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Publicado em: 16/02/2006
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Com apoio do IVF, descobridor do Viagra faz palestras na UFRJ


Imaginação e criatividade. Essa foi a fórmula do sucesso para a descoberta de novos fármacos ensinada pelo Dr. Simon Campbell, da Royal Society of Chemistry, aos alunos dos cursos de Química e Farmácia que lotaram o auditório do Bloco B, da UFRJ, para assistir às suas palestras. O descobridor da substância Sildenafil, o Viagra, veio participar da XII Escola de Verão em Química Farmacêutica e Medicinal organizada pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e que conta com o apoio do Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro/Faperj.

 

Na primeira palestra, segunda-feira, dia 13, o Dr. Campbell contou como foi a descoberta da droga que hoje rende ao laboratório Pfizer cerca de U$ 6 bilhões ao ano. Segundo ele, o Viagra foi descoberto por acaso. “Nossa intenção inicial era desenvolver um fármaco para combater doenças cardiovasculares. Sem que entendêssemos bem o porquê, durante os testes, observamos que a droga começou a estimular a ereção”, contou Simon. Ele também explicou que o trabalho de pesquisa levou cerca de 13 anos, incluindo os diversos testes que devem ser feitos para se colocar um novo medicamento no mercado.

 

Para Campbell, “a descoberta de novos fármacos não é um processo mecânico. É preciso muita imaginação e criatividade. Eu não conheço ninguém que faça descobertas escrevendo emails o dia inteiro ou falando sem parar no celular”, ensinou. Na palestra do dia 14, o Dr. Simon Campbell falou sobre outra descoberta: a Amlodipina, cujo nome comecial do princípio ativo é Norvasc. Quarta droga mais vendida no mundo,  o medicamento é o mais indicado para o tratamento de hipertensão e angina, rendendo para a Pfizer cerca de 10 bilhões de reais por ano.

 

Revolucionando o mercado, a droga age como um bloqueador de canais de cálcio, causa a dilatação das artérias, aumentando o fluxo sangüíneo para o coração, combatendo os problemas cardíacos com uma duração espetacular de 24 horas. O processo de desenvolvimento do Norvasc deu-se por meio da descoberta de um medicamento de referência que foi patenteado pelo laboratório inglês. No entanto sua comercialização foi permitida somente nos Estados Unidos dada sua insolubilidade e metabolização rápida pelo organismo. Por isso o grupo de pesquisadores decidiu partir à procura de uma forma mais eficaz do remédio que pudesse ser comercializada em todo o mundo.

 

Durante sua apresentação, o pesquisador, que já fez pós-doutorado na Universidade de São Paulo, também falou sobre fármacos, em geral, na atualidade. Ressaltou a importância da interação e comunicação entre os farmacêuticos, biólogos e químicos que compõem os grupos de pesquisa das indústrias. “Em um mercado competitivo, onde de 15 mil compostos apenas um chega às prateleiras depois de 10 a 20 anos de pesquisa, essas equipes, de no máximo 30 pessoas, devem estabelecer parcerias e manterem-se informadas sobre as publicações e resultados mais recentes para acelerar o desenvolvimento dos novos princípios ativos”.


Simon Campbell discursou sobre o futuro dos remédios e disse que “acredita na continuação das pequenas moléculas como principais componentes dos fármacos”, mas citou as proteínas, a terapia genética, as vacinas e os anticorpos sintéticos como substâncias que preenchem os requisitos de solubilidade, potência e duração do efeito para combater as principais doenças.

 

Com informações da Assessoria de Comunicação do IVF/FAPERJ

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