Elena Mandarim
Divulgação/FMP |
Idealizador do projeto, Passos aposta que o museu servirá tanto para |
O Museu de Anatomia Humana e Patológica é o primeiro museu de ciências da região serrana. Aberto à visitação desde agosto de 2010, já recebeu mais de quatro mil espectadores entre estudantes e turistas. "Um dos grupos-alvo são alunos do ensino fundamental e médio, uma vez que uma das finalidades da exposição é educar. Já recebemos visitas de escolas do Rio de Janeiro, como os colégios São José e Santo Inácio, e de 98 escolas da região serrana. Em abril, inclusive, está agendada a visita de uma turma de nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora", comenta Passos.
O pesquisador afirma que o museu também é voltado ao público leigo, que tem curiosidade em saber como é o corpo humano e seu funcionamento. "É bom tanto para estudantes compreenderem o que estão estudando em sala de aula quanto para a sociedade em geral", acredita Passos.
Sob supervisão dos professores, estudantes e técnicos dos departamentos de anatomia humana e anatomia patológica são responsáveis por preparar as peças selecionadas para a exposição. Dois artistas plásticos trabalharam na arrumação da mostra, que foi separada em seis seções: Sistema Reprodutor; Sistema Digestivo; Sistema Circulatório, Cardíaco e Nervoso; Sistema Locomotor; Diagnósticos; e Sentidos e Tecnologia.
Segundo o pesquisador, a disposição foi pensada para divulgar conhecimento em anatomia humana de forma compreensível, didática e real, com o mínimo de impacto mórbido. "Para complementar as explicações, usamos também fotografias, ilustrações e vídeos, entre outras estratégias", explica Passos. Ele adianta ainda que o próximo passo é utilizar a técnica da plastinação, pela qual um cadáver preparado fica bem parecido com seu aspecto in vivo.
Mais do que mostrar peças anatômicas, o pesquisador enfatiza a preocupação que tiveram em comparar a anatomia humana normal com a patológica. "A ideia é mostrar ao público como algumas doenças comprometem os órgãos do corpo. Por exemplo, como o diabetes afeta o pâncreas, como o enfisema deixa o pulmão ou ainda como a pressão alta prejudica o coração e as artérias. Esse conteúdo, inclusive, pode ajudar durante as campanhas de preservação da saúde", aposta o médico.
Divulgação/FMP |
Novos projetos em vista: recursos serão usados para fixar a estrutura do museu em prédio próprio da FMP e para montar uma exposição itinerante |
Para Passos, o novo museu é mais uma atração turística para Petrópolis, já famosa por seu acervo cultural. "Manter o diálogo entre o conhecimento desenvolvido na instituição e a população é uma ótima ferramenta para massificar a ciência e a tecnologia." A atual exposição está aberta à visitação de segunda a sexta, das 9h às 20h, e sábado, das 9h às 13h. As escolas podem agendar visitas guiadas e orientadas por um professor ou monitor de anatomia. O museu fica no Centro Cultural FASE/ Faculdade de Medicina de Petrópolis (Casa Hercílio Esteves – Av. Barão do Rio Branco, 1.003 – Centro de Petrópolis). Telefone de contato: (24) 2244-6464.
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