Médicos no interior do estado, em dúvida sobre um determinado diagnóstico, pedem orientação a um especialista na universidade, enviando-lhes tomografias computadorizadas ou até mesmo o vídeo de um paciente que precisa ter características do comportamento observadas. Se a velocidade de conexão à internet permite que o upload e o download dessas imagens sejam feitos com rapidez, o recurso será cada vez mais usado, tornando-se um instrumento de enorme utilidade na saúde. Motivo para que a médica Alexandra Monteiro, coordenadora do programa Tele Saúde Brasil na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), esteja bastante animada com a significativa ampliação da velocidade operacional que a Rede Rio – rede integrada de computadores criada em 1992, financiada pela FAPERJ, que interliga universidades e centros de pesquisa sediados no estado – está promovendo na Uerj e na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf.)
A expansão é resultado da renovação de contrato da Rede Rio com a Oi Telemar, assinado nesta terça-feira, 20 de maio. Com isso, as universidades estaduais estão sendo beneficiadas com o aumento significativo de sua capacidade operacional. Durante os próximos 12 meses, a prestadora ficará responsável por prover e garantir a qualidade dos circuitos especificados, 24h diárias, sete dias da semana. Esta ampliação de capacidade deverá estar implantada em no máximo 30 dias. Na Uenf, passará dos atuais 6Mbps para 34Mbps, e na Uerj, saltará de 34Mbps para 100Mbps.
"O aumento da banda de operação da Rede Rio representa um avanço significativo não só para a rede acadêmica e de pesquisa do estado do Rio de Janeiro, mas principalmente para a população, que passa a ter maior acesso aos benefícios da nova economia da informação", comenta o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques. Para Marques, a ampliação da velocidade da transmissão da Rede Rio trará benefícios para a população em diversas aplicações, que vão desde a telemedicina, educação a distância, ao acesso à informação. "Isso contribui para que novos conhecimentos cheguem à sociedade e se traduzam por melhoria em sua qualidade de vida", acrescenta.
Na Uerj, por exemplo, o aumento na velocidade de conexão, permitirá à universidade tornar cada vez mais corriqueiro o uso dos recursos do Tele Saúde Brasil. "Essa troca de dados, sejam imagens de exames ou outro tipo de arquivos, se tornam cada mais constante. E essa tecnologia pode ser usada também para a educação permanente. Numa região mais distante dos grandes centros, as dúvidas de saúde podem ser reunidas e respondidas numa biblioteca virtual como material de consulta. Tudo isso é um ganho imenso", anima-se Alexandra. Na Uerj, a ampliação de velocidade também possibilitará corrigir o gargalo que atualmente congestiona o acesso à rede. "Esta expansão nos possibilitará o uso de videoconferências e maior velocidade tanto de pesquisas na internet quanto para o tráfego de dados", anima-se o diretor de informática da universidade, Juan Enrique Seoane Iglesias. Segundo ele informa, o atual link da universidade anda defasado para atender a crescente demanda. "Estamos felizes com esta perspectiva. O quanto antes acontecer, melhor", diz Iglesias.
Para Mauro Jorge de Oliveira Carapajo, assessor da gerência de recursos computacionais da Uenf, essa ampliação de capacidade é mais do que bem-vinda. Ela permitirá à universidade cumprir o papel que lhe foi imputado pela FAPERJ, que é o de ser um ponto de presença da Rede Rio na região norte fluminense. "Além de podermos atender de forma satisfatória os clientes internos, que são os alunos, servidores e professores da instituição, a maior velocidade nos possibilitará um engajamento mais ativo no projeto do Cederj de ensino a distância. Sabemos da importância que o governo estadual dá hoje a este projeto, que permite a moradores de áreas distantes dos grandes centros a oportunidade de obter um diploma de graduação de nível superior", conclui Carapajo.
Atualmente, para acompanhar o crescimento de cursos oferecidos e da quantidade de computadores e usuários, a Uenf tem ampliado sua capacidade de transmissão de dados nos últimos cinco anos, mas também enfrenta alguns problemas. "É importante frisar também que a universidade é o ponto de presença da Rede Rio na região. Tanto os pontos de Vila Maria, em Campos, quanto o Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo (Lenep), em Macaé, passaram a se ligar a Rede Rio por meio da Uenf, em 2005", diz . "Com isso, nosso link logo ficou saturado, o que logo se refletiu em baixas velocidades de navegação e de envio e recebimento de arquivos, incompatíveis com as necessidades de pesquisa e produção da universidade. Especialmente nos últimos dois anos, temos enfrentado constantes reclamações sobre a lentidão do acesso à internet, o que vem dificultando as atividades de ensino e pesquisa. O problema agora vai ser solucionado", constata.
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