Elenílson Nóbrega |
Alexandre Cardoso (de terno claro) assumiu o |
A reunião, conduzida pelo decano Jésus de Alvarenga Bastos, presidente do conselho, foi considerada pelo diretor-presidente da FAPERJ um encontro de caráter importante não apenas por ser a primeira da nova administração, mas também por contar com a participação do secretário. Segundo Ruy Marques, a presença de Alexandre Cardoso significa um estreitamento do trabalho com a Secretaria de Estado de C&T. Marques aproveitou para apresentar aos membros do conselho o novo diretor administrativo, Cláudio Mahler, e mencionar a permanência dos diretores científico, Jerson Lima, e de tecnologia, Rex Nazaré.
No diagnóstico que fez da atual situação da instituição, Marques divulgou a recente liberação dos primeiros recursos do orçamento do estado. “Devemos ter maior previsibilidade nessas liberações ao longo dos próximos meses, o que poderá orientar a destinação de nossas verbas e facilitar nosso planejamento”, disse Marques. Ele falou ainda que as pendências encontradas ao assumir o cargo, com auxílios aprovados e não pagos, têm sido identificadas para que sejam quitadas.
O diretor-presidente manifestou ainda seu desejo de que cada vez mais o orçamento da FAPERJ seja direcionado às atividades de pesquisa e anunciou para maio próximo a possibilidade de que as solicitações e avaliações de processos passem a ser feitas on line. “Isso trará maior agilidade e transparência aos processos”, disse.
Como tem feito em seus pronunciamentos, o secretário Alexandre Cardoso voltou a falar que o drive para as questões da ciência e tecnologia do Rio de Janeiro é político e que depende das articulações entre o governo do estado e o governo federal para pleitear uma ampliação de recursos para o setor. Ele também reiterou que, no que depender dele, fará todo o possível para ser um articulador político dessas negociações junto às diferentes esferas governamentais.
Para o secretário, instituições presentes no Rio, como Petrobras, Furnas e BNDES, precisam ser também mais parceiras. “Temos que aproveitar esse momento de maior interação do Governo do Estado com o presidente da República para tentar trazer algumas vantagens para a ciência e tecnologia fluminense, procurando avançar de forma pragmática e deixando claras as nossas posições."
Segundo o secretário, é importante que instituições ligadas à ciência e tecnologia do estado tenham uma fatia maior dos R$ 5,4 bilhões que a Petrobras deverá investir este ano no Rio de Janeiro. “Poderíamos, por exemplo, fechar uma parceria entre Faetec e Petrobras para treinamento dos 30 mil pessoas que trabalharão no pólo petroquímico de Itaboraí, em vez de trazer trabalhadores de fora. Quando isso acontece, depois de concluídas as obras, esses trabalhadores terminam engrossando os bolsões de pobreza da cidade”, observou.
O secretário abordou ainda a questão do biodiesel. “Já se fala da necessidade de 800 milhões de litros de biodiesel e o Rio de Janeiro nem consegue instalar uma planta com 30 milhões de litros. Enquanto isso, estados como Piauí, Ceará e Bahia já têm as suas”, disse. E finalizou: “O nosso desafio é não perder espaço.”
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes