Roni Filgueiras *
Divulgação/Secretaria de Transportes |
O secretário de Transportes, Julio Lopes, com |
O projeto surgiu de forma conceitual pelas mãos dos engenheiros ferroviários Mauro Soares Tavares e José Luiz Lopes Teixeira Filho, respectivamente diretor e professor da Escola Técnica de Transportes Engenheiro Silva Freire, e do arquiteto, especialista em ergonomia na Suécia, Victor Noel Saldanha Marinho, responsável ainda pela criação das unidades-móveis do Senac e Senai, conhecidas como carretas-escola; e da barca-escola, que navega pelo Rio Amazonas.
“Fizemos um artigo propondo o uso dos carros de passageiros que estavam sendo desativados pela ferrovia, e a possibilidade de usá-los como vagões móveis de ensino no XX Congresso Panamericano de Ferrocarriles, realizado em Cuba em 2000, onde ganhamos um prêmio”, diz Tavares, diretor há uma década da ETT Engenheiro Silva Freire, a primeira escola de formação profissional do Brasil, que funciona há 110 anos.
Em 2005, o projeto Montagem de um protótipo de unidade móvel ferroviária de ensino (trem-escola) ganhou financiamento da FAPERJ, que destinou R$ 105 mil para recuperação e adaptação do vagão e compra dos equipamentos; e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) liberou R$ 35 mil para o desenvolvimento da metodologia de ensino. Segundo o engenheiro Mauro Tavares, o projeto já está concluído, faltando apenas alguns ajustes operacionais. A idéia é levar o trem-escola a municípios que tenham demanda por formação profissional e onde faltem infra-estrutura e verbas para a construção de escolas.
Divulgação/Secretaria de Transportes |
Interior do protótipo do vagão do trem-escola |
Durante os últimos oito meses, cerca de 40 alunos aplicaram o que aprenderam em sala de aula para transformar um vagão de trem de subúrbio, cedido pela SuperVia, em um laboratório de informática. No lugar dos bancos entraram 28 mesas, todas com computadores individuais. As paredes foram forradas e ganharam janelas novas. Além da área da sala de aula, uma outra parte do vagão servirá de laboratório para montagem e manutenção de microcomputadores e para aulas de internet digital. Todo o ambiente é refrigerado e ainda conta com uma tela de projeção. Da confecção das mesas às instalações elétricas, tudo foi feito pelos alunos.
“Viabilizamos a mão-de-obra com aproximadamente 40 alunos e professores da Silva Freire. Contamos também com a parceria da concessionária SuperVia e da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística, empresa estadual ligada à Secretaria Estadual de Transporte”, conta Mauro Tavares. “No vagão, há dois laboratórios com capacidade para 28 alunos cada um, onde serão administrados, das 7h às 22h, cursos de informática com duração de 1h20min cada”, contabiliza, antecipando que serão até 30 turmas, com aulas de segunda a sexta-feira.
No trem-escola serão ministrados cursos de edição de texto e de imagens, planilhas eletrônicas, softwares gráficos, entre outros. O engenheiro, mestre pela Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia/UFRJ) em engenharia de transporte e professor da Candido Mendes, diz que a iniciativa pretende levar ensino tecnológico na área de transportes e para isso planeja contar com parcerias com os municípios: “Caberia a eles fornecer segurança, serviço de limpeza, energia elétrica e abastecimento de água. A Faetec entraria com o apoio pedagógico e com os professores.”
* Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Transportes
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