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Publicado em: 16/12/2004
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A engenharia engajada no esforço pela inclusão social

Engenheiros dos mais variados setores, como civil, químico, petrolífero, nuclear, mecânico e elétrico têm sido convocados pelo diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, a unirem forças pela revitalização da engenharia no estado.  A proposta foi a tônica de palestras proferidas por Rocha Filho nos últimos dias.

 

“A engenharia tem o seu papel na  inclusão social. É preciso colocá-la na agenda de desenvolvimento deste país”. A afirmação do diretor-presidente da FAPERJ foi feita  na sexta-feira, 10 de dezembro, em jantar oferecido pela Academia Nacional de Engenharia (ANE) no Hotel Excelsior, em Copacabana.

 

Rocha Filho defende a idéia de que a força para erradicar a pobreza está nas mãos de engenheiros. “De acordo com dados da Unesco, 45% dos jovens e adolescentes brasileiros estão em famílias abaixo do nível da pobreza;  Oitenta milhões de pessoas não têm água potável. Esses são fortes argumentos para se criar um modelo de engenharia para o nosso país”, disse.

 

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza, o presidente da ANE, Paulo Bancovky, reitores de universidades e representantes de diversas instituições concordaram em participar desse esforço conjunto. O diretor-presidente da FAPERJ pediu a colaboração dos presentes para o estabelecimento de políticas que revertam o quadro. “Se não tivermos uma força local nesse setor, o país não poderá sair da situação em que está”, argumentou.

 

Rocha Filho propõe aproveitar o que chama de momento de valorização da ciência no estado para o estabelecimento de programas de revitalização da engenharia, que, segundo ele,  vive um momento de desvalorização. “Não temos hoje um modelo de engenharia, que, em outras épocas, já viveu anos dourados”, lembrou durante o jantar de confraternização pelo Dia do Engenheiro, comemorado em 11 de dezembro.

 

A ciência para o século 21 – um novo compromisso social

 

Em outra palestra, dessa vez no auditório da PUC-Rio, Pedricto Rocha Filho voltou a defender o papel da ciência para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. Para enfatizar essa idéia, Rocha Filho questionou  os indicadores de ciência e tecnologia baseados no número de artigos publicados. Seriam eles adequados aos dias de hoje? A pergunta norteou a palestra, na manhã da terça-feira, 14 de dezembro. Para ele, o crescimento da produção científica nacional atestado por estes indicadores não é suficiente para demonstrar à sociedade tudo o que a C&T é capaz de fazer por ela.

 

A seu ver, a ciência para o século 21 deve ter um compromisso social baseado na erradicação da pobreza, na harmonia com a natureza e no desenvolvimento – tópicos que não podem ser medidos pelos indicadores tradicionais. “Precisamos fazer uma reflexão e criar novas estratégias para buscar apoio com uma base mais sólida de propostas”, disse. Rocha Filho usou como exemplo a engenharia, sua área de atuação e também da maior parte da platéia. “Não temos um programa estratégico das engenharias que possa comprovar a sua força local. Apesar de 15% do PIB ser da construção civil, temos 15 milhões de pessoas no Brasil sem moradia digna”, exemplificou. Segundo ele, para resolver o problema da habitação seriam necessários R$ 12,4 bilhões por ano num prazo de 20 anos. “É preciso desenvolver projetos científico-tecnológicos para resolver esse problema. A engenharia tem uma força social tremenda”, concluiu.  O presidente da FAPERJ mencionou ainda que a ONU tem um programa, o Wehab – Water, Energy, Health, Agriculture and Biodiversity (Água, Energia, Saúde, Agricultura e Biodiversidade) – baseado nesses tópicos.

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