O prêmio Nobel de Medicina de 1989 Harold Varmus chegou nesta quinta-feira ao Rio de Janeiro para uma série de palestras e visitas a centros de pesquisa fluminenses. Varmus recebeu o Nobel pela descoberta dos oncogenes, o que mudou os rumos da investigação mundial sobre o câncer. Na sexta-feira, 24 de junho, Harold Varmus estará no Palácio Guanabara para um café da manhã com a governadora Rosinha Garotinho, em companhia de alguns dos mais importantes cientistas em atividade no estado e no Brasil.
Ex-diretor do National Institute of Health dos Estados Unidos, onde administrava o maior orçamento (US$ 40 bilhões) destinado à pesquisa científica do mundo, Varmus é hoje presidente do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, maior e mais antigo centro de tratamento, pesquisa e prevenção do câncer.
Além de Varmus, estarão presentes ao café da manhã com a governadora o diretor Científico da FAPERJ, Jerson Lima Silva; o titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Wanderley de Souza; o vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Jacob Palis; e Marcos Moraes, presidente da Fundação Ary Fauzino, instituição filantrópica que apóia as atividades do Instituto Nacional do Câncer em ensino, pesquisa, prevenção e tratamento do câncer. Também participarão do café da manhã Adalberto Vieyra, diretor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ; e Paulo Buss, presidente da Fiocruz.
Na segunda-feira, dia 27 de junho, Harold Varmus visitará o Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da UFRJ, coordenado por Jerson Lima Silva. Depois, a partir das 15h, falará no Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ sobre os avanços das pesquisas em câncer nas últimas décadas.
Nascido nos Estados Unidos, Varmus recebeu o Nobel em conjunto com Michael Bishop. Varmus e Bishop tiveram papel significativo sobre a concepção de que, em geral, as células cancerosas parecem ser dependentes de um ou poucos oncogenes ativados para manter sua condição oncogênica, e muitas vezes para a viabilidade celular. Deste raciocínio decorre que, para qualquer câncer específico, deveria ser possível controlar e talvez mesmo eliminar células cancerosas com um agente ou com uma combinação de um pequeno número de drogas direcionadas ou anticorpos, a despeito de extensas alterações genéticas na célula cancerosa. Para conseguir isso, será necessário catalogar com mais detalhes os genótipos das inúmeras formas de câncer e descobrir mais terapias direcionadas especificamente contra um número maior dos muitos genes que têm sido implicados na carcinogênese por mutações em suas funções.
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