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Publicado em: 14/04/2011

Preocupação com meio ambiente e aumento nos lucros

Elena Mandarim

 

Divulgação/Severo Couros

Com os recursos da FAPERJ, a microempresa Severo Couros está aumentando                a produtividade e, ainda, proporcionando geração de novos empregos diretos

Entende-se por inovação tecnológica a introdução e o aperfeiçoamento de técnicas no ambiente produtivo que resultem em novos produtos e serviços, visando aumentar a lucratividade e a promoção do bem-estar social. Em Italva, município do interior do estado do Rio de Janeiro, Edimar Furtado Severo, dono de uma microempresa especializada na reforma de estofados, investiu na modernização do maquinário e em uma nova visão de seu negócio: a preocupação com o ambiente. Em vez de ter como destino o lixo das ruas, aumentando a poluição ambiental, os velhos estofados de seus clientes são inteiramente reciclados. O objetivo é, não só dobrar a produtividade e os lucros, mas também contribuir para uma solução ambientalmente correta. Edimar está apostando ainda na ampliação do mercado da Severo Couros. “Agora, por exemplo, estamos confeccionando cortinas sob medida, um serviço que, até então, não havia em Italva”, conta o empreendedor.  

 

Os recursos investidos foram obtidos, no final de 2009, por meio do edital de Apoio à Inovação Tecnológica, da FAPERJ e já geraram pelo menos três empregos. “Compramos novos equipamentos e mobiliário, como máquinas de costura e mesas de corte. Contratamos e capacitamos dois funcionários, mais uma costureira com experiência em confecção de cortinas, e estamos na perspectiva de efetuar outras contratações até o fim do ano”, conta Edimar, lembrando que foi a Secretaria Municipal de Ação Social que divulgou o edital para as micros e pequenas empresas da região.

 

Conforme ressalta Edimar, a preocupação com o meio ambiente é um traço marcante nos novos planos de sua microempresa. “O estofado velho acaba sendo jogado na rua. Além de sujar, ele contém vários materiais não biodegradáveis”, explica o empreendedor. Para minimizar o impacto ambiental, a Severo Couros fica com o estofado velho do cliente, que recebe um abatimento no valor da aquisição do novo. “Assim, nós reciclamos e reformamos o estofado velho para revender, a clientela fica satisfeita e o meio ambiente agradece”, defende.

 

Outra novidade é que a microempresa expandiu sua área de atuação. A motivação para entrar no ramo e comercializar cortinas sob medida, conforme conta Edimar, surgiu ao perceber que o município de Italva era carente desse serviço. “No comércio local, só havia cortinas prontas e com tamanhos, estampas e modelos padronizados. A opção da população era adaptar ou comprar em cidades vizinhas”, diz.  

 

A Severo Couros também está apostando na propaganda e no marketing para ampliar seu mercado. “Muita gente ainda não conhece nossas novas ideias, nem sabe o que estamos oferecendo agora”, conta o empreendedor. “Ainda com os recursos da FAPERJ, fizemos fôlderes explicativos. Acreditamos que, com essa divulgação, ganharemos mais clientes tanto em Italva quanto em municípios próximos”, avalia.

 

Edimar conclui, fazendo um balanço dos investimentos: “Após pouco mais de um ano, já observamos um acréscimo de cerca de 50% nas vendas. Nossa expectativa é dobrar a produtividade e os lucros até o final do segundo semestre de 2011, quando estivermos perto de concluir dois anos de projeto.”