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Publicado em: 16/06/2005
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Revitalização do Parque Paleontológico de Itaboraí ganha força

Vinicius Zepeda

A revitalização do Parque Paleontológico de São José de Itaboraí – uma das principais reivindicações de pesquisadores ligados à geologia, paleontologia, arqueologia e meio ambiente do Estado do Rio de Janeiro – a cada dia que passa deixa de ser sonho e se torna realidade. No dia 1 de junho, uma reunião que contou com a presença de representantes do Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ (IVP), da Petrobrás e do DRM-RJ, selou a execução da cerca para demarcar o Parque e a recuperação de um galpão e uma sala de recepção para as futuras instalações no local. O encontro contou ainda a presença dos 20 estudantes bolsistas Jovens Talentos – uma parceria da FAPERJ como Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – da Escola Municipal Francesca Carey que estão recebendo treinamento para serem futuros guias-mirins na área do Parque.

 

O trabalho dos futuros guardiões do parque paleontológico da cidade, que se iniciou no dia 5 de novembro de 2004 com uma reunião entre os bolsistas e seus orientadores – pesquisadores ligados ao IVP –, faz parte dos esforços do Instituto Virtual de Paleontogia para revitalizar a área. As atividades desenvolvidas pelos estudantes estão divididas em cinco temas: geologia, a comando do presidente da Associação dos Profissionais de Geologia (APG), Benedicto Humberto Francisco; paleontologia, sob orientação de Lílian Bergqvist (UFRJ); arqueologia, com Maria da Conceição Beltrão (Museu Nacional/UFRJ); meio ambiente, com Beatriz de Carvalho Penna (UFRJ); e educação, com Cibele Schwanke (Uerj).

 

Para a coordenadora do IVP, Maria Antonieta Rodrigues, a revitalização da área é essencial para que o distrito de São José entre num novo ciclo de crescimento econômico. ”O projeto pode vir a gerar vários empregos diretos e indiretos em turismo ambiental na região, que hoje está funcionando praticamente como uma cidade-dormitório”, afirmou.

 

De acordo com Antonieta, outro ponto importante da reunião foi a presença do ambientalista Sérgio Ricardo. “Ao se juntar formalmente ao nosso grupo, que vem trabalhando no projeto de revitalização do Parque Paleontológico de São José de Itaboraí, nós só temos a ganhar com a vasta experiência dele na área de Meio Ambiente”, acrescentou.

 

O IVP e o Parque Paleontológico de São José de Itaboraí

 

Há pouco mais de um ano, o IVP colocou como uma de suas prioridades a revitalização do parque. No dia 4 de março, um encontro reunindo pesquisadores e autoridades decidiu pela cessão de funcionários da Prefeitura de Itaboraí para cuidar da manutenção de trilhas e segurança do local. Em 2004, várias manifestações foram organizadas para lembrar as dificuldades de recuperação do parque. Em 2 de dezembro, houve ato simbólico de delimitação da área; no dia 11 do mês anterior, foi realizada uma caminhada em defesa do local; e na festa dos 171 anos de Itaboraí, em 29 de maio, estudantes, vestindo camisetas com dizeres em apoio ao parque, saíram às ruas para comemorar a data.

 

Situado na localidade de São José, em Itaboraí, a região reúne registros de rochas que variam de 65 a 70 milhões de anos até depósitos mais recentes relacionados ao homem pré-histórico. A bacia calcária de São José é a única do Estado do Rio que conta com fósseis, principalmente de mamíferos primitivos, répteis, aves e sementes, entre outros. No ano de 1984, deixando uma cava de 70 metros de profundidade, a mineração encerrou suas atividades e doou o terreno para a prefeitura. Logo, a cava foi sendo preenchida por água subterrânea e de chuvas, o que criou um lago artificial que atualmente abastece de água os cerca de 10 mil moradores da localidade. Em 2 de abril de 1990, a Prefeitura Municipal de Itaboraí declarou a área de utilidade pública e em dezembro de 1995, foi criado o Parque Paleontológico de Itaboraí, através da lei municipal n 1345/95.

 

A organização não-governamental Instituto Walden, uma das parceiras do IVP no projeto de revitalização do parque, elaborou um projeto que prevê um Museu, trilhas ecológicas/geológicas, laboratórios e infra-estrutura para os visitantes. Este projeto visa à criação de empregos gerados pelo turismo ambiental, uma vez que desde o fim da atividade cimenteira na região, o desemprego aumentou e hoje São José de Itaboraí encontra-se em processo de decadência econômica e vem se transformando em cidade-dormitório.

 

  

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