Por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março), a FAPERJ fez um levantamento sobre as pesquisas apoiadas pela Fundação e que têm a mulher como tema e foco de reflexão. Quase R$ 23 mil mensais são destinados a bolsas de estudos, além de outros milhares de reais a auxílios-pesquisa.
Um bom exemplo de apoio bem-sucedido é o amplo projeto do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) intitulado Memória Viva. A iniciativa, que tem por objetivo valorizar e difundir a produção cultural e científica feminina, reúne bolsistas de diversas áreas do conhecimento. O projeto visa registrar a história e os avanços da mulher brasileira, da cidade ou do campo, através de depoimentos em áudio e vídeo de mulheres que conquistaram espaço na política e nas áreas social, cultural ou econômica.
Apoiado pela FAPERJ desde 2003, o Memória Viva já colheu 22 depoimentos em vídeo de mulheres que marcaram presença na história do país, como Zezé Motta, Elza Monnerat, Jacqueline Pitanguy, Ana Arruda Callado e Ana Lipke. O Memória Viva não existiria sem a FAPERJ, afirma a coordenadora do projeto, Isabel Miranda.
Outro bom exemplo é o trabalho conduzido por Franklin David Rumjanek, do Departamento de Bioquímica Médica da UFRJ, sobre a relação entre genes e o câncer de mama em pacientes do Hospital do Fundão. Com um auxílio de R$ 175 mil, a pesquisa apresentará os primeiros resultados a partir de julho.
O câncer de mama também é o tema da tese de mestrado em enfermagem de Vera Lúcia Souza das Chagas Nogueira, na Uerj. Ela estuda a interação social da mulher com seu núcleo social após o diagnóstico da doença.
A sexualidade feminina é um tema que ganha cada vez mais espaço na política de fomento da FAPERJ. Sob um enfoque antropológico, as alunas da Escola de Serviço Social da UFRJ Claudia Pontes Porto e Michelle Terra Esperandio de Sá desenvolvem a pesquisa Mulheres, sexualidade e envelhecimento.
Na Fiocruz, a historiadora Luciana de Araújo Pinheiro investiga a relação entre gênero e ciência, enfocando a profissionalização de mulheres no Instituto Oswaldo Cruz, no Museu Nacional/UFRJ e no Instituto de Biofísica.
A mulher no mundo do trabalho também é foco de pesquisa no Departamento de Ciências Sociais da Uerj. Clara Araujo, Maria Celi Ramos da Cruz Scalon e Ana Maria Lustosa Caillaux comparam as relações de trabalho e gênero no âmbito da família no Brasil e no exterior.
Outros aspectos da essência feminina, como erotismo, religiosidade e fé também são assuntos valorizados pela FAPERJ. Exemplo disso é o apoio ao doutorado em Literatura Comparada na Uerj de Luisa Chaves de Melo, que tem como tema a mulher na obra de Jorge Amado e Nelson Rodrigues. Já o desejo e a feminilidade em Freud são tema do doutorado de Luciana Leila Fontes Vieira, também na Uerj.
Na área da teologia, vale destacar a pesquisa de Gloria Josefina Viero, Inculturação da fé no contexto do feminismo. Inculturação é um termo teológico cunhado recentemente, usado para falar da relação entre fé e cultura.
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