A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) lançaram, nesta quinta-feira, dia 15 de setembro, a Biblioteca Virtual Adolpho Lutz. Paralelamente, foram lançados mais dois livros de sua Obra Completa, que tem apoio da FAPERJ e acaba de ser agraciada com o 2 lugar na categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde do Prêmio Jabuti 2005.
A relevância da obra de um dos mais importantes cientistas brasileiros de todos os tempos fez com que a FAPERJ apostasse na idéia desde o início. Lançado no ano passado, o volume I da Obra Completa de Adolpho Lutz – bela caixa com quatro livros que dizem respeito a Primeiros Trabalhos: Alemanha, Suíça e Brasil (1878-1885); Hanseníase; Dermatologia & Micologia e, ainda, suplemento com glossário, índices e resumos – nasceu de um Auxílio à Pesquisa (APQ1) em 2000.
“A FAPERJ foi a alavanca inicial de tudo. Tínhamos dimensionado o projeto de maneira bem menos ambiciosa, mas percebemos que o potencial do que tínhamos pela frente demandava mais recursos. Sem a FAPERJ o trabalho não teria sido viabilizado e, por isso, temos com ela uma dívida de gratidão”, reconheceu o historiador Jaime Larry Benchimol, um dos coordenadores do projeto, junto com a também historiadora Magali Romero Sá.
A Obra Completa acaba de lançar o livro com os trabalhos de Lutz sobre Febre amarela, malária e protozoologia; e aquele que reúne a fração de suas investigações entomológicas relativas aos Tabanídeos (mutucas). Os livros são prefaciados por especialistas das áreas
Por sua vez, a Biblioteca Virtual Adolpho Lutz, coordenada também por Benchimol e Sá, disponibilizará não apenas a produção científica de Adolpho Lutz e sobre ele, como a correspondência que manteve com a fina flor da medicina experimental de sua época. Também poderão ser acessados trechos de filmes, fotografias, gravações biográficas de sua filha (a líder feminista Bertha Lutz) e outros documentos de grande relevância para os estudiosos das ciências da vida.
Filho de pais suíços que emigraram para o Brasil em 1850, no auge da epidemia de febre amarela que devastou o Rio de Janeiro, então capital do Império, Adolpho Lutz (1855-1940) foi o precursor das modernas campanhas sanitárias e dos estudos sobre o cólera, a febre tifóide, a peste bubônica, a malária, a febre amarela e várias outras doenças que acometiam homens e animais. Ao longo de sua vida, o cientista percorreu diversos espaços geográficos e territórios variados das ciências da vida, e em cada um deixou marcas duradouras de sua passagem.
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