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Rocha Filho defende colaboração internacional na área ambiental
Convidado a participar de evento organizado pelo curso de Engenharia Ambiental na PUC-Rio, o diretor-presidente da FAPERJ, Pedricto Rocha Filho, defendeu nesta quarta-feira, dia 8 de março, maior colaboração internacional para enfrentar os desafios que se colocam às nações neste início de milênio na área ambiental. A declaração foi feita após a palestra
Situação Atual do Aquecimento Global: Perspectivas Futuras além do Protocolo de Kyoto, proferida por Norichika Kanie, professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio. O evento contou com o apoio da Fundação.
Ao fim da palestra do pesquisador japonês, Rocha Filho elogiou a apresentação e destacou a competência do Estado do Rio de Janeiro na área de ciência e tecnologia, depositada nas instituições de ensino e pesquisa do estado, que pode contribuir para a solução dos problemas ambientais que hoje afetam o planeta. Para ele, esse patrimônio precisa ser preservado por políticas públicas que estimulem o desenvolvimento de novas tecnologias. “O conhecimento acumulado em nossas instituições de ensino e pesquisa podem e devem colaborar para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente”, disse.
Para o diretor-presidente da FAPERJ, é preciso ampliar a colaboração com parceiros tecnológicos, como o Japão, que tenham uma consciência dos problemas ambientais. Diante de representantes do governo japonês que compareceram ao evento, Rocha Filho lembrou a já existente colaboração entre aquele país e o Estado do Rio de Janeiro em programas ambientais. “Estamos abertos e receptivos a propostas que possam ampliar a já existente cooperação entre o Japão e o Estado do Rio de Janeiro, como no projeto de despoluição da Baía da Guanabara”, disse.
O titular da FAPERJ lembrou que a Fundação já apóia projetos na área ambiental, contemplados no edital Rio Inovação. “O governo do estado, por meio da FAPERJ, vem inovando ao apoiar iniciativas na área tecnológica que, em alguns casos, contemplam projetos voltados para a preservação do meio ambiente”, lembrou.
Depois de lembrar que o governo federal acaba de sancionar lei que regula a exploração de florestas no país, Rocha Filho destacou a necessidade de adoção de políticas públicas que permitam alcançar um desenvolvimento sustentável sem prejuízo do crescimento. “Os países dependem da ciência para garantir o seu desenvolvimento sustentável. Ela tem a missão de gerar e distribuir riquezas, cumprindo o compromisso de erradicar a pobreza”, disse.
Especialista na área ambiental, o pesquisador Norichika Kanie alertou a platéia de que até o fim do século XXI, se confirmadas as previsões, a temperatura do planeta poderá aumentar em até 12 graus se comparada ao período pré-industrial. “Até agora, as pesquisas indicam um aumento de 0,6 graus a partir do período pré-industrial”, disse Kanie. “Há evidências científicas de que o planeta suportaria um aumento de no máximo 2 graus”, alertou.
A palestra foi apresentada pelo Coordenador do Departamento de Engenharia Ambiental da PUC-Rio, José Araruna. Participaram do evento, além de Rocha Filho, o Subsecretário de Estado de Meio Ambiente, Alcebíades Sabino; o decano do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, Reinaldo Campos; o Cônsul-Geral adjunto do Japão no Estado do Rio de Janeiro, Toshio Ikeda.