Vilma Homero
Divulgação / Uenf |
Com a videocirurgia, é possível se realizar biópsias de
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Os tumores de intestino tanto são frequentes em humanos quanto
“Depois de cortar a parte lesionada, estamos estudando as melhores formas de fazer a ligação das partes do intestino grosso. Procuramos evitar o grampeamento, mas para isso, estamos desenvolvendo suturas mais adequadas a esse tipo de procedimento”, diz o cirurgião. Dessa forma, eles melhoraram de forma significativa o pós-operatório, que se tornou bem mais rápido e sem dores. Os resultados foram tão animadores que o cirurgião passou a aplicar a mesma técnica em seus pacientes do Hospital Miguel Couto, onde é chefe da Unidade Cirúrgica. “São pacientes com poucos recursos financeiros que estão aproveitando essas técnicas pioneiras”, compara.
A parceria dos dois especialistas vem rendendo novos frutos. Eles vêm ampliando as aplicações da técnica e empregando o kit para outros tipos de procedimentos cirúrgicos. Uma delas é a de redução de estômago para obesos mórbidos. “Em geral, a incisão na redução tradicional provoca hérnia pós-operatória em cerca de 30% dos pacientes”, explica o cirurgião. Para evitar problemas como esse, eles procedem à operação com acesso por via vaginal, no caso de mulheres, ou via anal, para os homens. “O acesso oral apresenta problemas já que o esôfago é fino e sempre há o risco de um rompimento com a passagem do equipamento. Por isso, também nesse caso, em vez do laparoscópio, usamos um endoscópio adaptado”, conta Zorron.
O equipamento pode ser empregado ainda para remoção de cálculos da vesícula, com abordagem pela vagina, em mulheres. “Fizemos estudos da casuística humana em 2006 e no ano seguinte realizamos a primeira experiência
“Também queremos ampliar e consolidar o uso desses equipamentos em veterinária, campo em que a videocirurgia ainda se mostra restrita”, fala André Lacerda. Assim, além das operações mais frequentes, como castração e cirurgias intestinais, os pesquisadores também estão operando pelo mesmo método casos de tumores, afecções e obstruções intestinais, em neoplasias, assim como na remoção do baço, da vesícula ou do rim. “Também estamos nos servindo da técnica para certos tipos de diagnóstico, como a laparoscopia exploratória, ou mesmo de modo terapêutico”, diz Lacerda.
Ele frisa que, em teoria, qualquer operação que seja “aberta”, ou seja, chegando-se ao campo operatório por meio de incisão, também se pode realizar por videocirurgia. “Queremos encurtar o lapso dessa distância e passar a empregar a técnica em todos os procedimentos em que ela ainda não é feita”, frisa Lacerda. Consolidada na veterinária, ela termina também proporcionando aos animais um tratamento de patamar similar ao da medicina e, a partir daí, novas técnicas para uso humano. “Com isso, também estamos consolidando nosso grupo de pesquisa e transformando nosso laboratório na universidade em referência nessa área, um campo em que estamos sendo pioneiros”, conclui Lacerda.
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