Vinicius Zepeda
Vinicius Zepeda |
A coordenadora do IVP, Maria Antonieta, e o presidente da FAPERJ, Ruy Marques |
Organizado pela FAPERJ, o evento "Um dia no Parque" contou com a presença do presidente da Fundação, Ruy Garcia Marques, autoridades locais, representantes do Instituto Virtual de Paleontologia (IVP). "Estou impressionado com o potencial educativo deste local, que é o único do mundo com fósseis de animais surgidos logo após a extinção dos dinossauros", afirmou Ruy Marques.
Os dois novos galpões doados pela prefeitura de Itaboraí abrigarão a sede do parque e exposições sobre rochas e fósseis da Bacia de São José de Itaboraí. "Estas instalações serão usadas como biblioteca, um centro profissionalizante e uma sala com computadores e DVD. Os equipamentos foram todos comprados com recursos da Fundação", lembrou a coordenadora do IVP, Maria Antonieta Rodrigues.
O presidente do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-Rio), Flavio Erthal chamou a atenção para a participação da comunidade para sensibilizar a prefeitura e o governo do estado sobre a relevância do parque não só para a ciência, mas na geração de empregos na área de ecoturismo. E destacou ainda as ações do DRM-Rio. "Com certeza, o JT é um diferencial no projeto Caminhos Geológicos, desenvolvido por nós, que busca demarcar com placas as áreas de riqueza geológica em todo o estado. Já colocamos, inclusive na BR-101, placa indicativa do parque".
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Crianças se divertem com jogos e workshops |
"Continuaremos apoiando o trabalho que já vem sendo desenvolvido", disse o presidente da FAPERJ que lembrou a importância de se incentivar o programa Jovens Talentos (JTs) - parceria entre Fiocruz, Cecierj e FAPERJ de incentivo a estudantes do ensino médio/técnico da rede pública fluminense para atuar em pesquisas desenvolvidas em universidades. Marques acompanhou as oficinas e visitou a lagoa calcária, onde, em conjunto com várias entidades, como o DRM-Rio, Petrobrás e a ONG Instituto Walden, o IVP/FAPERJ (Instituto Virtual de Paleontologia) promove ações desde 2003, como a revitalização do parque.
Onde antes havia apenas mato e uma lagoa calcária, atualmente atuam 14 bolsistas JTs das áreas de geologia, paleontologia, arqueologia, arqueologia histórica, educação e meio ambiente. Eles são orientados por professores universitários ligados ao IVP para atuar como guias-mirins e guardiões do parque. Durante o evento, várias crianças participaram de oficinas de lascamento (em que aprendiam técnicas para procurar fósseis em rochas calcárias), fábricas de fósseis (em que se podia aprender a fazer réplicas de fósseis) e várias brincadeiras sobre a importância do local e a rica fauna e flora da região.
O Parque Paleontológico de São José de Itaboraí
Vinicius Zepeda |
Na região do lago calcário de Itaboraí, há registros de rochas de 70 a 65 milhões de anos |
Às margens da bacia, podem ser encontrados fósseis do período Paleoceno de Itaboraí, relacionados aos existentes na Patagônia e sem outros representantes nas Américas. Eles são responsáveis pela definição, reconhecida na coluna internacional de tempo geológico, como andar Itaboraiense.
Ao encerrar atividades, a empresa deixou uma cava de 70 metros de profundidade que foi preenchida por água subterrânea e das chuvas, criando um lago artificial que atualmente abastece os cerca de 10 mil moradores de São José de Itaboraí. Em 2 de abril de 1990, a prefeitura municipal de Itaboraí declarou a área de utilidade pública e, em dezembro de 1995, foi criado o Parque Paleontológico de Itaboraí.
Como parte da revitalização do parque, a Ong Instituto Walden, uma das parceiras do IVP, elaborou um projeto que prevê museu, trilhas ecológicas/geológicas, laboratórios e infra-estrutura para os visitantes. Tudo isso visa também a criação de empregos, uma vez que desde o fim da atividade cimenteira na região, São José de Itaboraí entrou em processo de decadência econômica, transformando-se em cidade-dormitório.
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