Quando se fala em estudos com células-tronco está se falando da FAPERJ que apóia pesquisas e pesquisadores que estudam o tema e, agora, através da RedeRio/FAPERJ, propiciará a informatização e a transmissão de dados entre os quatro centros de pesquisa envolvidos no estudo nacional que vai testar o uso das células-tronco em pacientes cardíacos. Trata-se do maior ensaio clínico já realizado no país para testar a eficácia de terapias celulares. Participam do estudo 1.200 pacientes portadores de quatro tipos de cardiopatia. A Rede Rio/FAPERJ proporcionará a tecnologia para o preenchimento e o envio dos formulários médicos eletronicamente, facilitando a troca de informações entre as equipes de pesquisa e tratamento.
A pesquisa, uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia (MCT), ganhou força com a inauguração, na última quarta-feira, dia 2 de fevereiro, do Laboratório de Células-Tronco e do Centro Cirúrgico do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL). O evento contou com a presença do Ministro da Saúde, Humberto Costa, que lançou oficialmente o projeto. Além do INCL, estão envolvidos na pesquisa o Hospital Pró-Cardíaco, em parceria com a UFRJ, o Instituto do Coração (Incor, São Paulo) e o Hospital Santa Izabel (Bahia). No caso da parceria UFRJ/Pró-Cardíaco a FAPERJ também está presente: o coordenador da pesquisa é Hans Dohmann, um dos contemplados recentemente pelo programa Rio Inovação com o projeto “Terapia celular em cardiologia”.
O coordenador de ensino e pesquisa do INCL, Antônio Carlos Campos de Carvalho – pesquisador apoiado pela FAPERJ nos editais Pesquisa na Área Médica e Cientistas do Nosso Estado – destacou a importância do fomento da fundação. “Tanto na fase anterior do projeto de pesquisa nacional, quando tive meus estudos sobre cardiopatias e terapias celulares financiados, quanto agora, com a provisão tecnológica da Rede Rio, o apoio da FAPERJ foi fundamental”, disse. Ele lembrou que o estudo também conta com a colaboração de várias universidades do Rio de Janeiro, como UFRJ, Uerj e UFF.
Além de Humberto Costa e Campos de Carvalho, participaram da mesa da solenidade a diretora do INCL, Regina Maria de Aquino Xavier; o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Odair Dias, representando o MCT; o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Reinaldo Guimarães; e o primeiro paciente cardíaco do Brasil a receber transplante de células-tronco, Nélson Águia.
Laboratório atenderá pacientes do SUS
No Laboratório de Células-Tronco e no Centro Cirúrgico do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras, pacientes do SUS portadores de miocardiopatia dilatada, mal de Chagas e isquemia crônica receberão implantes de células-tronco. A unidade começou a funcionar hoje, 3 de fevereiro. O estudo nacional irá analisar a aplicação do implante desse tipo de célula no tratamento de quatro tipos de patologias cardíacas: infarto agudo de miocárdio, doença coronariana crônica, cardiopatia dilatada (pesquisa do INCL) e insuficiência cardíaca decorrente do mal de Chagas.
A pesquisa irá durar de 18 meses a três anos. Os pacientes serão divididos em quatro grupos, com 300 pessoas cada, de acordo com a doença cardíaca. Em cada grupo, a metade receberá o tratamento tradicional com medicamentos e a outra parcela, injeções de células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente.
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