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Publicado em: 03/12/2020 | Atualizado em: 04/12/2020
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Pesquisadores da UFRRJ criam Atlas da Evolução da Covid

Juliana Passos

Mapa divulgado em 2 de dezembro detalha o número de casos de Covid-19 por
município. Em vermelho está a capital fluminense. (Imagem: Divulgação)

O número de mortes entre os diagnosticados com Covid-19, ou seja, a taxa de letalidade em novembro ficou em torno de 6% e segue uma perspectiva de queda ao longo dos meses no Estado. Em maio foi registrado o pior período, quando as taxas ultrapassaram 10%. Em 2 de dezembro o total de casos confirmados é de 361397, sendo um terço na capital fluminense. 

Os dados são parte do Atlas da Evolução da Covid, atualizado diariamente por membros do Laboratório Integrado de Geografia Aplicada e do Open Lab, laboratório do Programa de Pós-Graduação em Humanidades Digitais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A coordenação da produção dos mapas é de Gustavo Mota Sousa, professor do departamento de Geografia da universidade. “A ideia surgiu com o início da divulgação dos dados sobre Covid-19 por parte do governo do Estado. A elaboração dos mapas permitiu dar visibilidade à minha área de estudos, a cartografia”, conta Sousa. O pesquisador foi contemplado no edital Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro da FAPERJ.

A ideia do pesquisador Gustavo Mota Sousa
foi valorizar a cartografia e facilitar a visualização
dos dados apresentados (Foto: Arquivo pessoal)

Aos interessados em observar os mapas, Sousa pede cautela em relação aos índices elevados de letalidade registrados em alguns municípios com baixo número de habitantes – já que os mapas não trazem o número de habitantes. Como exemplo, ele cita a cidade de Rio das Flores, na Região do dio Paraíba, com taxas que alcançaram 25% ao longo dos meses. “Esse valor foi atingido porque naquele momento houve apenas 4 casos confirmados de Covid-19 e um óbito. Dessa maneira, temos 25% de letalidade, considerando que se trata de um grupo muito pequeno. Por isso, acho que o exame desses dados merece muitos cuidados. Desde então, Rio das Flores há meses está com letalidade alta devido ao baixo quantitativo de casos confirmados naquele município”, comenta o pesquisador.

A próxima etapa do trabalho será o cálculo da taxa de infectados e de óbitos em comparação com o total da população. Para isso, pesquisadores terão como base a estimativa populacional por municípios, divulgada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sousa demonstra preocupação com os números da pandemia na região da Baixada Fluminense. Em artigo publicado em parceria com os colegas da UFRRJ Alexandre Fortes e Leandro Dias de Oliveira, o grupo destaca que a região metropolitana concentra um maior número de trabalhadores que atuam em áreas que exigem trabalho presencial, além de necessitarem realizar o deslocamento pendular para capital, utilizando o transporte público em trajetos maiores e com maior lotação, o que facilita a propagação do novo coronavírus.O pesquisador explica que não pretende realizar análises por município mas algumas indicações para estudos mais específicos estão sendo apontadas. Esse é o caso das ilhas de aparente sucesso encontrados em Belford Roxo e Queimados, que mantêm uma taxa de letalidade em torno de 3%, em meio a cidades que frequentemente ultrapassam as taxas de 10%.

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