O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Projeto desenvolve massas funcionais
Publicado em: 28/04/2011
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Projeto desenvolve massas funcionais

Danielle Kiffer

 Christy Thompson/ Stock Photos

       
         Massa enriquecida com cálcio poderá beneficiar
                            pessoas com osteoporose
O mito de que comida nutritiva e saudável não pode ser saborosa está com os dias contados. Diversas opções no mercado exploram o que há de melhor em sabor e qualidade de legumes, verduras e outros alimentos naturais. Uma delas vem da empresa Vanina & Nair Produtos Alimentícios Artesanais, que está lançando uma linha de massas voltadas especialmente para pessoas com problemas de saúde, como pressão alta e osteoporose. A iniciativa tem apoio do edital Auxílio a Projetos de Inovação Tecnológica, da FAPERJ.

Nair Varella comanda os negócios da empresa, que há dez anos vem produzindo massas artesanais, doces e salgados na região serrana, integrando o pólo gastronômico de Itaipava, distrito de Petrópolis. Agora, ela vem adicionando às massas fibras, como as da linhaça, e cálcio, como uma forma de direcionar esses produtos especialmente às pessoas que têm deficiência desses nutrientes. Considerada um alimento funcional, a linhaça conta, em sua composição, com proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poliinsaturados (ômega 3 e ômega 6), estes últimos conhecidos por atuar na redução do LDL, o mau colesterol. Segundo os pesquisadores da Associação Brasileira de Nutrologia, a semente de linhaça é a mais rica fonte de ômega 3 na natureza. “Como a partir de 2006 passamos a fornecer alimentos para grandes redes que vendem produtos naturais no Rio de Janeiro, tivemos que nos capacitar para fabricar salgados e doces integrais, light e diet.” Nair aproveitou para estudar uma forma de expandir sua linha também com diversos tipos de massas secas e frescas, como talharim, espaguete, ravióli e capelete, tanto integrais quanto brancas.

Para isso, a empresa fechou uma parceria com o Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RJ), em Vassouras. É para lá que a empresária vai, de 15 em 15 dias, acompanhar a evolução do desenvolvimento do produto. No momento, as massas estão em fase de testes. No laboratório do Senai, engenheiros de alimentos e nutricionistas testam o sabor depois da adição de cálcio industrializado e das fibras de linhaça à massa e verificam se os nutrientes permanecem mesmo depois do cozimento. "Esta fase de testes é primordial para a determinação do que será acrescentado às massas. Se o cálcio industrializado não permanecer no alimento depois de cozido, vamos procurar uma outra fonte desse elemento", explica Nair.

Algumas matérias-primas utilizadas na produção das massas vêm do sítio de propriedade de Nair, em Itaipava. Lá são cultivados legumes e verduras, como couve e espinafre; frutas, como banana e caqui, sem utilização de agrotóxicos. “Não usamos nenhum produto químico em nossas culturas. Em nossa criação de galinhas, por exemplo, empregamos própolis em vez de antibióticos, para que os ovos que colocamos em nossas receitas sejam os mais saudáveis para o consumo”, diz a empresária. Nair pretende produzir até mesmo a linhaça que utilizará nas massas. “Ainda não sei se a nossa região é adequada ao plantio desse cereal, mas farei em breve um cultivo experimental.” A empresa também dá preferência a adquirir matérias-primas de vários fornecedores localizados na região, como uma forma de integrar e estimular a economia regional.

“Ao darmos um passo como este, passando da produção artesanal para a produção em maior escala, nos preocupamos bastante com a qualidade do produto final. Estamos analisando a quantidade de fibras a ser adicionada à receita porque queremos que o alimento que produzimos não só faça bem à saúde como também seja muito saboroso”, afirma Nair. Depois dos testes, as massas ainda passarão pelo estudo de tempo de vida útil nas prateleiras dos mercados, que é a análise de quanto tempo o produto resiste e qual será seu prazo de validade. A empresária estima que as massas estarão disponíveis para comercialização até o fim do ano.

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes