As instituições de ensino e pesquisa situadas no Estado do Rio que se encontram conectadas à Rede-Rio – Rede Acadêmica e de Pesquisas do Estado do Rio de Janeiro, financiada pela FAPERJ – poderão contar com maiores velocidades de acesso à internet até o final de 2007. Nesta segunda-feira, dia 22 de janeiro, a Fundação retomou as negociações com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) visando dar continuidade ao projeto de implementação das Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (REDECOMEP). De acordo com protocolo firmado em outubro de 2006, o acordo prevê a realização de uma parceria entre a atual rede mantida pela FAPERJ e o sistema que se encontra em fase de implementação pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em 27 cidades brasileiras e que tem coordenação da RNP.
O desenho de como ficará a nova rede, com a lista de instituições aderentes – hoje a Rede-Rio reúne cerca de 100 instituições e 600 mil usuários – deverá ser divulgado até o mês de abril. A partir daí, universidades e centros de pesquisa da região metropolitana terão a possibilidade de acesso mais veloz – por meio de fibras óticas – ao anel do backbone (enlaces que interligam os principais pontos da rede através dos quais as demais instituições ganham acesso à internet) à medida que a infra-estrutura necessária para sua implementação fosse disponibilizada nas áreas em que estão localizadas.
“Com essa parceria, o sistema fluminense de C&T poderá dispor de maior velocidade de conexão à internet”, explica o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques. “Essa é a solução mais econômica e prática para reduzirmos os custos de operação e manutenção da rede, que, certamente, trará muitos outros benefícios para toda a população do estado”.
A disponibilização de novos acessos, com possibilidade de maior capacidade de transmissão de dados, possibilitaria ainda a sua utilização por outros setores da sociedade, como nos hospitais, na área de telemedicina, e na área de educação, na transmissão de palestras e cursos. Para o coordenador da Rede-Rio, Luís Felipe de Moraes, a parceria trará outras vantagens: “Teremos um ganho substancial na qualidade dos serviços prestados pela rede com a instalação de novos acessos e a utilização de fibras óticas. Assim, as instituições poderão conectar-se ao backbone da Rede-Rio com maiores velocidades”, disse.
Até o lançamento do projeto REDECOMEP pelo governo federal, o Estado do Rio era um dos poucos a possuir sua própria ‘rede acadêmica’. “O Rio é um caso à parte, porque já possuía uma rede ampla, conectando as universidades e centros de pesquisa”, lembra Michael Stanton, diretor de inovação da RNP.
Posteriormente, o novo sistema deverá ser estendido à região da Baixada Fluminense e ao interior do estado. “Para que possamos alcançar instituições fora da capital, como a Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), vamos precisar de repetidores ópticos, necessários para cobrir grandes distâncias”, diz Moraes. “Para isso, esperamos contar com a contrapartida da RNP para a instalação de novos equipamentos que possam garantir a manutenção da qualidade dos serviços hoje prestados pela Rede-Rio aos afiliados”.
Para assegurar a permanência das instituições que hoje integram a Rede-Rio e permitir a entrada de outras, a rede deverá estender novos cabos pela região metropolitana. “Vamos discutir a possibilidade de estabelecer parcerias com empresas que já dispõem de infra-estrutura de ductos ou redes aéreas espalhadas no Grande Rio e que possam se interessar em obter, em troca, a utilização de um par de fibras do cabo”, revela José Luiz Ribeiro Filho, coordenador da REDECOMEP, da RNP.
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