamente e retomam seu desenvolvimento larval após imersão em água do mar ou solução artificial. As larvas são usadas na alimentação de peixes e crustáceos, são de fácil manejo e produção, favorecendo a rastreabilidade dos resultados obtidos. O modelo desenvolvido por Cardoso, que é pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da universidade, é versátil e se adequa a grandes produtores, consumidores locais, aquarofilistas e laboratórios de pesquisa. Mais informações: www.uezo.br
Laboratório aproxima projetos e soluções para retomar atividades no pós-pandemia
O 3º Laboratório de Emergência Covid-19 - Inflexão: Estratégias e Novas Narrativas, a ser realizado de 24 a 30 de agosto, apresentará propostas para consumo consciente, cultura e alimentação. Realizado pela Silo - Arte e Latitude Rural, com apoio do Instituto Ibirapitanga, o evento discutirá qual a melhor maneira de retomar as atividades culturais em grandes cidades e cuidados necessários na volta às aulas. A iniciativa reúne profissionais multidisciplinares para alavancar iniciativas e promover soluções criativas e inovadoras para cidades, bairros e comunidades. Os 16 projetos foram selecionados por uma chamada pública e reúnem propostas de sete estados do País, Distrito Federal e Portugal. Entre elas, estão o HQ de Divulgação Científica, que vai desenvolver quadrinhos educativos com informações sobre a pandemia e o Curto-Circuito, que cria mobiliário itinerante para doações e ações culturais em meio à crise. Além das 12 novas propostas, mutirões vão unir participantes de edições anteriores para avançar em soluções pontuais. Clique aqui para conhecer todos os selecionados. Profissionais e amadores de diferentes áreas - como advogados, economistas, estudantes, pesquisadores, lideranças comunitárias, cientistas e artistas - são bem-vindos. As redes formadas para cada projeto serão acompanhadas por mentoras/es e especialistas. A estruturação dos grupos vai ser feita em 23 de agosto e o laboratório acontece de 24 a 30 de agosto, a partir de grupos no Whatsapp ou Telegram. As inscrições para colaboradores voluntários estão abertas até esta sexta-feira, 21 de agosto. Mais informações: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdaO1dacXJ0CurCA313flObkaRukhc8g-EB0n9CQ5jYinIIOg/viewform
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