Débora Motta, de Manaus
Débora Motta |
Para Jorge Guimarães, o programa contribuirá para diminuir as desigualdades regionais na pós-graduação |
A iniciativa, que vai contemplar alunos de universidades públicas e privadas, tem como objetivo impulsionar a formação de recursos humanos no Norte e Centro-Oeste, fixando mestres e doutores na Amazônia Legal – que tem apenas 6% do total de doutores do País. "A chance de fixar jovens nestas regiões é pouca. Para ter um projeto de formação de doutores de que a região necessita, é necessário formar gente da terra", destacou Guimarães durante entrevista coletiva concedida na 61 Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De acordo com Guimarães, ainda este ano o Bolsa para Todos vai distribuir pelo menos 2,5 mil bolsas de estudo, totalizando um investimento de R$ 15 milhões. Ele informou ainda que dos 160 mil estudantes de pós-graduação no Brasil, um terço possui vínculo empregatício, um terço recebe bolsa e um terço não tem apoio financeiro. "As bolsas que a Capes vai conceder representam cerca de 5% desse total", disse.
Para Guimarães, o programa será uma contribuição no sentido de reduzir as desigualdades regionais dos cursos de pós-graduação, tendo em vista que 50 a 59% dos cursos estão concentrados na região Sudeste, em contrapartida a apenas 3 a 5% no Norte. Essa má distribuição é um dos principais entraves ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, assunto que permeia os debates em curso na reunião da SBPC. "Há realmente uma concentração. Por isso precisamos trabalhar com componentes indissociáveis, que são os discentes, os docentes e a Capes", concluiu.
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