Quando se fala em estudos com células-tronco está se falando da FAPERJ que apóia pesquisas e pesquisadores que estudam o tema e, agora, através da RedeRio/FAPERJ, propiciará a informatização e a transmissão de dados entre os quatro centros de pesquisa envolvidos no estudo nacional que vai testar o uso das células-tronco em pacientes cardíacos.
Trata-se do maior ensaio clínico já realizado no país para testar a eficácia de terapias celulares. Participam do estudo 1.200 pacientes portadores de quatro tipos de cardiopatia. A Rede Rio/FAPERJ proporcionará a tecnologia para o preenchimento e o envio dos formulários médicos eletronicamente, facilitando a troca de informações entre as equipes de pesquisa e tratamento.
A pesquisa, uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia (MCT), ganhou força com a inauguração, no dia 2 de fevereiro, do Laboratório de Células-Tronco e do Centro Cirúrgico do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras (INCL).
O cadastro dos pacientes está sendo feito até o fim de março. Logo a seguir, os pacientes começarão a receber o tratamento.
O coordenador de ensino e pesquisa do INCL, Antônio Carlos Campos de Carvalho pesquisador apoiado pela FAPERJ nos editais Pesquisa na Área Médica e Cientistas do Nosso Estado destacou a importância do fomento da Fundação. Tanto na fase anterior do projeto de pesquisa nacional, quando tive meus estudos sobre cardiopatias e terapias celulares financiados, quanto agora, com a provisão tecnológica da Rede Rio, o apoio da FAPERJ foi fundamental, disse. Ele lembrou que a pesquisa também conta com a colaboração de várias universidades do Rio de Janeiro, como UFRJ, Uerj e UFF.
Laboratório atenderá pacientes do SUS
No Laboratório de Células-Tronco e no Centro Cirúrgico do Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras, pacientes do SUS portadores de miocardiopatia dilatada, mal de Chagas e isquemia crônica receberão implantes de células-tronco. O estudo nacional irá analisar a aplicação do implante desse tipo de célula no tratamento de quatro tipos de patologias cardíacas: infarto agudo de miocárdio, doença coronariana crônica, cardiopatia dilatada (pesquisa do INCL) e insuficiência cardíaca decorrente do mal de Chagas.
A pesquisa irá durar de 18 meses a três anos. Os pacientes serão divididos em quatro grupos, com 300 pessoas cada, de acordo com a doença cardíaca. Em cada grupo, a metade receberá o tratamento tradicional com medicamentos e a outra parcela, injeções de células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente.
A FAPERJ também está presente no universo de estudos sobre células-tronco no caso da parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Hospital Pró-Cardíaco: o coordenador da pesquisa é Hans Dohmann, um dos contemplados recentemente pelo programa Rio Inovação com o projeto Terapia celular em cardiologia.
Mais informações:
Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras
www.incl.rj.saude.gov.br
Células-tronco: o que são, para que servem e as implicações éticas das pesquisas
www.ghente.org/temas/células-tronco/index.htm
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